Conselheiros Amorosos

Dezesseis; amar.

As merecidas férias de Marinette foram aproveitadas com a celebração do casamento.

Não foi algo extremamente grande. A cerimonia havia sido algo a cara de ambos, com pessoas que eles gostavam, do modo que eles gostavam. Algo que seguira o jeitinho de ambos.

Algo que os fez verdadeiramente felizes.

Fora isso, Marinette conseguiu duas semanas extras de folga, que passou exclusivamente com Adrien, como um verdadeiro casal de filme clichê que ela particularmente não gostava.

Os meses conseguintes se focaram em adaptar suas rotinas com o que a vida a dois trazia. Dividir o mesmo teto parecia um pouco mais cansativo e estressante do que parecia, pelo menos até pegarem o jeito e o costume.

Mesmo que ainda fosse confuso.

— Está usando minha camiseta?

Adrien murmurou, assim que colocou os pés no apartamento. Não conseguiu reprimir um sorriso no rosto. Marinette estava atrás do balcão da cozinha, com a camiseta que ele reconhecia como sendo dele e segurando uma taça. Ela riu, de um modo descontraído enquanto passava a mão sobre os cabelos um tanto bagunçados.

— Ela me é confortável. — Marinette deu de ombros, enquanto bebericava do vinho. Sorriu, de modo até mesmo gracioso na visão do Agreste.

O loiro se aproximou, desfazendo o nó da gravata. Estava cansado, o dia havia sido longo e ele só queria relaxar pelo resto da noite. Marinette largou a taça sobre o balcão, contornando-o e encostando-se do outro lado.

— Estou morto. — Adrien reclamou, quando ficou frontalmente a ela. Sorriu quando a mão dela direcionou aos botões da camiseta que ele vestia, desfazendo um a um. — O dia foi tão cansativo...

— E o que quer fazer para descansar?

— Estou feliz com o que você quiser fazer, até mesmo deitar e acordar só daqui há vinte horas.

Marinette riu.

— Qual é! Eu não comprei uma lingerie nova 'pra ficar dormindo.

— Então quer dizer que você tem uma lingerie nova?

— Por que não vem descobrir?

O convite não precisou ser feito duas vezes.

[...]

— Onde está minha calcinha?

Marinette murmurou, ao sentar-se na cama. Adrien riu, puxando-a novamente para perto de si.

— Deixa isso 'pra lá... — Aninhou-a contra o próprio peito. — Fica deitada comigo...

— Eu paguei quatrocentos euros nesse conjunto, Adrien!

O loiro riu.

— Certo, depois discutimos isso... vamos ficar só agarrados agora, tudo bem? — Deixou que os próprios dedos afagassem a cabeleira bagunçada da Dupain-Cheng.

Marinette ate tentou resistir, mas era quase impossível. O charme natural do Agreste era algo que não dava para lutar contra, e ela tampouco queria de verdade. Deixou que o corpo relaxasse, aconchegando-se entre ele, sentindo os corpos nus se acomodando de modo gostoso sobre a cama de casal. A destra logo passou pelo torso do loiro, acariciando o abdômen visível pela falta de roupas.

— Carência que chama?

— Eu chamaria de vontade de ficar com você... — Ele deixou um sorriso adornar o rosto. — Até porque logo você volta a trabalhar e nossa rotina vai se adaptar de novo...