Capítulo 7

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Boa leitura! ♥️

Regina

Não posso negar que o jantar com Graham foi melhor do que estava pensando. Ele foi muito gentil, e cavalheiro, mas mesmo assim, não me sentia preparada para me relacionar com ninguém da forma que ele quer. Robin foi o primeiro e único homem da minha vida, e eu sofri tanto na mão dele, que não consigo me imaginar com ninguém no futuro. Ok, eu sei que não posso generalizar, mas eu preciso de tempo para me desintoxicar desse relacionamento abusivo que vivi durante anos da minha vida.
O papo com ele estava até que legal, me contando sobre suas aventuras como policial, sobre as confusões que Leroy causou algumas vezes pela cidade, então quando olhei a hora, percebi que passava faz dez da noite. Mesmo um pouco relutante, resolvi pedir para Emma se poderia dormir com Henry, já está tarde e frio para sair com ele na rua, e como ela aceitou, Graham e eu ainda ficamos mais um tempo no restaurante, tomamos um bom vinho, e em seguida ele me acompanhou até em casa, eu deixei bem claro pra ele, que por enquanto seríamos apenas amigos, mas mesmo assim uma hora ou outra ele sempre fazia um piadinha  ou me jogava uma indireta, e até então eu estava levando tudo com muito humor.
Nos despedimos e ele me fez prometer que teríamos um próximo jantar ou almoço, eu até tinha gostado da companhia dele, então resolvi aceitar.
...
Depois do tal jantar com Graham, todos os dias quando eu acordo, tem alguma mensagem dele me desejando bom dia, ou perguntando como eu estou. Talvez para outras mulheres, esse seria o tipo de homem perfeito, já que ele é bonito, sabe conversar, é engraçado, cheiroso e atencioso, quase todas as qualidades que agradam uma mulher. Porém, mesmo se eu quisesse, nunca consegui olhar ele com outros olhos, o que chegava a me deixar um pouco incomodada. Nós almoçamos algumas vezes no Granny's porque ele sempre aparecia de “surpresa” e eu ficava sem jeito de negar. 

(. . .)

— Por que Ruby não vem pessoalmente? Estou cansada de ver sua cara aqui na delegacia, Mills. — Emma diz, assim que abre a porta e eu a olho com uma falsa expressão ofendida.

— Só não te xingo, porque estou em horário de trabalho. — olho no relógio. — Mas saiba que daqui a cinco minutos eu posso mandar você ir se foder. — a loira ri.

— Credo Regina, que humor. — lhe entrego os papéis. — Está com fome, é?

— Alguém já te disse que você é chata? — pergunto, me sentando sobre sua mesa.

— Geralmente você me diz isso todos os dias. — dá de ombros. — Mas eu te amo mesmo assim.
— Ah, claro. — rolo os olhos. — Vai fazer o que agora?

— Não sei, acho que vou ao Granny’s almoçar.

— Vamos juntas? — Emma me olha de maneira desconfiada. — O que foi?
— Nada... só pensei que fosse com Graham.

— Emma, eu já te disse isso. Eu não tenho nada com o Graham pra andar grudada nele... nós só saímos alguma vezes, como amigos. Para!

— Ok, ok. — pega algumas coisas em sua mesa. — vamos, então?
Apenas assinto e saímos de sua sala. Quando passamos pela entrada da delegacia, lá estava Graham, escorado na porta. O homem sorri e me lança uma piscadinha. E pode ser que tudo seja coisa da minha cabeça, ou sei lá, mas quando ele faz isso, vejo Emma rolar os olhos e ouço um suspiro pesado sair de seus lábios. Depois disso, seguimos em completo silêncio até o Granny’s e sinceramente, eu não faço a mínima ideia do porquê.

Emma

Já ouviu dizer que ciúmes de amizade é pior que o ciúmes de namorado ou namorada? Pois então, eu que o diga. E olha que eu nunca fui disso, mas agora, estou sentindo esse gostinho amargo todas as vezes que sou obrigada a ver Regina com Graham. E bom, eu não faço a mínima ideia do que eles estão tendo, se é que estão tendo algo, mas sinceramente, eu já estou ficando de saco cheio.

Amor Em Dobro - SWANQUEEN- CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora