𝟏𝟎𝐭𝐡 𝐚𝐜𝐭: 𝟐𝟒𝐡𝐨𝐮𝐫𝐬

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colocando pircings nas nossas próprias veias e arrancando de fora para dentro as nossas cordas vocais pelas próprias narinas, não há lugar melhor onde poderíamos pertencer; pelo menos de hoje em diante.

a sonoridade degrada tudo que há envolta. degrada à mim. ao tempo lá fora. degrada à nossa pele, transformando o sangue que deveria lentamente pintar todos os nossos rostos de vermelho vivo cor de sangue em algo que simplesmente é tocado e vivido como a areia suja da nossa própria praia de nudismo particularmente egocêntrica por tabela. a nudez não me assusta tanto quanto deveria assustar, independente de beijos nunca dados ou atos jamais citados fora da tela retangular e brilhante que nunca sai das nossas mãos. eu realmente preciso categorizar o nojo, o descaso e a falta de vontade novamente para me tornar algo válido? porque eu sei que eu sou uma puta gostosa e que a minha boca é desejada por muitos mas que se foda essa ideia arcaica de primeiro beijo romântico quando se pode muito bem passar a mão por dentro da sua pele e arrancar tudo que há de bom e quente sem que haja remorso no seu rosto quando acordarmos 3 horas mal dormidas depois? quem realmente vai ligar se eu fiquei nua ou se eu permaneci com uma lata de coca-cola sem gás a madrugada inteira em mãos só assistindo o resto do pessoal se despindo ou ignorando a existência do grupo por horas e horas? você acha mesmo que eu nunca tive vontade de jogar videogame o dia inteiro enquanto eu grito com todo mundo explanando a minha vontade de beijar a boca de cada um dos idiotas que estão sentados ao meu lado no sofá enquanto eu posso muito bem simplesmente levantar, pôr uma música pra tocar e pedir encarecidamente para que eles se juntem à mim enquanto a minha sessão de descarrego se inicia como apenas algo idiota de adolescente que sempre quis muito rebolar a bunda e nunca teve oportunidade na vida?

eu cheguei aqui há 24 horas.

alguns foram embora.

alguns simplesmente nasceram aqui.

𝖽𝖾𝖼𝖾𝗆𝖻𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora