Tudo acontece por um motivo!

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Ponto de vista - Michael.

Já faz 4hs que o Dr. Hunter levou a Taylor para a sala de cirurgia.
Jéssica está mais aflita do que nunca, não solta a minha mão desde o incio da cirurgia.

...
Emfim, são 17h da tarde, a cirurgia durou exatamente 5hs, Dr. Hunter vem em nossa direção e assim que Jéssica o vê ela vai até ele.

J - Eai? - Pergunta aflita enquanto Petra e eu nos levantamos para ir até eles.

Dr. Hunter - Realmente foi uma bactéria, os médicos administram a medicação para enfraquecer a bactéria até que eu chegasse mas não adiantou.
Eu até inventei um procedimento na hora mas também não deu certo. - Jéssica aperta minha mão enquanto o médico fala.

Jéh, eu juro que eu fiz o possível e o impossível. - Ele se aproxima e segura no rosto de Jéssica, os olhos dela se enchem imediatamente enquanto ela o encara.

Infelizmente eu não consegui, ela estava muito fraca. - Minhas lágrimas começam a escorrer, me viro e sento no chão em posição fetal.

Jéssica está completamente sem reação, está parada, estática, apenas olhando para frente.
Petra vai até ela e a abraça mas ela nem se quer se mexe.

Ponto de vista - Jéssica.

Não sei como explicar o que sinto nesse momento!
É como se meu coração tivesse parado, minhas mãos estão geladas, sinto que falta uma parte de mim.
Não consigo nem se quer chorar, eu quero gritar mas minha voz não sai, minha boca nem abre.

Fico assim por alguns minutos enquanto Michael chora sentado no chão, e Petra e Hunter tentam falar comigo.

J - Eu quero ve-la! - Essas são as únicas palavras que saem da minha boca.
Olho para Michael no chão e ele assente para que eu vá.

...
A sala está vazia, Taylor está na mesa coberta até a cintura, seu aparelho de respiração não está em seu rosto, ela parece dormir em paz.

(Durante as primeiras noites eu acordava de madrugada só para ver se os gêmeos estavam respirando, morria de medo de acordar e eles não estarem respirando, principalmente a Taylor.
Agora, o meu pior pesadelo acaba de se tornar real.)

Peço a Hunter que me deixe sozinha e ele o faz.
Me aproximo da minha pequena, tão frágil e indefesa, passo a mão por seu rosto e a agora sim as lágrimas vem como rios.

(Eu falhei no meu maior dever, que era proteger e cuidar dos meus filhos.
Lola está longe de mim, ainda estou conhecendo o Bigi, Taylor corria risco de vida e o que eu fiz?
Eu realmente fracassei!)

Passo alguns minutos chorando, e logo Michael entra pela porta e vem me abraçar.

Ponto de vista - Michael.

Jéssica foi até aonde estava a Taylor e eu fiquei sentado no chão.
Petra se sentou ao meu lado e me abraçou, o apoio dela tem sido fundamental, ela Patrice e Dan tem sido incríveis, se não fosse por eles eu nem sei como eu estaria hoje.

Vejo que Jéssica está demorando e vou até ela.

...
Ela está em pé ao lado da mesa onde Taylor está, ela chora intensamente, chega até a soluçar.
Eu a abraço enquanto também choro ao ver o rostinho da nossa filha.

J - É tudo culpa minha! - Diz enquanto eu abraço.

M - Não é culpa sua, não é culpa de ninguém!
Por favor amor, não pensa isso.

The King And LionheartOnde histórias criam vida. Descubra agora