Pesadelos

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 Apesar de ser noite, o mormaço entrava pelas frestas da janela fazendo-me suar

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Apesar de ser noite, o mormaço entrava pelas frestas da janela fazendo-me suar. Dois banhos em menos de quatro horas não pareceram suficientes para sanar o calor, mas talvez fosse minha preocupação com o último acontecimento há quatro dias atrás.

Mergulhei meu rosto no travesseiro lutando contra a insônia, virava e tentava todas as posições possíveis, mas em vão, o sono havia desaparecido.

Desci as escadas sentindo o corpo amolecido pela temperatura alta e parei quando senti aquele chakra.

Um arrepio subiu pela minha espinha e passou por cada centímetro de mim, o coração batendo de forma descompassada. Olhei para todos os lado à procura de algo ou alguém que pudesse emanar aquela chakra, mas meus olhos encararam apenas o escuro da minha própria casa.

Ousei dar um passo para frente quando o senti novamente, a opressão, o poder que aquilo tinha sobre mim, aquela sensação de paralisia total do corpo. Encarei mais uma vez a escuridão quando aquele par de olhos vermelhos me encararam, o sharingan brilhava e quase me ofuscava, eu mal podia continuar a olhá-lo daquela forma.

O suor escorreu pelas minhas costas e eu não podia mexer meu próprio corpo, pois o par de olhos vermelhos começava a se aproximar cada vez mais até eu poder sentir sua respiração ofegante e gélida, até meu corpo começar a sentir choques elétricos desde a cabeça até a ponta dos dedos dos pés.

Eu não tinha certeza se era Sasuke, Itachi ou Madara, não sabia exatamente quem estava ali diante de mim dando-me a sensação de impotência.

— Sakura...

Alguém sussurrou meu nome ao vento, pude sentir o hálito em meus ouvidos como se falassem com a minha mente.

Engoli a saliva dolorosamente, meu peito ardia pela adrenalina que drenava minha sanidade. Tentei gritar, mas a voz não havia saído, não conseguia me mover ou me defender e o escuro intenso e opressor começou a me cercar.

Acordei com a cama molhada de suor, ofegante e zonza. Olhei para os lados procurando alguém, tinha a sensação de que eu ainda podia sentir verdadeiramente a opressão, o medo e o escuro que me rodeava.

Apalpei meu abajur ao lado da cama, por um segundo temi o que a luz poderia revelar, mas não havia nada fora do comum dentro do meu próprio quarto.

Esfreguei os meus próprios olhos tentando afastar a sensação ruim que espremia meu peito, olhando para o relógio percebi que não tinha dormido mais do que duas horas, ainda era madrugada.

Caminhei em direção às escadas tentando não pensar no pesadelo, não queria ficar com a paranoia de que eu não estava sozinha na minha própria casa.

Peguei um copo de água gelada que desceu refrescante naquela madrugada quente,  olhei para fora onde a Lua estava alta e cheia no céu, fiquei pensando nos sentimentos que Kakashi me causava, fiquei pensando em como as coisas tornaram-se malucas desde que nos encontramos pela primeira vez.

Cerejeira [KakaSaku]Onde histórias criam vida. Descubra agora