Mais um capítulo hoje já que demoramos um pouquinho pra postar. Boa leitura ♥️
Regina Mills.
Esses últimos dias, em que eu estou sendo vigiada feito uma criança, têm me deixado com um péssimo humor. Agora, quando não é Zelena, me mantendo, praticamente em cárcere privado, não me permitindo ir nem na esquina, tenho também, Emma, Ruby e até Henry e Arthur, que se pudessem, não me deixariam ir nem na cozinha beber um copo de água. Não que seja de todo ruim, afinal de contas, quem não gosta de ser mimada, né? Mas o problema, é que já faz pouco mais de três semanas que tudo aconteceu, e eu já me sinto bem.
Pelo menos agora, eu tenho liberdade e privacidade de tomar meu banho sozinha, já que antes, minha irmã não permitia nem isso. Estou aproveitando minha banheira há uns quarenta minutos. Recomendações de Emma, que está na cozinha preparando o jantar com a ajuda dos meninos. E por falar em Emma, eu não poderia estar mais feliz, desde que nossa vida se encaixou dessa nova maneira. Está tudo indo tão bem, se desenvolvendo de uma maneira tão natural.
E desde que essa nossa relação se estreitou dessa forma, eu não tenho parado de pensar, no quanto a nossa vida realmente pode ser comparada a um carrossel que gira a todo instante. E nesses giros, tudo pode mudar completamente de uma hora para outra. Eu, Regina Mills, nunca imaginei me interessar por uma mulher, e muito menos me ver como uma abestalhada apaixonada dessa maneira por alguém do mesmo sexo que eu. E outra, onde eu iria pensar que as coisas aconteceriam dessa maneira?
Eu conheci Emma de uma forma meio atípica, e logo descobri que a loira é a mãe biológica do meu filho, que na verdade foi comprado, e não adotado. Tá certo, no começo, eu fui dura, e muito, com Emma. Mas era medo. Só que eu percebi, que ela tinha uma verdade tão grande em suas palavras, e aos poucos fui me rendendo, e deixando Henry conviver com ela e com Arthur. E essa, sem dúvidas, foi a melhor decisão que eu tomei. Além do laço que acabei criando com Swan, acabei me afeiçoando muito a Arthur também. E agora, cá estou eu, recebendo essa carga de sentimentos bons, que há um tempo atrás, cheguei a duvidar que merecia.
— Regina, tudo bem por aí? — ouço a voz de Emma, e vejo a sombra da loira, que está parada atrás da porta do banheiro.
— Sim, só perdi a hora aqui... — sorrio ao ver o rosto da loira na fresta entreaberta da porta. — a água está tão gostosa, e faz um tempo que Zelena não me deixa sozinha nem na hora do banho. — rimos. — Mas, já deu para aproveitar bem, e o cheirinho do jantar chegou aqui, e está atiçando minha fome.
— Está pronto. E não é me gabando, mas ficou muito bom. — retribui o sorriso. — Quer ajuda?
— C-claro, se não se importar... está um pouco chato de forçar com esse braço. — aponto para meu braço direito, que havia tirado a tipoia apenas para o banho.
Vejo Emma suspirar, e meio receosa se aproximar da banheira. A loira pega a toalha, colocando sobre o ombro, mas ao chegar ao meu lado, fica parada me encarando por alguns segundos.
— Emma... tudo bem?
— S-sim. — desvia seu olhar do meu. — Bom... licença.
No fundo, chega a ser engraçada essa vergonha repentina de Emma. A mulher se abaixa, e delicadamente me ajuda, e por fim, comigo já de pé, me entrega a toalha. Nossos olhos se encontram novamente, mas por poucos segundos, já que logo as duas esmeraldas de Emma, descem lentamente medindo meu corpo. Como num click, ela parece se dispersar, e vira seu rosto rapidamente.
— E-eu... eu te espero lá na cozinha. — diz antes de sair do banheiro praticamente correndo.
— Não demoro.
(. . .)
Assim que terminei de me vestir, desci para a cozinha, onde Arthur e Henry terminavam de colocar a mesa, enquanto conversavam alguma coisa, que após alguns segundos, descobre ser sobre um jogo. Mais alguns passos, e na sala, encontro Emma sentada na no sofá, falando animadamente no celular.
— Claro, papai... eu vou, aliás, nós vamos. — sorri. — E além dos meninos, vou levar outra pessoa muito especial. — me sento no braço do sofá. — Sim, vai ser um fim de semana maravilhoso... agora eu preciso desligar, pai... até mais, também te amo. Tchau.
Emma encerra a chamada, e novamente me lança aquele seu sorriso maravilhoso de sempre.
— Era meu pai... morava no Texas, e agora se mudou para um sítio bem pertinho daqui. — se levanta. — Ele... ele quer ver o Arthur, matar as saudades e conhecer o Henry... na verdade, já faz um tempo, mas só agora, depois que saiu de seu antigo emprego, está mais tranquilo e está todo empolgado para os meninos conhecerem o sítio.
— Claro, Em. — a puxo para mais perto. — Ele tem todo o direto de conhecer o neto. — a abraço pela cintura, repousando minha cabeça em seu peito. — E o Henry vai adorar, aposto.
— E eu queria que você fosse também. — levanto a cabeça, a encarando surpresa. — É só um fim de semana, já que os meninos têm aula... acho que vai ser até bom pra você, se distrair um pouquinho.
— Mas vai ser um momento mais família, Em. Eu não quero a...
— Nem termine de falar isso, Mills. Desde o momento em que encontrei você e Henry, e nos aproximamos, somos uma família. — deixa um beijo em meus cabelos. — Vai, aceita.... por favor.
Sem o mínimo de condições para a carinha de cachorro pidão que Emma Swan faz.
— Ok, vai ser bom. — digo e recebo um sorriso empolgado como resposta.
Ainda sorrindo, ela une nossos lábios, num beijo rápido. E então, seguimos para a cozinha, e decidimos dar a notícia do fim de semana, apenas após o jantar. E quando, enfim, falamos, temos uma comemoração intensamente animada por parte dos dois garotos. Que aliás, ficam o resto da noite falando sobre o passeio que só vai acontecer dali a dois dias, mas que mesmo assim, já faz os dois irmãos criarem mil e um planos. Meu coração se preenche, se aquece os vendo assim. E pelo sorriso de Emma, sei que ela se sente tão feliz quanto eu, em ver o amor, o carinho e todos esses sentimentos bons que envolvem os dois garotos.
Depois de colocar os garotos na cama, Emma e eu iniciamos uma conversa furtiva a respeito do nosso relacionamento, nenhuma de nós sabia identificar o que era a nossa relação, logo mudamos de assunto, mas decidimos que contaríamos aos meninos no dia seguinte. Depois de mais alguns minutos de conversa decidimos ir de dormir. Foi aí que eu lembrei que Emma teria que dormir comigo, já que o quarto de hóspedes que ela sempre usava, estava ocupado por Zelena. Quando eu disse, ela quis ir embora, mas eu não deixei, não teria mal algum em dormimos juntas, antes de tudo nos éramos amigas e acabei a convencendo de ficar. Quando entramos no quarto, fui escovar os dentes enquanto ela se trocava. Assim que voltei para o quarto sorri ao ver Emma deitada na cama com um pijama que parecia mais infantil.
— O que foi Gina??
— Nada, só estava admirando esse seu pijama de bebê ai.— Continuei rindo e a loira logo me olha com uma expressão ofendida.
—Pois saiba que esse pijama é muito confortável e quentinho. Você devia experimentar qualquer dia.
— Quando eu for dormir na sua casa quem sabe você não me empresta.— Me aproximei e selei nossos lábios num selinho demorado. Emma sempre dava um sorriso lindo quando nos beijávamos e eu adorava vê-lo. Assim que ela voltou do banheiro, eu já estava deitada do meu lado da cama, lendo o meu livro favorito, percebi que ela estava com um pouco de vergonha, pois sentou ao meu lado, só que muito afastada, quase caindo da cama.
—Emma porque você tá tão longe? —Disse no meu tom mais suave pra que ela não ficasse ainda mais constrangida.
—Nada, só não quero invadir o seu espaço. Sabe você ter que dividir a cama comigo...— A interrompi.
— Pois saiba senhorita Swan, que eu pretendo dividir muitas coisas com você, não só essa cama. —Ela sorriu.— Coloquei o livro em cima do criado mudo e tentei puxa-la para mais perto de mim, assim que os nossos corpos se tocaram senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo. Estar com Emma me fazia sentir um mix de sensações boas e a grande maioria delas era nova pra mim, já que nunca me relacionei romanticamente com muitas pessoas, e eu adorava cada novidade que vinha com a presença dela. Deitamos na cama e eu apoiei meu rosto na mão para encarar o rosto da loira. Estávamos com os olhos fixos uma na outra até Emma me puxar para um beijo, igual a muitos que trocamos aquela semana, era algo carinhoso cheio de ternura. Vários selinhos encerraram nosso beijo e assim fomos dormir. Ela abraçou-me e formamos uma conchinha perfeita. E depois de muito tempo eu durmo tranquila dividindo minha cama com alguém.
