T01E12 - Sempre há consequências

2.4K 231 151
                                    

Primeiramente, Feliz Ano Novo!
AGORA PODEM LER À VONTADE!

RODRIGO

Acordo um pouco atrasado e vou correndo até a cozinha, aonde encontro minha mãe parada perto do meu celular que deixei carregando na cozinha enquanto usava meu notebook no quarto com a única tomada que tem por lá.

― Mãe? ― pergunto.

Ela faz cara de assustada e coloca o celular de volta em cima da mesa.

― Eu tinha escutado meu telefone tocar. ― continuo. ― Era alguém importante?

Ela sorri e responde:

― Ah meu filho, que nada, era só... hã... telemarketing. ― responde ela. ― Agora coma depressa para não na segunda aula... odeio quando você se atrasa.

Sorrio e me sento na mesa já abrindo a cuscuzeira.

GABRIELA

― Beijo mãe. ― digo saindo do carro e olhando para a escola, assim que chego já é nítido que alguma coisa aconteceu.

As pessoas estão de cabeça baixa e murmurando em vez da gritaria que é normal. Entro no colégio e vou até o pátio onde vejo Renato sentado sozinho.

― Oi. ― digo me sentando ao lado dele. ― Aconteceu alguma coisa... porque o clima nesse colégio não está nenhum pouco amigável.

― Muitas coisas aconteceram. ― responde ele me olhando, parece... nervoso.

― Alguma coisa com a Bárbara? ― pergunto.

― Não, não... ela ainda não está dando... notícias. ― responde Renato. ― Mas fiquei sabendo agora pouco que o Caíque teve um acidente ontem à noite e...

A voz de Renato parece sumir da minha cabeça, continuo olhando para ele enquanto ele abre e fecha a boca dizendo as coisas, mas não consigo entender mais. Minha cabeça tem um som contínuo que só me faz lembrar que na noite anterior fui grossa com Caíque e o expulsei do meu gramado...

― Mas ele está vivo? ― interrompo o que Renato vem dizendo.

― Hã... eu acabei de falar que não foi nada grave. ― responde ele.

Suspiro, aliviada.

― Você não estava prestando atenção em mim, não é? ― pergunta.

Me levanto.

― Me desculpa Renato, mas hã... eu preciso ir. ― digo.

― Mas a aula começa em menos de cinco minutos. ― diz ele enquanto eu me afasto.

― Estarei de volta antes do recreio... ― digo e preciso agora de um esquema para passar pelo monitor que já deve estar mandando os alunos que esperam o sinal na calçada para dentro da escola.

Eu não acredito que vou fazer o que eu estou pensando... Porra Caíque!

DIEGO

Me sento na minha cadeira e olho para frente, o Sr. Martins já entrou na sala de aula com toda aquela empolgação forçada falando para nos animarmos, e quem for amigo de Caíque, ficar feliz porque ele está vivo e teve apenas alguns arranhões. Olho para a tela do meu celular, e para a minha pergunta que mandei para Caíque:

Eu: Tem certeza de q eu ñ preciso ir aí??

Ele nem visualizou a mensagem. Conversamos ontem à noite, depois do acidente quando ele estava em observação no hospital... e depois, mais nada. Ele acha que o tio André, que é o pai dele, vai acabar colocando ele em castigo de tudo, mas eu sei como os pais de Caíque o amam e o adulam demais, e que (provavelmente) eles vão fazer apenas um discursinho educativo e deixar essa passar de boa. Quem dera a minha mãe fosse assim...

Garoto Explosivo | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora