Capítulo 11

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Boa leitura amores ♥️

Regina

Não existe pessoa no mundo que tenha encarado o teto mais do que eu nessa última semana. E juro, nunca imaginei que Zelena pudesse ser uma irmã tão super protetora como está sendo agora. Claro, nós sempre nos demos bem, mas ela sempre foi a irmã mais maluca, a que mais aprontava, que deixava nossos pais de cabelo em pé, e hoje parando pra analisar todo esse cuidado comigo, eu sei que não poderia ter uma irmã melhor que ela.

Os dias dessa semana parecem ter 100 horas cada um, e eu não aguento mais ficar nesse quarto. Só que não há argumentos que eu use para convencer Zelena de me deixar sair. E além disso, o que está me deixando mais intrigada é o sumiço de Emma. Eu simplesmente não consigo entender as atitudes dela, primeiro ela se declara, a gente se beija e aí ela some... será que ela se arrependeu e está com vergonha de me falar? Fico divagando nas minhas perguntas sem reposta até ver aquela cabeleira ruiva entrar no quarto com um copo de leite na mão.

— Oi. — ela diz animadamente.

— Oi. — sorrio sem graça. — Zel... eu não aguento mais essa cama e esse quarto. —  digo no meu tom mais dramático.

— Eu sei que é chato, mas você precisa seguir as ordens médicas se quiser ficar boa logo, Gina...

— Eu sei. — cruzo os braços, fazendo bico e ouço uma pequena risada vinda de Zelena.

— Sis, você se importa de ficar algumas horas sozinha hoje a noite?

— Não, mas por quê?

— Ruby vai levar Arthur ao cinema, e me chamou parar levar Henry, tudo bem?

— Hum, ultimamente você e a Ruby estão muito amiguinhas, saindo sempre juntas, né?

— Ah Gina, não é nada demais... — cora, me fazendo rir. —  é apenas um cinema e com as crianças. Mas eu gosto bastante da companhia dela, e não vou negar, que pode rolar alguma coisa entre a gente.

— Ela é uma ótima pessoa, e eu faria muito gosto de vocês duas. —  sorrimos do meu comentário. — E o que você acha da Emma? — pergunto, e logo Zelena se senta ao meu lado.

— Além de ser um pedaço de mal caminho? — reviro meus olhos e ela continua. — Bom, ela me parece uma mulher legal, cuida dos meninos de uma forma muito linda, nem sei como seria se ela não tivesse me ajudando... enfim até o momento ela só tem me mostrado coisas boas.
Então, depois de ouvir essa enxurrada de elogios de Zelena para Emma, decido contar para minha irmã o que vem acontecendo entre a loira e eu. E após um breve surto de Zelena, sou obrigada a contar todos os detalhes, desde o dia da delegacia, deixando de citar apenas o nosso beijo, quando sai do hospital.

— Eu sabia!! Eu sabia!! — grita, se levantando. — É impossível não notar que ela é apaixonada por você. Eu sabia que aquela carinha de rendida pra você, não era atoa. — diz empolgada, me fazendo rir. —  Mas e você, Regina? Você sente o mesmo?

— Eu confesso que de um tempo pra cá, tenho visto ela com outros olhos... bom, no começo eu achei que fosse apenas gratidão, só que sempre que eu a via, ou ouvia o seu nome, o meu coração batia mais acelerado. E tudo ficou mais claro no dia que meu amigo, Graham, abriu os meus olhos no hospital.

— E por que você não diz isso pra ela, sis? Vocês estão tão próximas...

— Eu não entendo as atitudes dela, Zel. Primeiro, ela se declara, a gente se beija e agora, ela sumiu.

- Vocês o quê?! Como você não me contou isso antes, Regina Mills?

— Assim, não foi um beijo, beijo mesmo. Foi apenas um toque de lábios, sabe? Mas foi o suficiente pra fazer com que eu me sentisse nas nuvens. — cubro o rosto, sentindo o rubor tomar conta.

— Bom, eu realmente não sei o que se passa na cabeça dela. Mas, por mais que ela não esteja vindo aqui, todos os dias ela me liga pra saber como você está... é nítida a preocupação que ela tem com você.

— Mas eu quero vê-la Zel, por que ela não vem pessoalmente saber como eu estou?

— Isso é algo que só ela poderá te responder, mas você já pensou que ela pode estar esperando uma atitude sua? Veja bem, ela se declarou pra você, porém ela sabe tudo o que você passou nos últimos dias, talvez ela queira te dar espaço, pra ver se você sente o mesmo. — diz, e eu permaneço em silêncio por alguns segundos, ponderando sua resposta.

— Você tem razão, sis. Vou pensar sobre isso.
Zelena sorri, e carinhosamente deixa um beijo em minha testa, e seguida sai do quarto. Já eu, volto a encarar o teto, tentando colocar meus pensamentos em ordem, se é que isso é possível.

(. . .)

Vejo Henry entrar no quarto todo arrumado, ele caminha até a ponta da cama, me dá um beijo na bochecha e sorri.

— Nossa, como o meu garoto está lindo e elegante. — retribuo o sorriso, ajeitando a gola de sua camisa.

— Obrigada mamãe, você sabe né, que nós vamos no cinema... eu, a mamãe... quer dizer, eu a Em, a tia Ruby e meu irmãozinho... — vejo meu pequeno ficar corado, e logo abaixar a cabeça, desviando seu olhar do meu.

— Sei sim meu amor, a tia Zel me disse, pena que eu ainda não posso sair. — solto sua mão, tocando seu rosto, fazendo com que ele me encare. — Querido, se no seu coraçãozinho, você tem vontade de chamar a Emma de mamãe, não tem problema... eu aposto que ela vai ficar muito feliz.

— Mas e você? Você fica triste...

— Não! Claro que não, de coração... ela é sua mamãe também, tanto quanto eu aliás.

— Mas eu sinto aqui dentro... — coloca a mão sobre seu próprio peito. — que eu amo vocês duas igual.

— E ela também te ama muito... e eu te amo infinitamente. — o chamo para um abraço, e ele de bom grado, se aconchega. — Agora, vai lá curtir seu cinema, e depois não se esqueça de me contar tudo. — digo e ele concorda.

— Ah, e mamãe, logo mais você ficar boa e vai poder ir com a gente.

— Tá bom, então dá um beijo no Arthur, na Emma e na Ruby por mim.

— Ah, eu tinha esquecido... — bate a mãozinha na testa, me fazendo rir. — A mamãe Emma não vai... — dá de ombros.

— Não?

—  Não, eu ouvi ela dizendo pra tia Zelena que ia ficar em casa,  porque precisava por o trabalho em dia.

— Entendi, filho. — ele se despediu, deixando mais um beijo em minha bochecha. — Bom filme, te amo.

— Também te amo, mamãe.
Logo Zelena também veio se despedir. Claro, deixando mil e uma recomendações e faltando pouco me amarrar na cama, para que não corra o risco de que eu saia.

— Vai lá se divertir, Zelena... pode ficar tranquila, que eu vou ficar quietinha aqui. — digo ao passo que minha irmã deixa um beijo em meu rosto.

— Espero mesmo. — ajeita meu cobertor, como se eu fosse uma criança sendo embalada para dormir. — Juízo, Regina... muito juízo.

Bom, eu realmente teria juízo, se uma certa loira, chamada Emma Swan não tivesse o tirando de mim.
Assim que ouvi a porta da sala batendo, indicando que eles saíram uma ideia pairou sobre minha cabeça. Já que Maomé não vai a montanha, a montanha vai até Maomé. Ou melhor, já que Emma está fingindo, e não vem até mim, eu vou até Emma e acabar com essa agonia. Sorri com meu trocadilho bobo, me levantei da cama, e com certa dificuldade vesti um roupa mais apresentável, passei a mão nos cabelos e sai do quarto, olhando por todos os lados, me certificando se Zelena já tinha saído, para não correr o risco de ser pega no flagra. Chamei um carro pelo aplicativo, e a cada minuto de espera, se tornou uma eternidade, fazendo minhas mãos suarem, meus pés baterem incessantemente sobre o chão.
Quando, enfim, cheguei na porta da casa de Emma, ponderei por alguns segundos, respirei fundo tentando buscar um pouco de coragem e toquei a campainha. Não obtive resposta e depois de alguns segundos, tentei novamente. Mais um minuto se passou, e já me praguejando, pro ter quebrado meu repouso atoa, quando eu virei as costas na intenção de ir embora, ouço o barulho da porta sendo aberta, meu coração acelerou e eu me virei de uma vez.

- Regina?!? — me olha surpresa.

Fico um bom tempo estática, encarando Emma. A loira permanece parada próxima a porta, e por alguns segundos, mesmo que sem querer, meu olhar se perde em seu corpo coberto por uma regata e um short, até que bem curto, os dois na cor preta. Seus braços definidos também não passam despercebidos, quer dizer, não que eu nunca tenha reparado em Emma antes, como naquele dia em que a vi saindo do banho, mas agora, após assumir para mim mesma que a mulher anda mexendo comigo, é inegável que esse corpo faça um leve agrado a meus olhos.

— Gina? — ela me chama novamente, e só então, percebo a vergonha que estava passando.

Amor Em Dobro - SWANQUEEN- CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora