XXVII

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E vamos de atualização dupla? Preparem os lencinhos! 

*.¸ ¸.*Obrigada por lerem! Não esqueçam dos votos e comentários!*.¸ ¸.*

Por sorte, eles conseguiram encontrar um vestiário deserto, exceto por um punhado de paletós bege. 

O lugar era pequeno, silencioso e sem mobília, mas parecia oxigênio em comparação com a multidão acadêmica entocada em todas as outras salas. Era perfeito e lhes dava espaço apenas para sentar contra a parede, lado a lado, pernas pressionadas contra pernas enquanto entrelaçavam as mãos e olhavam para o teto, fazendo um ao outro rir, conversando sobre absolutamente nada importante.

Louis adorava conversar sobre nada com Harry. Eles podiam ficar em uma caixa de papelão por cinco dias e eles ainda teriam todo o tempo do mundo — era assim que ele sabia que estava apaixonado. Era assim que ele sabia que estava arruinado pela eternidade.

— Você não é Mick Jagger — Louis bufou, revirando os olhos para o céu enquanto o queixo de Harry caía, horrorizado. De alguma forma, eles haviam começado a discutir quais ícones da música eles seriam. (Naturalmente.) 

 E, francamente, era hilário. 

— Sou, sim! — Harry exigiu em um grito, articulando as palavras com as mãos desajeitadas. — Eu pareço com ele e tenho poses fabulosas! E aponto muito com meus dedos! Eu sou Jagger, Louis, sou sim!

— Não é — Louis riu, balançando a cabeça. — Você com certeza não é. Você é mais tipo... Sonny Bono. 

A expressão em resposta de Harry quase causou um ataque histérico em Louis.

— O quê?! — ele gritou, com os olhos quase saindo do crânio. — É claro que não!

— Não, mas você é completamente — Louis riu, com o punho pressionado contra sua boca. Eles estavam fazendo muito barulho.

— Ah, é? Mesmo? Então você é a Cher? — Harry perguntou, falsamente indiferente.

Rindo, Louis balançou a cabeça. 

— Não — ele respondeu simplesmente, parecendo muito orgulhoso de si mesmo. — Sou o Ozzy Osbourne.

— Ah, meu Deus — Harry disse, mas ele estava tentando não rir. — Está falando sério? Você não é Ozzy Osbourne, Louis. Você é o David Bowie. Talvez.

— Bowie? — ele perguntou, pensativo. Hm. — Tudo bem, então. Eu aceito. — Ele se virou para Harry, estudando-o com os lábios leves em um sorriso. — Hm... tudo bem. Talvez você não seja bem Sonny Bono, afinal... — Ele sorriu com o alívio na expressão de Harry. — Acho que você poderia ser... Jim Morrison. Você é do tipo profundo e delicado, acho. Vejo você escrevendo poesia e vestindo calças de couro. Sendo preso por exposição indecente.

— Ei! — Harry riu, se inclinando ainda mais para Louis, enquanto gentilmente empurrava seu corpo com o dele. Mas ele estava radiante, visivelmente maravilhado. — Eu não seria preso! Mas o resto, talvez. É, acho que sim — Ele sorriu, mais suave.

Foi exatamente quando eles riam confortavelmente, com toda a tensão e o tédio finalmente liberados de seus corpos, que uma voz repentina soou nos alto-falantes instalados em cada sala, o interfone ligando para a vida.

— Gostaríamos de reservar um momento para anunciar que a cerimônia começará em vinte minutos — Uma voz feminina anuncia. — Se puderem encontrar seus lugares, começaremos em breve. Obrigada.

Com isso, os alto-falantes desligaram e o som de violinos suaves preencheu o silêncio mais uma vez. Ao mesmo tempo, ambos suspiraram, olhando-se fixamente.

gods & monsters ➸ portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora