Capítulo três

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Imayame olhava a enorme suite do apartamento.

Era um lugar lindo fazia duas semanas que estava na Escócia, pediu demissão do emprego, ainda pensava ser tudo uma loucura.

Aos pais disse apenas tratar-se de um emprego fora do país onde seria muito bem remunerada, seus pais ligavam todos dias para saber se estava tudo bem, eram as duas pessoas que mais amava, eram sua vida.

Ela já se sentia meio desanimada o apartamento era grande muito lindo mais passava o dia trancada.

Estava tendo aulas de etiqueta, era uma Chatice parecia que as duas empregadas da casa faziam questão de ignora-la o seu noivo ainda não tinha vindo ve-la, ela não sabia mais quanto tempo ficaria vagando pelo enorme apartamento, recebeu tratamento de beleza seus fios agora estavam lisos tinha.

Agora um closet com roupas caras esse homem era mesmo rico, soube que seu noivo foi uma criança prodígio.

Quanto o conheceu o mesmo cursava o primeiro ano da faculdade de Engenharia petrolífera, depois cursou Direito por fim engenheirinha Mecânica.

Ela ficou chocada com a quantidade de cursos que seu noivo fez bem como o fato do mesmo falar dez idiomas, ele era um génio trabalhava em tantas áreas empresárias que a deixava tonta.

Ela descansava na cama king-size quando bateram na porta do quarto, uma mulher entrou, Shopie uma das empregadas era magra ruiva aparentava ter vinte e poucos anos

- o príncipe a espera, na sala! - o coração de Imã deu um pulo não espera velo -lo , bem já passava duas semanas mas não estava preparada, nunca estaria.

seguindo pelo corredor entrou na sala perfeitamente mobiliada com as cores bege e preto em predominância rapidamente localizou o homem perto da janelas que iam do chão ao teto cobertas parcialmente por persianas pretas andou alguns metros para chegar mais perto , limpou a garganta e o mesmo girou seu corpo e seus olhares se cruzaram o coração de Ima errou uma batida ele parecia mais alto devia ter 1.90m vestia um terno azul-escuro com colete que abraçavam perfeitamente seu corpo másculo seus sapatos eram da mesma cor, seu rosto lindo não deixa duvida que era um dos homens bonitos que já viu seus olhos eram da cor de ouro fez uma rápida checagem no seu corpo, indiferença foi uma emoção fácil de ler no olhar do seu noivo

- Senhorita. Aitombe meu advogado deixou tudo claro para a senhorita !! - foi uma afirmação mas ela no momento estava mais preocupada com os sentimentos confusos que sentiu na presença desse homem, claro que ela notou que o mesmo foi indelicado, pelo menos um "bom dia" mas o homem parecia não ter tempo a perder, sua voz juntamente com a falta de educação soou extremamente sex, era um homem gostoso, não que ela já tenha provado um e claro, Imã sorriu do seu pensamento...

- gostoso!!!- ela murmurou, o homem ergueu uma sobrancelha.

- o que disse???- Epah, Imã queria bater no seu próprio rosto, ele a ouviu, droga as vezes falava o que pensava sem perceber.

-Nada, ia dizendo...!! - ele poderia fingir que não ouviu sua noiva dizendo que ele era gostoso, ela não sabia, mais ele era de facto gostoso, na verdade muito gostoso, o que poderia fazer? ele Gostava de deixar as pessoas constrangidas!

- a senhorita disse gostoso? - a mulher levou as mãos ao rosto, era nestes momentos que Ima amava ser negra, sua cor não a denúncia quando queimava de vergonha!!

- na verdade eu disse muito gosto, digo...em conhece-lo - Galileu prendeu o riso, teria muito gosto em mostra -lá o quanto era gostoso, ele nunca teve nenhum relacionamento amoroso com mulheres negras, não que fosse racista só não aconteceu, para ser franco Gael sempre gostou de mulheres magras, mas não era uma regra e também não existem regras sem exceções, porem sua noiva não era gorda nem Magra, bom não era esse o tema de conversa.

