cento e sessenta e três

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"Dezessete de julho de dois mil e vinte.
Para o meu querido Felipe, vulgo o meu maior amor.
Eu nunca passei pelo que você passa ou passou, mas sei que devia ser muito difícil... Só que você não podia ter desistido de tudo, eu precisava muito de você, assim como você precisava de mim. Mesmo assim, eu gostaria que você soubesse que eu jamais irei te esquecer. Mais do que o meu melhor amigo, você foi o meu primeiro namorado que eu amei incondicionalmente, e que eu jamais amarei alguém do jeito que eu lhe amei, nenhum sentimento meu chegará aos pés do que eu senti e ainda sinto por você.
E é por isso que eu vou lhe amar e lembrar de ti por todos os dias da minha vida. Só nós dois sabíamos o quão louca é a nossa amizade, o nosso amor. Só nós dois sabíamos o quão incrível é isso tudo. E sim, eu digo tudo isso no presente propositalmente, porque uma amizade como a nossa, uma conexão como a nossa não podia ter terminado assim. Mas, infelizmente, acabou. Aquelas nossas conversas que duravam horas e horas, chegaram ao fim. Você partiu para outro mundo, onde eu espero, do fundo do meu coração, que você esteja feliz, do jeito que você sempre quis. Você se foi e levou uma parte de mim, mesmo que estivéssemos brigados, o meu amor por você não diminuiu. Muito pelo contrário, ele só aumentou. E foi aí que eu percebi que eu desperdicei meu tempo discutindo com você por coisas... Coisas que não valiam tanto a pena, mas também não eram tão fúteis assim. Eram momentos que eu poderia ter aproveitado mais. Eu daria qualquer coisa para conseguir te dar o primeiro e último abraço, qualquer coisa para conseguir pelo menos te conhecer pessoalmente, mas agora já é tarde demais. •

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