12 de novembro, fazenda dos Sallow
É quase uma da manhã e eu estou tentando atualizar alguma coisa no meu blog, nada me vem à mente. Suspiro colocando o computador ao meu lado, não quero ficar sem escrever nada, mas parece que ultimamente Ross Vandijk não anda postando nada de interessante em suas redes sociais.
Me endireito na cama, ficando reta e com um pouco de dor nas costas e olho para a tela branca com algumas palavras de cumprimento. Apago todas e fecho a tampa do computador. Não vai ser hoje que eu vou ter alguma explosão de inspiração para o meu blog; decido colocar apenas um pedido de desculpas pela a demora nas postagens. Ando para todos os lados do meu quarto sem conseguir ficar quieta, talvez seja a fome repentina que surgiu.
Com medo de me esbarrar com alguém no caminho até a cozinha tento ser silenciosa o possível, desço as escadas e me deparo com um vulto perto da geladeira, bom não seria uma boa hora para morrer. Congelo de medo e fico parada no meio do caminho, o vulto se vira, me vê e dá um pulo de espanto. Ainda não consigo saber quem é, até soltar um palavrão.
— Não me mate de susto assim, Cath. — Tristan sussura no meio do escuro.
— Você que me matou susto. Além do mais, como você soube que era eu?
— O cabelo todo bagunçado e esse seu jeito de andar. — ele se volta para a geladeira e a abre.
Respondo com uma careta, por mais que ele não veja, vou até os armários e procuro algo para comer, um macarrão instantâneo, milho para pipoca, creme de amendoim, pão e uma caixa um pouco suspeita no fundo de tudo. Escolho o pão e o creme de amendoim, pego dois pães e passo o amendoim neles. Tristan fica olhando tudo com o macarrão na boca, faz um aceno com a cabeça e some na escuridão do corredor.
Como minha comida em silêncio e depois volto para o meu quarto. Meio com o peso na consciência, olho para o meu computador mas decido ir dormir.
No meio do meu sono me lembro de que provavelmente eu acordarei com um hálito de amendoim e pão.
.....****.....
De manhã, escuto algumas batidas na porta do meu quarto. Me viro e volto a dormir. As batidas param, mas logo recomeçam e ficam bem irritantes. Bufo me levantando para abrir a porta e me deparo com o tronco do corpo de Ross bem na minha frente. Ando dois passos para trás para poder vê-lo totalmente e o espero falar.
Silêncio constrangedor.
— Hmm sua amiga... Maggie...? — faço que sim com a cabeça — Tá lá embaixo, sua mãe pediu para descer.
— Ah. Claro, já tô indo. Pede pra ela esperar um minuto. — dou um sorriso e fecho a porta.
Me esqueço totalmente de agradecer Ross. Revirando os olhos, troco de roupa e me lembro de agradecer mais tarde. Curiosa demais para saber o que Maggie está fazendo aqui, pulo de dois em dois os degraus e chego na cozinha.
Minha mãe está sentada na mesa com o computador e digitando freneticamente enquanto meu pai está lá fora cortando grama. Maggie está sentada — ou jogada — no sofá olhando para o teto. Me dirijo direto para ela.
— Bom dia, Maggie. O que faz aqui? — me sento ao lado dela enquanto ela se endireita no sofá.
— Só vim aqui avisar que eu vou conseguir ir ao show. — Pelo estado da cor do seu rosto a visita de Maggie tem mais de um objetivo.
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Love Again
Teen Fiction» LIVRO 02 DA SÉRIE LOVERS Catheterine Sallow é fanática pelo cantor Ross Vandijk. Ok. Todo mundo é fã de Ross Vandijk, mas para Cath, ser fã depende da sua vida. Ela vive escutando e escrevendo fanfics no seu blog famoso: "Viciados no Ross". Ela é...