Um; turbulências.

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Olaaaaaa!
Eu amo essa fic, é minha queridinha, tô repostando c 1 cap por dia pq to revisandoh

Espero que gostem!
Boa leitura!
Comentários sempre bem vindos! ♡

. . . . 

Adrien estava largado sobre o sofá —no literal — naquela sexta à noite.

Para todos, sexta deveria ser o sinônimo de festança e curtição. Bem, para os amigos do loiro — que já haviam mandado quase vinte mensagens convidando-o para um social na casa de um novo magnata que havia se mudado para a cidade com a esposa consumista e a filha modelo — a sexta era como a entrada para o paraíso, mas para Adrien, faziam quase duas semanas que suas sextas apenas deixavam-no depressivo.

Nove anos antes, ele havia conhecido a mulher que pensou ser a que o acompanharia por todo o resto de sua vida. Nove dias antes, havia tomado o maior pé na bunda. Pediu-a em casamento, e recebeu um belo não na frente de todos — até mesmo de seu pai — na festa de lançamento da última coleção de verão de Gabriel Agreste. Cinco dias antes, ela partiu para o Japão com seu amigo de infância, Luka Couffaine.

E Adrien estava na merda.

Contrariando todos os ditos recitados por homens de diversos locais de que homem não chora, Adrien chorara. Chorara ao ponto de ser mandando de volta para casa em três ensaios fotográficos ao ver alguma modelo que contracenaria com ele. Ele estava sofrendo como um bastardo condenado a tortura do abandono — pela segunda vez — e sentia que estava no fundo do poço porque via-a em todos os lugares (ainda não ter tirado todas as fotos que possuíam juntos do apartamento não ajudava em nada a sua recuperação psicológica pós-Kagami Tsurugi). Não saia de casa há dois dias, se sentia um puto miserável e não queria ver ninguém.

Seu melhor amigo, vulgo Nino, havia contrariado o momento de isolação do Agreste e fora expulso — literalmente — a vassouradas pelo loiro. Pensou que ele estivesse louco e quase fora até Gabriel Agreste para convence-lo a levar o filho a força até algum psicólogo.

Apenas não fora porque Adrien havia jurado que nunca mais jogaria uma vassoura em alguém sem um motivo concreto.

— Merda.

Adrien chiou, desligando o celular. "Far Away" do Nickelback estava no loop desde as quatro da tarde e já eram oito da noite. A cada vez que a música começava, ele se afundava ainda mais no sofá enorme daquele apartamento deveras grande — e que ele já imaginava como um futuro lar para a família que montara em sua mente, com dois filhos e um hamster ao lado de Kagami — que agora parecia vazio e pouco iluminado. Meneou a cabeça. Estava pouco iluminado porque ele havia apagado no sofá e esquecido de acender a luz. Levantou-se, tateando no escuro. Acendeu a luz antes de ir até a cozinha e abrir a geladeira.

— É... do jeito que tá, a barriguinha de cerveja vem antes do que eu esperava. — Resmungou, puxando duas long-necks de dentro da geladeira. Voltou para a sala, voltando ao habitual canto do sofá que adotara como seu. Olhou a pizza largada sobre a mesinha de sempre, dando de ombro e puxando uma fatia que parecia comestível e estava sobre a caixa. Cuspiu-a antes de conseguir mastigar. — Caralho, que porra é essa?!

Meneou a cabeça, soltou um suspiro. Era uma das pizzas de brócolis que a japonesa amava e que ele odiava. Por que havia comprado aquela? Bem, talvez fosse a saudade...

Bebericou a cerveja, e ligou a televisão.

Começou a zapear, procurando algo que agradasse. Evitou os canais de notícia, não queria ouvir seu nome e o de Kagami, ou sobre o término repentino e sua cara de trouxa que deveria estar circulando por aí — afinal, tinha certeza que algum convidado havia filmado a desgraça alheia e vazado na internet. Perguntou-se se já havia alguma figurinha com sua cara de soldado ferido.

Conselheiros AmorososOnde histórias criam vida. Descubra agora