Heeeey, mores! Ficzinha nova pras vocês.Espero que gostem, está tudo sendo feito com muito carinho.
Muito boa leitura!
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Regina- Acorda sua vagabunda, levanta logo dessa cama! - ouço Robin dizer antes de me puxar agressivamente da cama, como quase todas as manhãs.
Eu não aguento mais essa situação, mas não tenho forças para me livrar de Robin, ele quase sempre está embriagado, me xinga, me agride constantemente e isso tudo na frente do meu filho Henry. E por conta disso, meu menino acabou se tornando uma criança retraída, ele mal fala, mas pelo menos Robin nunca o agrediu fisicamente. Aliás a única coisa que eu não me arrependo nesse casamento é o meu filho, essa foi a única coisa boa que o casamento com esse monstro me trouxe, Henry não é meu filho biológico, nós o adotamos ainda bebê.
Robin nunca foi uma marido muito carinhoso, mas de uns três anos para cá, tudo piorou, a empresa de turismo que ele tem, anda passando por uma crise, quase a beira da falência, e então ele desconta todo o seu fracasso profissional em mim, e o pior de tudo é que eu não tenho amigos, não tenho com quem desabafar, meus pais e minha irmã moram na Flórida, e eu estou em Washington. Já que há algum tempo atrás, Robin me convenceu a vir pra cá, me prometeu que mudaria, disse que estava arrependido e queria me reconquistar, e eu tola acreditei piamente.
Mas a única coisa que tive foi uma grande desilusão, o que não me abalou, pois eu já estava acostumada, mas eu realmente achei que ele pelo menos tentaria, mas não, assim que chegamos na casa, voltaram os xingamentos e as discussões. Sua bondade durou apenas uma semana, que foi o tempo que eu demorei para organizar a nossa vida na cidade, arrumar a nossa mudança e ir atrás de uma escola para o Henry. Então era uma sexta feira, e não tínhamos nada de alimentos em casa, passamos os últimos dias, pedindo comidas em restaurante e pizzas, decidi arrumar o meu filho e fomos até o supermercado, acabamos demorando mas que o esperado, era véspera de feriado, e estava super lotado, chegamos em casa por volta das 19:00 horas, Robin estava completamente bêbado e descontrolado. Ele me puxou pelos cabelos até o banheiro do andar de baixo, e ordenou que eu tirasse as minhas roupas, eu neguei então ele começou a rasgar a minha blusa me deixando apenas de sutiã, eu estava encolhida ao lado da pia, então ele me deu um soco na boca do estômago, o que me causou uma dor descomunal, eu senti uma gosto de sangue na boca e caí no chão me contorcendo de dor, ele ainda deu mais alguns chutes e depois saiu, enquanto eu fiquei lá jogada no chão, quase desfalecida, com meu corpo todo dolorido, acho que fiquei uns dez minutos tentando me recuperar, então ouvi a porta do banheiro se abrir, e automaticamente senti meus olhos já marejarem pois achei que ele havia voltado. Mas não, era o meu Henry, meu garotinho era tão forte, ele me ajudou a levantar, e ficou comigo ali, até que em sua inocência ele me disse algo, e só então pude ver o quanto aquilo estava prejudicando a infância do meu menino.
- Mamãe quando eu for adulto, eu vou aprender a lutar e vou dar uma surra nesse homem.
Então eu percebi , que os seu olhos estavam cheios de água, e uma tristeza em seu rosto, terminou de partir meu coração, eu não poderia continuar naquela situação, não poderia mais expor o meu filho aquele ódio, que vinha do homem que devia ama-lo e protegê-lo acima de tudo. Eu precisava tomar uma atitude.
- Filho eu prometo que nós vamos dar um jeito nessa situação, eu vou ligar para o seu avô, e ele vai nos ajudar... eu tenho certeza que vai.
Com certeza eu ia precisar de ajuda, eu e Henry nunca passamos fome, porque o meu pai todo mês depositava uma quantia de dinheiro para mim, ele dizia que tinha o suficiente, mesmo eu dizendo que não precisava, ele sempre me ajudou, Robin não me deixa nem sair de casa sozinha, quanto mais trabalhar, o que eu sempre quis fazer, eu tinha concluído a faculdade, e quando tentei trabalhar ele apareceu com Henry, e me convenceu a ficar em casa, a princípio eu até gostei da ideia, pois meu sonho era ser mãe, depois que Henry já tinha uma certa idade, eu tentei voltar a trabalhar, mas foi quando Robin começou a me aprisionar, e eu não consegui mais. Bom eu precisaria do meu pai de qualquer jeito, nem telefone eu podia ter, então quando Robin chegasse em casa, eu esperaria ele dormir e pegaria o telefone dele para pedir ajuda.
E foi o que eu fiz, quando um Robin bêbado dormia o sono mais pesado da madrugada, eu comecei a agir, não poderia ligar para meu pai ou minha mãe, pois teria que ser algo rápido, então resolve mandar uma mensagem de texto para Zelena, seria mais fácil e com certeza ela me atenderia.
Então comecei a escrever.
"Sister aqui é a Regina, estou mandando essa mensagem porque eu preciso da sua ajuda, peça para a mamãe e o papai virem ao meu encontro aqui em Washington, eu estou vivendo uma vida muito cruel ao lado de Robin, ele está me agredindo constantemente, eu não aguento mais Sis, por favor me salva!
Robin não pode saber que eles vêm me encontrar, então peça que se hospedem no hotel Granys, e eu vou encontrá-los na terça às 14:00.
Te amo irmã. E não responda!"
Apaguei a mensagem rapidamente e deixei o celular onde tinha pego, torcendo para que tudo desse certo, aquele dia foi mais tranquilo para mim, ele estava de ressaca e dormiu quase o domingo inteiro, quando ele estava sóbrio, não trocava uma palavra comigo e Henry, ficava apenas trancado no quarto, ou no escritório, ele nos ignorava completamente.(...)
Já era noite, estava no quarto de Henry, quando ouvi o barulho da porta da frente se fechar e depois Robin dar partida no carro.
Enfim tivemos uma noite mais tranquila, e conseguimos dormir. Na segunda de manhã arrumei meu filho e o coloquei no ônibus para a escola, estava arrumando algumas coisa na cozinha, quando ouvi a porta da sala se fechar, meu coração errou a batida, pois sabia de quem se tratava. Era por volta de onze da manhã, eu ainda estava preparando o almoço, Robin entrou feito louco na cozinha, e começou a me xingar, queria que o almoço estivesse pronto, não gostava de ser contrariado, e quando eu disse que não estava, ele começou a apertar os meus braços e eu pude esperar pelo pior, ele desferiu três socos no meu rosto, o que me fez desmaiar na hora.
Quando acordei , Henry estava sentado ao meu lado, chorando, ele achava que eu estava morta, e mais uma vez eu passei por cima das minhas dores físicas, para ver meu filho.
Robin sempre me batia em lugares onde eu pudesse esconder, mas dessa vez eu tinha ganhado um corte no lábio superior e um olho roxo. Ele não voltou pra casa, e eu fiquei Colocando gelo nos meus ferimento e tomei alguns remédios pra dor. Eu não aguento mais isso. E vou acabar com essa situação, principalmente por Henry. Repito, ele não merece isso!
(...)
Então chegou o dia de encontrar meus pais e eu estava rezando para Robin não aparecer até a hora de eu sair.
Cheguei na recepção do hotel, estava calor , mas eu usava roupa de mangas compridas e óculos escuros, afim de esconder os hematomas espalhados por meu corpo. Cheguei na recepção, e perguntei sobre meus pais, a recepcionista disse que eles estavam me esperando, fiquei feliz em saber que eles tinham vindo.
Quando toquei a campanha do quarto, em segundos o meu pai abria a porta, o olhar amoroso dele sobre mim, fez meus olhos marejaram, meu filho correu para seu colo, e ele me olhava preocupado, entrei e pra minha surpresa Zelena também estava lá, então me abraçou um pouco forte, e que me fez sentir dor. Todos nós abraçamos, pois a saudade era grande demais. Quando tirei os óculos, meu país me olhou espantado.
- Regina minha filha, por que você falou conosco antes e deixou chegar a esse ponto?
- Papai eu não queria atrapalhar a vida de vocês com meus problemas...
E então, minha mãe falou pela primeira vez desde que entrei no quarto.
- Eu não criei filha minha para apanhar, nós nunca te demos um tapa Regina. Você não vai continuar nessa vida!
Pedi para que Zelena desse uma volta com Henry, para eu conversar com meus pais. E assim ela fez. Então contei aos meus pais, tudo o que estava vivendo com Robin a tantos anos. Meus pais choravam junto comigo, era como se eles pudessem sentir a minha dor.
- Nós temos que colocar esse homem atrás das grades, Regina! Ele não pode fazer isso e ficar impune. - meu pai se levanta, nervoso após o fim do meu relato.
- Não! - me levanto também. - Não façam isso. Se Robin for para a cadeia, logo ele sai. Não adianta. Só vai piorar tudo... eu só não quero continuar assim. Eu não sei o que fazer, mas eu não quero continuar. - minha mãe me abraça forte.
Vejo meu pai andar de um lado para o outro no quarto, ele passa a mão em seus cabelos brancos nervosamente e por fim, após alguns minutos de silêncio, me olha de maneira esperançosa.
- Já sei, tive uma ideia! - eu e Cora o encaramos atenciosamente. - Realmente, eu poderia pagar o dinheiro que fosse para aquele imbecil apodrecer na cadeia. Mas você e meu neto merecem sossego e uma vida tranquila... nós temos uma casa em uma pequena cidade, comprei ela há um bom tempo e só fomos lá uma vez... você e Henry poderiam ir para lá, começar uma vida do zero e sem todo esse inferno que vivem aqui.
- Está sugerindo que a gente fuja, papai? - pergunto.
- Eu sei recomeçar pode parecer difícil, ainda mais num lugar completamente diferente... - segura minhas mãos. - Mas pense em tudo que você está passando, pense em Henry.
Paro por alguns segundos e sinto as lágrimas escorrerem em meu rosto. Realmente, para algumas situações, não existem outras alternativas a não ser um recomeço. E esse vai ser o meu recomeço, ao lado da pessoa que eu mais amo e prezo nesse mundo.
- Eu aceito! - digo firme. - Só preciso passar em casa e pegar algumas coisas.
- Não podemos correr o risco de Robin chegar e estragar tudo, Regina. - minha mãe diz. - Pegue seu dinheiro no banco, compre algumas coisas e eu e sei pai ajudaremos vocês com o resto.
Fecho os olhos por alguns segundos. Um suspiro aliviado contrasta com meu corpo tremendo de medo, medo do novo e do que posso esperar daqui pra frente. Mas, ou é isso, ou continuo sofrendo nas mãos de Robin e vendo meu filho crescer cheio de traumas. Está decidido, a partir de hoje, uma nova vida me aguarda...E aí? Gostaram? Espero que sim! Contém para mim nos comentários. Até o próximo capítulo. ❤️
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Amor Em Dobro - SWANQUEEN- CONCLUÍDA
RomanceÀs vezes não temos noção das surpresas que a vida pode nos revelar. Num dia, tudo pode virar e bagunçar nossa rotina de uma maneira que nunca chegamos a imaginar. E foi isso que aconteceu quando Emma descobriu que seu filho, que julgava estar morto...