Na manhã seguinte acordei com o toque do despertador, estiquei o corpo afim de espantar a preguiça, e quando virei dou de cara com Emma me encarando e sorrindo pra mim, retribui o sorriso, e dessa vez eu que dou um selinho.
—Bom dia minha rainha. —Sorriu.
—Bom dia, sabe que eu posso me acostumar a acordar com você do meu lado todos os dias.
—Para mim seria um privilégio senhorita Mills.
— Eu não sei se mereço tanto. —Disse pensativa, por mais que eu tivesse adorando aquela situação, as vezes eu me sentia como se não fosse o suficiente para ela.
—Gina eu queria tanto que você se visse como eu te vejo, queria que você pudesse enxergar com meus olhos a pessoa maravilhosa que você é. E saiba que eu nunca estive tão feliz. E você é a maior responsável por isso. —Dizia as palavras acariciando o meu rosto.
— Obrigada Em, você também tem sido a razão da minha felicidade... —Antes de terminar o que tinha pra dizer, meu quarto é invadido por duas cópias, que já vestiam o uniforme da escola.
—Bom dia. —Disseram em uníssono.— Caminharam até a cama nós cumprimentando. Depois de nos abraçarmos, recebemos uma enxurrada de perguntas.
— Por que você dormiu aqui com a mamãe? —Arthur me pergunta com a uma expressão como se desconfiasse de alguma coisa. E antes que eu pudesse responder Henry se manifestou. Direcionando a pergunta para Emma.
—É verdade o que a Tia Zê disse?
— O que ela disse?? —Perguntei já querendo matar a minha irmã.
—Ela disse que vocês se gostam muito e por isso são namoradinhas. —Emma se engasgou com a própria saliva, e eu tive que ajudar dando uns tapinhas em suas costas. Assim que ela recobrou o fôlego me direcionei aos meninos.
— Venham cá meus amores, vamos fazer assim, agora nós vamos esquecer um pouco desse assunto, vocês vão descer tomar o café da manhã e ir pra escola, e a tarde quando vocês saírem da escola, nós vamos almoçar no restaurante da vovó e aí nos conversamos sobre esse assunto. Pode ser??— Os dois assentiram. Aproveitei o embalo e me levante da cama, seguida por Emma que ainda estava meio abalada com a pergunta dos meninos. Tomamos café da manhã juntos, como uma verdadeira familia.
—Meninos peguem as mochilas que já estamos indo. Ouço Emma dizer enquanto estava na cozinha tirando a mesa do café. Logo em seguida ela entrou no cômodo, indo em minha direção, me abraçou e me roubou um beijo.
— Já estou com saudades, tem certeza que vai ficar bem sozinha??
—Claro Emma, eu estou bem, e daqui a pouco a Zelena já deve tá chegando, afinal a Ruby precisa trabalhar né.
—Pelo jeito as duas estão firmes mesmo né?
— Fico tão feliz, as duas fazem um casal tão bonito. —De repente dois moleques abelhudos estavam parados na porta e logo ouvimos os dois com zombaria.
—“ Hum, namoradinhas”.— e começaram a rir. —Emma fez menção de correr atrás deles, mas antes correram em disparada, quando ela já estava quase na porta, voltou e me deu mais um selinho se despedindo.
Alguns minutos após Emma e os meninos saírem , minha irmã chegou, e com certeza sua noite tinha sido animada, já que ela não consegui esconder o sorriso e nem fazia questão.
—Hum parece que alguém teve uma noite muito animada em.— Disse sorrindo e Zel assentiu animadamente.
—Ah Regina, não posso negar que Rubi e eu estamos nos dando super bem, e eu estou muito feliz por isso, nós temos coisas em comum e ela parece me entender tão bem, fora que ela é ótima na cama. —Fiquei com certa vergonha nessa hora.— E você e a Emma, já chegaram nos finalmentes?— Me perguntou da forma mais natural do mundo, e minhas bochechas esquentaram na hora e imagino que tenham ficado muito vermelhas.
—Ainda não Zel, eu acho que não estou pronta.
—Regina, deixa de ser besta mulher, para de perder tempo.— Sorrimos do seu comentário.
—Na hora certa vai acontecer Zelena. Mais agora vamos mudar de assunto, vamos ter uma conversa bem séria. —Usei meu tom mais sério e minha irmã se encolheu um pouco no sofá. — Você foi dizer aos meninos que nós somos namoradinhas? Você é uma linguaruda Zel.
— Pois saiba que a culpa é toda de vocês, eles vieram me perguntar porque vocês só viviam juntas, e com cara de bobas, só falei a verdade. —Arremessei uma almofada em seu rosto.
Passamos o restante da manhã jogando conversa fora e depois de um tempo fui me arrumar para o almoço.
Chegamos no Grany's e deixamos os meninos escolherem a mesa, então me sentei ao lado da Emma e os dois ficaram a nossa frente. Assim que a garçonete tirou o nosso pedido, os meninos começaram a nos encarar com uma expressão curiosa. Emma e eu nos olhamos sem saber ao certo como falar, já que nós não tínhamos ideia do que era o nosso relacionamento. Ela tomou a frente
— Então meninos, é que eu...— Gaguejou.—Nós... —Apontou para si e depois para mim. Vendo o nervosismo da loira, resolvi falar.
—Nós estamos juntas. —A expressão dos meninos se tornou confusa, e eu acho que nunca tive problema com palavras como agora.
—Juntas? —Arthur perguntou.
—Como namoradinhas? —Henry disse. —Eu balancei a cabeça positivamente. No mesmo instante sorrisos rasgavam seus rostos, olhei para Emma que agora tinha uma expressão de alívio. Os meninos pareciam felizes, e em seguida nossos pedidos chegaram, fazendo com que eles ficassem focados apenas em comer, eles ficaram empolgados com a novidade, mas logo o assunto foi substituído pelo passeio que faríamos no dia seguinte.
(...)
Saímos de casa no sábado por volta das 7 da manhã, Emma não conhecia muito bem o caminho, por isso demoramos quase duas horas para chegar. O carro parou em frente a um portão de madeira bem grande, e logo um senhor apareceu para nós receber, não conhecia a mãe da Emma, mas com certeza ela parecia muito mais com o pai, os cabelos claros e os olhos verdes, as semelhança entre eles me impressionou. Assim que Emma estacionou o carro, Arthur desceu correndo e agarrou o avô pela cintura, logo o senhor o tirou do chão e se abraçaram apertado, era algo bonito de ver. Então olhei para Henry que estava parado ao lado do carro, ele se aproximou.
—Então você deve ser o Henry, ele assentiu e esticou a mãozinha para cumprimenta-lo, assim que segurou a mão de Henry o puxou para um abraço, igual tinha dado em Arthur a instantes atrás. Em seguida olhou para filha e os dois também se abraçaram apertado. Quando eles se soltaram foi a minha vez.
— Você deve ser a Regina. Assenti e ele também me puxou para um abraço, mais delicado por conta do meu braço que ainda estava enfaixado. —Bem que você disse, ela é linda filha, vejo que você puxou o meu bom gosto. Emma e eu coramos na hora. —Bom quem aí está com fome??
—Henry e Arthur responderam em uníssono.— EUU!
Entramos e depois de lavar as mãos fomos direto para a mesa, repleta de comida, tinha ovos com bacon e as panquecas preferidas da Emma, bolo de chocolate, algumas frutas, um bule com café e outro com chocolate quente, e a única coisa que não podia faltar a mesa de jeito nenhum a canela, confesso que até eu estava tomando gosto pela bebida. O café da manhã foi super animado, Henry e eu adoramos o David, e ele também parece ter gostado de nós.
O passeio no sítio, estava sendo tão perfeito quanto eu poderia imaginar. Tudo aqui é rodeado por uma paz, uma harmonia, tão diferente da correria da cidade, e como Emma disse, acho que pode ser até bom para o finalzinho da minha recuperação.
Nesse momento, estou sentada sob a sombra de uma árvore, enquanto observo Henry e Arthur brincando em um balanço que fora carinhosamente pensado e montado por David. E por alguns segundos, meus olhos se perdem nos dois garotinhos sorrindo, se ajudando e se divertindo. Sempre que os vejo assim, juntos, eu tenho certeza que seria um erro tentar separá-los mais uma vez, como eu cheguei a pensar no começo.
Sinto uma presença próxima a mim, me tirando de meus devaneios, e ao virar o rosto, vejo David se sentando ao meu lado. Desde que chegamos, não tivemos muito tempo para conversar, apesar do mesmo ter me tratado da melhor maneira possível, desde a hora em que chegamos e Emma me apresentou como "aquela pessoa especial".
— Ela está tão feliz... reencontrar o filho que por oito anos pensou que estivesse morto, e de quebra, encontrar alguém que a faça tão bem assim... — sorri, ganhando minha atenção. — só de ouvir Emma falando sobre você no telefone, eu pude imaginar o quanto estava gostando de você, mas ao ver os olhinhos da minha menina brilhando ao te olhar... eu tive certeza que é uma paixão tão linda.
— E é recíproco, Sr. David. — sorrio, apoiando meu rosto nas mãos, e olhando a loira se aproximando, ainda um pouco longe. — Emma me faz sentir coisas tão boas, tão lindas, que eu pensei que nunca fosse experimentar... e tem Arthur, meu Deus, ele e Henry quase me fazem explodir de tanto amor.
— Eles realmente são lindos, e eu nem sei explicar o quanto fiquei feliz em saber que tinha meus dois netos vivos. — suspira. — Eu passei tanto tempo focado em trabalho, e deixei um pouco os pequenos prazeres da vida de lado, mas agora, eu quero recuperar o tempo perdido, e conviver com meus dois pequenos, está no topo da lista.
— Henry amou te conhecer... — digo ao passo que meus olhos seguem Emma, que se senta ao lado do pai, apoiando a cabeça em seu ombro. — bom, acho que só o sorriso dele já diz tudo. — dou de ombros.
Ficamos em silêncio por alguns minutos, mas um silêncio bom, e até confortável. Estava concentrada na visão dos meninos brincando, mas meus olhos se dispersam ao ver David cochichar algo com Emma, e o sorriso da mulher ir de orelha a orelha. Ele deixa um beijo em sua testa e se levanta.
— Bom, vou curtir meus dois garotos um pouquinho. — sorri. — Com licença, meninas.
Fico olhando David se distanciar, e logo vejo Emma se aproximar. A loira se senta atrás de mim, apoiando seu corpo na árvore, e me puxando para mais perto. Seu perfume me invade, me trazendo a sensação de conforto de sempre. E mesmo em silêncio, a atmosfera de carinho e afeto entre nós, é quase palpável.
Fecho os olhos ao sentir seu carinho em meus braços. Após alguns minutos ali, daquele mesmo jeito, apenas curtindo a presença uma da outra, Swan se levanta e estende a mão para mim.
— Vem, eu quero te mostrar um lugar. — a encaro de olhos semicerrados, mas ela sorri, reafirmando o gesto com a mão. — Anda, você vai gostar.
Me levanto e iniciamos uma pequena caminhada, que após alguns minutos, me dá uma visão tão bela, que mais se parece uma miragem. Um lindo lago, com algumas árvores fazendo sombra a sua volta. Emma me puxa pela mão, e logo estamos sentadas como antes, mas agora, a mulher me abraça de forma um pouco mais apertada, apoiando seu rosto em meu ombro.
— Gina... posso te perguntar uma coisa? — pergunta, e eu apenas aceno, confirmando. — Eu sei que você veio pra cá fugindo de toda aquela confusão com Robin... e agora que tudo se resolveu, você pensa em voltar pra sua vida de antes?
Eu realmente não havia parado para pensar nisso antes. Realmente, eu vim parar em Storybrooke para me livrar de Robin e sua maldade, mas no fim, ele me encontrou e só não me matou, porque Emma chegou. Mas agora, será que eu realmente quero voltar, e deixar tudo isso que eu criei aqui? Nunca tive nada em Washington, já que meu ex marido nunca me deixou construir nada. Então, eu não preciso nem pensar duas vezes, antes de ter a certeza de que minha nova vida é aqui.
— Em... eu morava com meus pais na Flórida antes de ir morar com Robin, e é inevitável não sentir muitas saudades deles, só que eu ainda posso me ajeitar e revê-los num passeio como esse. — dou de ombros. — Eu nunca tive a chance de construir nada, e aqui, eu consegui um trabalho, fiz amigos, e acabei construindo até uma família. — sorrio, segurando delicadamente o rosto da loira, fazendo ela se virar e me encarar. — Não seria justo, bem agora separar você e Henry novamente... e além do mais, depois de tudo, acha que eu ainda conseguiria me acostumar com a minha vida sem você? Sem sua chatice e implicância? — a mulher sorri, meio tímida. — Já faz um tempo que você se tornou imprescindível na minha vida, Swan... mesmo antes de eu me descobrir apaixonada por você.
O sorriso de Emma se alarga. Ultimamente eu tenho admirado, me perdido tanto nesse sorriso, nessas duas esmeraldas que me tiram o chão. Um beijo calmo é iniciado, Swan leva sua mão até minha cintura, unindo meu corpo ao seu. Não sei o que acontece, que me sinto tão presa aos beijos dessa loira, sempre me parecem tão... viciantes. O contato é quebrado com vários selinhos, e dois sorrisos extremamente bobos.
Me deito com a cabeça apoiada em sua perna, e ali, iniciamos uma conversa animada, sobre assuntos variados. E uma paz enorme me preenche ao ver o pôr do sol, assim, bem juntinho de Emma. É como se meu lugar sempre fosse ali, ao seu lado, e só agora, após tantos problemas e desencontros em minha vida, enfim, eu tivesse encontrado um ponto de equilíbrio e harmonia.
Emma Swan.
Depois de ficar o resto da tarde curtindo a companhia e os carinhos de Regina, sabendo que nossos dois pequenos estavam sobre os cuidados e mimos de meu pai, eu e a morena decidimos entrar e prepararmos o jantar.
Refazemos a caminhada, agora rumo a casa, e ao chegarmos próximas a porta, vejo Henry e Arthur jogando bola, enquanto David está sentado nos degraus da pequena escada. Regina entra na minha frente, e enquanto eu me aproximo dos garotos, meu pai se levanta e logo passa pela porta também.
— Ei, que tal guardamos um pouco de energia pra amanhã? — os chamo, ganhando a atenção deles, e antes que contestem, continuo. — E que tal, um brigadeiro de colher bem gostoso depois do jantar?
— Só se a gente puder ajudar você a fazer, mamãe. — Henry diz, e só após alguns segundos, me dou conta de como ele havia me chamado.
Desde o começo disso tudo, quando encontrei Henry e Regina lá naquele cinema, o garoto nunca havia me chamado assim. Claro, nós desenvolvemos uma relação muito linda de carinho, afeto e amor que vai se estreitando a cada dia, mas ele nunca havia me chamado assim até então. E agora, ouvir um "mamãe" saindo de sua boca, faz um sentimento inexplicavelmente bom se apossar de mim, fazendo meu coração se acelerar e um sorriso bobo aparecer em meus lábios.
— E-eu... eu posso te chamar de mamãe, não posso, Em? — o garoto pergunta tímido.
— C-claro, meu amor. — me abaixo em sua frente. — Você não imagina o quanto fico feliz em ouvir você me chamando assim. — passo a mão por seu rosto.
— Agora o Henry percebeu o quanto você é uma mãe legal, e que cuida muito bem de mim. — Arthur se pronuncia, sorrindo. — E ele decidiu que ia te chamar de mamãe também, porquê nós somos todos da mesma família agora. — explica, gesticulando, assim como eu faço na maioria das vezes.
— Isso, nós somos uma família agora. — seguro as mãos dos dois. — E Henry, eu posso não ter convivido com você por todo esse tempo, mas saiba que eu sempre te amei, e depois que te conheci, te amo mais ainda. — sorrio. — Regina te criou com tanto amor, e a partir de agora, eu quero fazer parte disso tudo, sabe? — ele concorda. — Aí... agora eu tenho meus dois príncipes assim, juntinhos de mim. — abraço os dois. — Eu amo vocês!
— Eu também te amo, mamãe. — os dois dizem ao mesmo tempo.
Uma lágrima teimosa rola pelo meu rosto, mas essa lágrima, é especificamente de felicidade. Aperto Henry e Arthur, enquanto sinto os garotinhos fazerem o mesmo. E nesse contato, eu tenho a certeza de que nesse momento, eu sou a pessoa mais feliz do mundo, sabe por que? Porque eu tenho meus dois garotos, meus dois tesouros ao meu lado. Eles são a prova de que é possível amar sim alguém mais do que eu mesma, e nada nem ninguém pode me tirar isso agora.Ei amores, espero que tenham gostado. Esse comecinho de romance Swanqueen aquece meu coração.
Até o próximo capítulo 😘
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Amor Em Dobro - SWANQUEEN- CONCLUÍDA
RomanceÀs vezes não temos noção das surpresas que a vida pode nos revelar. Num dia, tudo pode virar e bagunçar nossa rotina de uma maneira que nunca chegamos a imaginar. E foi isso que aconteceu quando Emma descobriu que seu filho, que julgava estar morto...