Sequestro

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 A noite estava fria lá fora e as ruas desertas

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A noite estava fria lá fora e as ruas desertas. Olhei para os lados certificando-me de que aquele estranho chakra não estava por perto e vi que eu estava completamente sozinha.

Esfreguei os braços com as mãos numa tentativa de espantar o frio, mas ele vinha de dentro de mim, aquela sensação de impotência, insegurança e dor se intensificavam cada vez mais.

Continuei a caminhar pelas ruas abandonadas de Konoha onde as casas estavam destruídas e outras em construção, o vento gélido havia finalmente cessado e com ele a sensação de estar completamente só. Olhei ao meu redor procurando o par de olhos que me encaravam, era muito mais do que minha intuição, eu sabia que estava sendo perseguida, sabia que havia alguém em algum lugar ali.

- Apareça maldito!

Gritei colocando-me em posição de defesa, mas algo estava muito errado.

Aos poucos uma névoa inundava a rua, densa e esbranquiçada a neblina logo me fez perder a visão das coisas ao meu redor e eu me encontrei em uma redoma escura.

Estava pronta para atacar quando alguém passou por mim, um cidadão de Konoha sem uma das pernas, sangrando e gritando por socorro. Tentei ajudá-lo, mas ele pareceu não me ouvir, era como um zumbi que entrou e saiu da névoa sem me perceber. Logo ja não era ele, mas algumas pessoas passeavam pela névoa com seus corpos mutilados, havia sangue para todos os lados, desespero, medo e os meus ouvidos detectaram o som de explosões logo ali.

Meu corpo permaneceu petrificado, eu estava na guerra novamente? Estavam nos atacando de novo? Tentei gritar por Naruto, por Kakashi, mas minha voz não saía e as pessoas continuavam a passar desesperadas ao meu redor. O coração batia forte em meu peito, eu não podia fraquejar naquele momento, jurei proteger Konoha com a minha vida se fosse preciso. Fechei os olhos e me concentrei, o estranho chakra estava próximo e eu se eu me concentrasse mais poderia detectar sua exata localização.

- Sakura - uma voz familiar soou em meio ao nevoeiro - Sakura.

A imagem de Itachi apareceu em minha mente fazendo meu corpo se arrepiar. Mas Itachi estava morto, então quem havia formado essa névoa? Eu estava em um Genjutsu?
A voz de Itachi soou novamente em minha cabeça, dessa vez muito mais nítida. Senti meu sangue gelar por um minuto, minha cabeça rodando sem entender o que estava acontecendo e se eu realmente estivesse presa em um Genjutsu, eu precisaria interromper o meu fluxo de chackra.

Fechei os olhos tentando me concentrar, não era fácil mesmo pra mim, uma técnica dessas exigia muita calma. Fiz a posição das mãos, respirei fundo e comecei aos poucos a impedir o fluxo do meu próprio chakra, mas algo me acertou me jogando para longe e como eu estava impedindo meu chakra, não pude detectar o de outra pessoa.
- Não seja tola - a voz me disse, a mesma voz do Uchiha - Você não é forte o bastante.
Levantei limpando o sangue que escorria do nariz, a raiva tomando conta de mim.
- Por que você não me enfrenta como um homem? Por que não dá as caras, seu covarde?!
Um vento forte colidiu contra o meu corpo, coloquei os braços para frente tentando impedir que meu corpo fosse empurrado. Pouco a pouco a névoa foi se dissipando com o vento, eu já podia ver a Lua, as árvores, as casas e também Itachi que me encarava.

 Pouco a pouco a névoa foi se dissipando com o vento, eu já podia ver a Lua, as árvores, as casas e também Itachi que me encarava

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Engoli a saliva dolorosamente enquanto sentia o ar faltar nos pulmões. Meus olhos mal podiam acreditar no que viam: Itachi Uchiha bem na minha frente. Mas algo estava diferente.
Ele não usava seu costumeiro manto da Akatsuki, seus olhos sequer mostravam o Sharingan, vestia-se como um ninja da aldeia, até mesmo a bandana de Konoha estava devidamente amarrada em sua testa.

- Itachi? Mas... Como? Você está morto!

Ele não respondeu, ficou me encarando por longos segundos até me atacar novamente.
Fui rápida para desviar dos dois primeiros chutes, mas o terceiro me pegou em cheio jogando-me aos escombros de uma casa. Me levantei sentindo a dor me invadir, mas não era o suficiente para me manter no chão.

Respirei mais uma vez e parti para cima com velocidade. Itachi era rápido, desviava dos meus golpes mais fortes, seu corpo magro e esguio parecia dançar entre chutes e socos.
Girei os calcanhares quando ele deferiu um chute na altura da cabeça, concentrei o chackra nas mãos aumentando minha força, me abaixei quando seus pés passaram por cima da minha cabeça e numa fração de segundos acertei-o nas costelas com a canhota.

 Girei os calcanhares quando ele deferiu um chute na altura da cabeça, concentrei o chackra nas mãos aumentando minha força, me abaixei quando seus pés passaram por cima da minha cabeça e numa fração de segundos acertei-o nas costelas com a canhota

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Itachi mal tocou os pés no chão quando já estava novamente em minha frente, mas ao invés de me atacar ele, propositalmente, passou ao meu lado. Senti o vento de seu corpo passar por mim juntamente de um odor estranho que subia com a poeira.

Uma fumaça roxa atingiu minhas narinas me deixando tonta, naquele momento eu sabia que algum tipo de veneno estava adentrando minhas células. Quando tentei o Saikan Chuushutsu no Jutsu fui impedida por uma mão aberta que me acertou na nuca me fazendo desmaiar. A última coisa que ouvi antes de apagar foi uma voz grossa, que não identifiquei.
- Vamos Kaoto, leve-a para o esconderijo.

Cerejeira [KakaSaku]Onde histórias criam vida. Descubra agora