XXIII

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*.¸ ¸.*☆Obrigada por lerem! Não esqueçam dos votos e comentários!*.¸ ¸.*

"Abril começa na semana que vem. Faltam apenas três semanas até anunciarem quem foi o escolhido de Brenton."

Louis encarou a mensagem, com olhos inexpressivos enquanto a luz do sol oscilava na tela do celular.

Eram apenas palavras. Ele podia deletá-las. Ele podia bloquear seu telefone e silenciá-lo, e ele podia desviar o olhar a qualquer hora que quisesse.

Porque eram apenas palavras.

Mas mesmo assim ele encarou, com seu corpo congelado, cansado e realmente muito frio, apesar do tempo quente enquanto estava deitado no sofá de Stan. Ou estava na casa do Anthony? Não, não, ele estava no Stan.

Ficava difícil, às vezes, lembrar onde ele estava. Coisas assim ficavam um pouco difíceis quando tudo o que você faz é dormir em várias casas diferentes porque você é uma bagunça nômade e inconstante. E, depois de algum tempo, isso se tornava muito, muito cansativo...

Outra mensagem era notificada.

"Ligue-me esta noite" dizia.

Ele franziu a testa, olhos piscando mais uma vez sobre as palavra. Ele estava de saco cheio de ligar para Liam.

Nos últimos meses, Louis tinha feito mais uma nova abordagem com ele: uma em que ele regularmente fazia meia comunicação, mantendo-o perpetuamente longe. Nela implicava um monte de telefonemas esporádicos feitos na calada da noite uma vez por semana, geralmente quando Louis estava voltando da casa de Harry, o vento sussurrando contra sua pele seca, o colarinho erguido. Envolvia principalmente "eu te explicarei mais tarde, Liam. Mas está tudo bem" e lhe vinha com uma bela porção de culpa e pânico, porque o cheiro de Harry ainda permanecia nele e a imagem dele ainda estava em sua cabeça.

Isso lhe dava pouca vontade para dormir, lhe dava pouco espaço para sorrisos sinceros, e abria caminho para muita miséria e ansiedade, que sempre pareciam estar tomando conta de Louis, sempre lá. Enquanto ele fazia as coisas apenas por fazer. Olhava pelas janelas com olhos mortos. Ou, mais comumente, contava os segundos em sua cabeça como se contasse uma taxa de mortalidade enquanto ele bebia, por nenhuma razão que ele pudesse se permitir entender.

Mas, mas ele não sabia mais o que fazer. E ele sabia que está ficando sem tempo, entende. Ele sabia. Ele estava ciente. Ele só... Ele só não conseguia fazer nada.

Ele sabia que precisava contar para Harry. Ele até tentou. Porém, não funcionou. Se era por causa dele ou de Harry, ele não sabia... Mas não funcionou.

E agora, enquanto ele encara as palavras de Liam, tudo parecia um pouco mais ansioso, e muito mais barulhento.

Era uma maneira de merda para começar a manhã, sério.

Então Louis apenas bloqueou o celular enquanto deslizou a mão fria sobre os olhos, jogando para longe o celular longe, para onde ele não conseguia vê-lo.

— Tá acordado, cara? — Stan lhe disse da cozinha. Soou mais alto do que realmente foi sobre a luz poeirenta da manhã, com tudo muito quieto e amarelado.

— Sim — Louis lhe respondeu quando algo, em algum lugar, estralou em seu corpo enquanto se alongava.

— Legal. Certifique-se de trancar a porta ao sair, ok? — De repente, Stan apareceu, com o casaco fechado, enquanto se dirigia à porta. Ele lançou um olhar para Louis, um sorriso cordial para onde Louis estava, ainda tentando acordar. E então Stan colocou a mão na maçaneta, pronto para sair.

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