- bom, amanha a senhorita ira jantar na casa da minha família anunciarei que somos noivos - era como ouvir um robô seu comportamento não demonstrava qualquer sinal de insegurança Ima saiu do transe tinha perguntas.

-porque...você quer casar comigo? - ele no entrando parecia espera essa pergunta...

- porque eu quero e assim será!!- agora ela deveria acrescer arrogância entre suas característica desagradáveis.

- não e uma e resposta plausível, deve haver alguma justificativa o que você viu em mim? - ela estava confusa precisava saber, claro que não seria sua abundante melanina o motivo do seu desejo de casar com ela.

- não vou discutir questões inúteis, temos um acordo nos casaremos e será como eu achar melhor - ele falou a fitando, impassivel como a 15 anos atrás, raiva nasceu dentro dela.

-qual e o seu problema? O que isso tudo significa?- gritou, quando ficava nervosa ela gritava, porém o homem não se abalou.

- senhorita. Não grite novamente, ou terminarei está conversa, não se encontra em um mercado de Angola - ela notou o sarcasmo na voz dele, mais não notou que o mesmo sabia tudo sobre sua origem, ele mandará investigar a família Aitombe, sabia ate que eram oriundo do grupo étnico bacongo, que seu idioma nativo era o kimbumdo e bacongo e por uma questão de genética sua noiva nunca teria 1.70m de altura uma vez que era descendente dos Koysan grupo muito conhecido por sua baixa estatura, aos olhos de Ima era um estúpido.

- NÃO QUERO. CONVERSAR MERDA NENHUMA, QUERO VOLTAR PARA MINHA CASA - gritou mais alto, porem o mesmo continuou impassível, tirou o telefone do bolso discou um número e aguardou...

- ...peça autorização a torre da controle, dentro de uma hora você vai levar uma mulher para Lisboa -

aquilo a deixou surpresa ele iria mesmo deixar ela ir embora, tão fácil ? Ela não queria ficar ai, tinha algo dentro dela querendo sair da la, correndo, suspirou.

- obrigada eu realmente quero voltar para casa - ele afastou-se da janela andou ate o sofá e sentou ela girou para encontra-lo.

- a Sra vai voltar sim, porem dentro de alguns dias receberás uma intimação para prestar depoimento, será o início do teu fim, vou ganhar!!! nem mesmo a tua tribo trabalhando durante cem anos poderão pagar a tua divida comigo - o sangue fugiu do rosto de Ima ele não parecia estar brincando...espera ai tribo??

-o que você quer insinuar quando diz tribo? - homem a olhava fixamente e levantou-se suspirou.

- tenha uma boa noite - caminhou para fora da sala, Ima não queria prestar depoimento, ela não queria que sua tribo sofresse, quer dizer ela não tinha tibro, mas ela sabia que quando e para se ferrar a corda sempre rebenta do lado dos negros, e seus pais, ho vida!! seus pais!! eram as pessoas que pensou quando tomou sua decisão.

- pare!! Eu...eu caso com você por favor deixe minha trib... quer dizer deixe a... quer dizer , eu faço o que você quiser -Galileu recuou seus passos para enfrenta-la

- perfeito, amanhã meu motorista vira busca-la, tenha uma boa noite, e muito obrigada por ter vindo, seja bem vinda a Escócia - o mesmo sumiu da sua presença... Imayame sabia que estava entre a espada e a parede, os ricos ainda mandavam e os pobres obedeciam não era um caso de amor a primeira vista, mais ela tinha certeza que fazia parte de um plano sinistro do príncipe, ela foi dormir sabendo que sua vida iria mudar para sempre, ela iria sair do anonimato para os olhos cruéis do mundo , medo insegurança eram sentimentos que a dominavam...

Entre o Amor e o PreconceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora