lixo costumava poluir toda a cidade, sacolinhas plásticas e embalagens de balas são jogadas cotidianamente em terrenos baldios. existem apenas um ou dois locais livres da maldade humana contra a natureza, e um desses era o lago de derry, ele era afastado da cidade e pouquíssimas pessoas o frequentavam, era um local fantasma, quem o procurasse no mapa provavelmente não o encontraria.
finn estava lá, chutando pedrinhas invisíveis e sentindo seu coração bater forte, tudo oque o maior queria poder fazer era cuidar de jack e apenas o protejer de todo o mau existente no mundo. wolfhard se esforçava para ser o melhor, dava tudo de si para ver jack com um sorrisinho estampado no rosto. mas estava cansado, os antidepressivos já não faziam o efeito esperado e refeições já não eram tão convidativas. costumam dizer que quando encontramos o amor das nossas vidas, nossos horizontes se abrangem e nos moldamos para conseguir ser bom o suficiente. finn não tinha dúvidas de que grazer era o seu grande amor, com ele, seu mundo costumava ser mais colorido. mas talvez está fosse a questão, estar com alguém e depender dela pode não ser saudável, finn o amava, mais não poderia se apegar ao garoto daquele modo.
não existiam outras razões para viver, tudo era pelo garoto azul, momentos felizes eram tão raros, e quando vividos, wolfhard tinha que se conformar que a vida não era aquilo, voltar para a escola e encarar os colegas de turma era algo complexo e que talvez não valesse a pena.
finn queria amar jack, mas não podia. amá-lo traria dor e sofrimento, faria com que o coração do garoto se despedaça-se quando o maior acabasse cometendo alguma besteira, por que ele sabia que o faria. assim como jack grazer não é ele sem suas reclamações e surtos diários, finn wolfhard nunca será finn wolfhard sem erros constantes. ele compreendia que vacilar era algo humano, compreensível, mas não absorvia o fato de que ele também podia ser perdoado.
era cansativo ter crises, o pânico o retirava inúmeras noites de sono, pílulas para dormir não são lá tão eficazes. ir a um hospital e ficar trancafiado em um pequeno quarto por dias era apavorante. finn não queria viver aquilo, estava cansado.
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eu sinto que muitas vezes esqueço de agradecê-los pelo retorno positivo em cada história em que eu publico, eu sou tão grata a vocês leitores que não fazem ideia. escrever é uma tarefa difícil, as vezes eu não consigo achar as palavras certas de maneira alguma mas sei que preciso atualizar as histórias e acreditem ou não, eu entro em desespero. busco sempre um momento estável no meu dia para que o resultado seja o melhor que eu possa fazer. esse foi o último capítulo do ano, e se você leu até aqui eu quero que saiba que amo você infinitamente. obrigada por salvar a minha vida várias vezes leitores, obrigada pelas mensagens positivas e obrigada por acompanharem meu trabalho.
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blue boy + fack
Fanficonde finn sofre de transtorno afetivo bipolar, e bem, talvez o garoto azul possa ajudá-lo.