Doze; chorar.

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pensei em varios titulos p esse cap
mas nenhum se encaixa como esse KKKK

espero que gostem! boa leitura! Comentarios sempre bem vindos! ♡

. . .

A mesa do almoço estava dividida como em uma guerra, sendo Sabine e Tom os neutros.

Adrien não tinha dado o braço a torcer. Era claro que ele não deixaria seu orgulho de lado e iria embora, mesmo que isso custasse ter que aturar todo o almoço remoendo o passado em sua mente. Marinette não o forçou ou tentou tirar-lhe dali.

Pelo contrario.

Deu-o a opção, e para ela, Adrien era demasiado grande para saber o que queria.

E esperava que ele – no mínimo – soubesse se portar.

Kagami e Luka estavam envoltos em sua bolha particular. Era obvio que a situação não era tão agradável, mas eles pareciam lidar bem com aquilo. Após o choque inicial na padaria, toda a aura de apaixonados voltou para o corpo do casal.

Marinette percebia – ainda – que Adrien estava segurando-se para não dar um chilique.

Ela o entendia, não tão bem, mas imaginava como deveria ser foda ter que aturar as caricias e cicios trocados pelo casal em sua frente, sendo um seu ex-companheiro. Não poder fazer algo para diminuir a sensação de dor de cotovelo era algo ainda mais duro, ela entendia.

— Bem... que tal falarmos do casamento? — Sabine citou, tão animada que parecia ser ela a mãe da noiva. Marinette olhou para Adrien, que fingiu – muito mal – não estar nem ai com a situação.

— Está tudo indo as mil maravilhas! — Os olhos âmbar da japonesa brilharam. Parecia que o casamento era seu assunto favorito. Adrien prendeu a vontade de revirar os olhos. — Decidi o vestido, e o buffet... bem...

— Ficamos muito feliz por ter se oferecido, tia. — Luka soltou um sorriso reconfortante, puxando a mão de Sabine e sorrindo. — Vocês dois! Os dois melhores da cidade! Não poderíamos estar mais felizes!

Adrien abriu a boca. Ele queria retrucar. Queria dizer um "mas eu poderia estar menos corno", porém, o maxilar subiu no mesmo momento que uma mão deslizou por sua coxa. O folego sumiu, ele fechou os olhos com rapidez. Marinette – descaradamente – tateou sua virilha e deixou a mão pequena repousar ali, em sua parte sensível.

Virou o rosto como quem sussurraria algo, aproximou o rosto da orelha alheia percebendo que os outros quatro estavam falando de doces de casamento.

— O que está fazendo?! — Seu jeito era duro, um tanto ríspido, mas baixo. Marinette abriu um sorriso desbocado, malandro como só ela poderia fazer naquela situação. Virou o rosto, o cabelo balançou. Os olhos pareciam mais travesso que o sorriso mantido no rosto.

— Te ajudando, oras... — Roçou o nariz ao dele, como quem vivia uma adorável cena de casal meloso. — Ao invés de te fazer chorar por cima, lamuriando com sua boquinha cheia de provocações... — Segurou o membro alheio com robusteza, mesmo sobre o jeans. Acariciou, o que fez Adrien prender na garganta um prazeroso gemido. — ...vou te fazer chorar por baixo.

Um calor momentâneo tomou conta de ambos. Adrien pareceu estar mais perto do Sol, principalmente pelas caricias nada éticas que ela continuava a fazer. Engoliu em seco quando ela parou, virando o rosto e deixando a própria atenção voltar para o prato em sua frente, onde um delicioso frango a xadrez esperava-a. Ele fingiu um pigarreio, fazendo o mesmo.

— Vocês estão... juntos, Nette?

A pergunta feita por Luka trouxe-os a realidade. Adrien a encarou, ela devolveu o olhar. Sorriu manhosa, usou a mão livre para segurar a mão de Adrien, colocando ambas sobre a mesa enquanto trocava caricias afáveis.

— Estamos... nos conhecendo. — Ela o encarou, sorriu ainda mais. — Mesmo com... bem... todo o rolo do programa... Adrien é um cara legal.

