cento e cinco

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Bruna: Tchau, Beijos! Amo você — Desligou a chamada e eu respirei fundo, colocando o computador na mesa. Em seguida coloquei as mãos no rosto, suspirando e me jogando em minha cama.
Felipe: Porra, Felipe, você só faz merda... Por isso que ninguém gosta de você! Porque você só faz merda, é a única coisa que você sabe fazer — Falei para mim mesmo, sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Ainda bem que eu levei a minha mochila do colégio comigo, assim eu ainda tenho o meu apontador de lápis. Abri uma gaveta do meu armário e peguei uma ferramenta ali, não sei onde eu achei isso, mas achei melhor deixar guardado no quarto para... Sei lá, eu não faço a mínima ideia de qual é a real utilidade disso. Fui até a sala e tirei o apontador de minha mochila, e com a ferramenta que eu peguei, tirei o parafuso que existia ali, conseguindo pegar a única coisa que eu queria. A lâmina.
Felipe: Linda você, garotinha... — A olhei. Bem afiada, finíssima. Do jeito que eu gosto. Joguei a ferramenta em qualquer lugar dali e fui para o meu quarto, entrando no banheiro. Tirei a minha camisa e a joguei em qualquer lugar do quarto, olhando firmemente para aquela lâmina. Eu senti falta disso, é uma das coisas que mais consegue amenizar a dor que eu sinto em meu peito.
Antes mesmo que pudesse fazer alguma coisa, eu ouvi uma música. Não sei de onde vinha, se era da casa do vizinho ou de algum carro na rua, mas eu pude escutar uma parte. Era justamente algo que eu não queria ouvir nesse momento.
"E tudo começou com uma mensagem
Não queria me apaixonar e agora é tarde
Um oi foi o bastante pra me responder
E através de conversas conheci você

Mas você não sai da minha cabeça
Se fecho os olhos eu só penso em nós
Mas nada vai fazer com que eu te esqueça
Revejo os áudios pra lembrar sua voz, sua voz" •

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