Red Diamond (kth + jjk)

Juntos

[Algum tempo depois]

Era uma noite de desfile dentro de um hotel luxuosíssimo em Macau. Taehyung vestia uma roupa de seda vermelha, e Yukiko vestia uma roupa idêntica, porém branca. Os híbridos estavam se arrumando, para enfim mostrarem a nossa nova coleção; as duas novas versões de diamantes, denominadas Black Diamond e Red Diamond.

Depois de toda a confusão do que aconteceu na boate, finalmente conseguimos nos organizar e fugir de tudo o que se resumia a contrabando, exploração de híbridos, mentiras, agressões e sequestros.

Além de abandonarmos esse ramo de leilões clandestinos, nós criamos uma rede de joalherias – começando pelos diamantes da Rainbow –, para vender tudo de forma legal. Já tínhamos lojas em cinco cidades da Coréia do Sul, três na Coréia do Norte, uma no Japão, e neste momento, estamos preparando para abrirmos nossa primeira da China.

China era o lugar que eu queria passar o resto da minha vida. Eu realmente pensei em largar a Coréia e vir para Macau, viver ao lado do Taehyung; mas vejo que não será possível firmarmos em um lugar só. Melhor ainda, vamos viajar pelo mundo, expandindo nossa joalheria, conhecendo lugares novos e é claro, ficando mais ricos.

Eu admito que a cada evento de estreia, eu ficava nervoso. Chanyeol bebia um copo de água atrás do outro e dava alguns pulinhos, mas Baekhyun sempre conseguia fazê-lo ficar mais tranquilo. Só que no meu caso era mais complicado, porque o Tae é um dos nossos modelos, então não tinha como ele se preparar para o desfile, e me acalmar ao mesmo tempo — seria complicado, até.

Só que era bobagem, eu ficava nervoso, mas no final das contas, sempre saía tudo bem, e as tias de cachecol com pele de urso polar sempre ficavam loucas, quase saindo nos tapas para serem uma das primeiras a conseguirem a coleção.

Primeiro tínhamos a ideia de criarmos coleções únicas, para aumentarmos o valor e vendermos por uma quantia bem grande. Mas depois de conversarmos com Baekhyun — este que largou a agência e se tornou um dos contadores da nossa rede de joalherias —, ele chegou à conclusão que o lucro seria maior, se fizéssemos mais quantidades das coleções, já que o número de pedidos era absurdo.

Mas enfim, nossa vida passou a ser assim: cheia de desfiles, festas, coquetéis de apresentação, lançamento de novas lojas e coleções, e muita viagem.

Assim que terminou de se arrumar, Tae veio andando na minha direção e sorriu. Ele estava maravilhoso com aquela maquiagem, e eu nunca me cansaria de vê-lo assim. Não mesmo.

— Como está? – Ele perguntou.

— Nervoso e você?

— Estou tranquilo – deu de ombros – eu fico um pouquinho nervoso antes de entrar na passarela, mas é coisa momentânea.

— Queria ter essa calma – sorri. – Me dá um beijo? – Pedi, fazendo um bico para que ele realizasse meu desejo.

— Não posso, amor. Meu batom vai sair.

— Ah jura? – Resmunguei. – Batom você retoca depois.

— Eu te beijo depois, ok? Não terei tempo de refazer o batom, porque tem todo um processo aqui para ficar nesse tom.

— Ah, fazer o quê, não é? – Revirei os olhos. – Se meu namorado prefere manter o batom intacto do que me beijar... – Dei de ombros.

— Você sabe que não é isso, Kook, seu manhoso. Pensa que estou fazendo isto por nós, seu bobo. É para nosso futuro, hm?

— Eu sei – ri de maneira boba. – Você está muito lindo, Tae, por Deus.

— Obrigado – seu sorriso quadrado perfeito estampou seus lábios e eu fui agraciado por aquela cena linda.