— Ah, isso podemos concordar. — Tom se pronunciou, de um modo feliz. — Esse garoto... tão educado! Sempre vem aqui nas manhãs tomar um café, e nos trata muito bem. Não sei quando Sabine e eu o adotamos como filho, mas desde então...

Adrien acabou sorrindo.

— Vocês são muito gentis. — Seu gesto era honesto. — Arrisco a dizer que toda a família seja, a não ser por.... mhmmm...

Mordeu o lábio. Marinette tinha segurado seu membro. Usou de sua desatenção para passar a mão pelo jeans e agora tinha um contato maior com sua masculinidade. O domínio agora exercido por ela pareceu maior, fazendo com que Adrien sentisse sob o controle de uma tirana.

— A não ser por aqueles parentes chatos da senhora, mamãe. — Marinette completou. — Acabei fofocando para Adrien o quanto eu não suporto alguns tios.

Sabine riu.

— Olha, não se deixe levar por ela. Marinette é uma cabeça dura que criar intriga imaginaria na mente. — O olhar da maior voltou-se para Luka. — Querido, lembra-se quando veio passar uns dias aqui em casa e Marinette inventou que você queria tomar a atenção que nós dávamos a ela?

O de mechas azuis gargalhou alto.

— Sim, foi algo memorável. — O olhar dirigiu-se a Marinette. — Lembra que dormimos no sofá?

— Sim! Assistimos um filme de terror e ficamos com medo de ir para o quarto. — Marinette riu. — Você era medroso 'pra caramba.

— Você quem quis dormir na sala!

— Porque não queria ouvir seus gritos!

Trocaram um olhar e gargalharam. Adrien prestava atenção nela. Marinette ficava linda quando parecia estar feliz.

Marinette logo percebeu o olhar do Agreste, levando o próprio de encontro ao dele quando novamente o papo girou para o casamento. Dessa vez, meneou a cabeça antes de usar a mão livre para puxar-lhe o queixo. Beijou-o o cantinho da boca antes de deixar os lábios chegarem aos dele. Adrien retribuiu, soltando um gemido sôfrego contra os lábios dela.

Afinal, ela jogou sujo. Deixou que a mão movimentasse ali, em caricias e espécies de pequenas bombeadas com aquele mero proposito de provocá-lo e levá-lo a insanidade. Sentiu o corpo quente, pareceu realmente ser impossível ficar ali. Separou-se de súbito e sorriu para ela.

— Me mostra onde fica o banheiro?

Não era uma pergunta. Marinette sabia. Por isso, se levantou. Os pais a olharam, ela sorriu doce.

— Vou mostrar para Adrien onde fica o banheiro. — Olhou para o loiro. — Vamos?

Adrien ajeitou a calça antes de se levantar. Sorriu amistosamente para todos ali e acompanhou Marinette. Caminharam em direção ao banheiro, e entraram juntos. Tomaram um certo cuidado para não serem vistos, e quando fechou a porta, Marinette foi surpreendida por Adrien pegando-a no colo e levando-a até o balcão da pia.

— Esse é seu álibi para me fazer calar a boca?

A questão a fez rir.

— Somente quando estamos em público. — Ela o empurrou, descendo do balcão e levando-o até a porta. Prensou-o ali. — Agora... em privado como agora... eu tenho outras táticas.

— Vai me mostrar uma delas?

— Se você deixar... — Marinette envolveu o pescoço do maior com os braços, encarando-o. — Sabe... acho que estou em debito com você...

— Por que acha isso? — Adrien a fitou, as mãos deslizando pela cintura alheia, tocando a pele coberta pela camiseta. A garota ficou na ponta dos pés, aproximando-se dele. Inalou o perfume gostoso que ele usava ao aproximar o rosto do pescoço do loiro, roçou a ponta do nariz pela derme e percebeu-o suspirando.

— Porque... eu ainda não retribuí o que fez ontem em mim... — Um sorriso safado embonecou o rosto dela, Adrien sentiu que poderia desmaiar naquele momento. Sentiu-se zonzo quando Marinette ajoelhou-se repentinamente. — ... e eu não gosto de deixar pendencias.

Conselheiros AmorososOnde histórias criam vida. Descubra agora