As pessoas que o encontravam reparavam no novo membro elogiando o belo trabalho do mesmo, Naruto chegou até a demonstrar certa inveja, dizendo que capricharam mais na de Sasuke do que na dele, que aquilo era um absurdo, que ele era um herói de guerra e mais choramingos que o Uchiha ignorou, depois completou dizendo que aquilo só poderia ter sido coisa da Sakura, pois somente ela teria trabalhado com tanto capricho numa prótese para ele.
E essas palavras não saíram da cabeça do moreno.
Ele não a via circulando pela vila como quando eram jovens ou quando retornou da primeira vez antes de sua viagem de redenção, agora ela era retraída, não distribuía mais seus sorrisos e suas gentilezas por aí. Em outra ocasião Naruto marcou novamente um encontro do time 7, dessa vez no Ichiraku, mas ela não foi, nem ela nem seu substituto, mas mais tarde naquele mesmo dia, quando foi buscar sua esposa no hospital já tarde da noite, enquanto esperava do lado de fora ela sair, reparou nas janelas do mesmo. A maioria das luzes já estava apagada devido ao avançar da hora, mas uma lhe chamou atenção, estava com a luz fraca, bem fraca, era a janela da sala dela. Se concentrou e qual não foi sua surpresa ao perceber um chakra diferente do esperado no local, era o chakra de Sai na sala da Haruno, fraco mas ele o reconhecia bem, mas o dela mesmo ele não captava. O que ele estaria fazendo sozinho na sala da rosada?
Não havia alma viva passando na rua, o moreno constatou após olhar ao redor, então ele focou bem a visão e ativou seu poder ocular, apenas o suficiente para sanar sua dúvida. Se houvesse alguém ali teria notado a surpresa do moreno, ela estava lá, com ele, ambos sozinhos na sala dela àquela hora da noite. Estavam próximos, pôde perceber, mas assim que ia focar mais a visão sua esposa chegou.
-Querido, está tudo bem?
Ele desativou seu poder ocular e olhou para ela.
-Sim.
Ela teve ganas de lhe perguntar o que ele estava fazendo, mas não o fez.
-Devia ter me esperado lá dentro, fica muito frio aqui fora esse horário.
-Eu não me importo. Vamos pra casa.
Ele se virou pronto para caminhar e rapidamente ela se pôs ao seu lado.
O caminho foi frio e silencioso.
Estudava aqueles pergaminhos minuciosamente, e quanto mais lia mais achava aquela missão péssima. Porque ela? Porque não qualquer outra? Pessoas sairiam magoadas se ela levasse essa missão adiante. Então pela primeira vez enviou um requerimento pedindo seu afastamento do caso, não queria ficar naquela vila, ver aquelas pessoas que a ligavam a um passado que já não era mais dela.
"Você vai seduzir e foder com qualquer um entendeu? Pode ser seu amigo, seu parente, qualquer um, pelo bem da missão."
Engoliu em seco, as lembranças de seu treinamento vinham como flashes em sua memória desde que pisou em Konoha.
Devia suprimir isso, enterrar fundo qualquer ligação com a Folha.
"O que vão fazer é pela paz em todas as nações, é o trabalho sujo que os kages não podem fazer, não pertencem mais aos seus clãs ou vilas de origem, estão acima de tudo isso, qualquer um pode ser um alvo, basta estar respirando, e é função de vocês garantirem que não estejam mais!"
Estava já a uma semana na vila e continha a expectativa da resposta de sua baixa, eles só poderiam estar a testando lhe pedindo aquilo.
Ino sempre insistia que ela retornasse logo ao hospital, mas como não sabia se iria ficar não dava esperanças a amiga.
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A Outra
Hayran KurguEla esperou uma vida inteira por ele... -Felicidades para vocês dois. Poucos haviam sido convidados para a cerimônia, mas os que foram eram queridos de alguma forma. -Tem certeza que quer estar aqui? -Eu precisava ver... -(...)Obrigada por tudo que...