T01E11 - Enquanto alguns sorriem, nem todos têm motivo para fazer a mesma coisa

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GABRIELA

Caíque: Você vai na festa do Diego, né??

― Você vai né? ― pergunta Juliana por cima do meu ombro.

Bloqueio a tela do meu celular e o jogo em cima da cama.

― Ainda não sei. ― respondo.

― Acho que... hã... você tinha me dito que ia. ― diz Juliana.

― Talvez eu tenha mudado de ideia...

― Af, Gabi, por favor, vamos... vai ser a festa do semestre e você não vai estar lá? Como assim? ― ela parece chocada com o que eu disse.

Dou de ombros.

― Foi mal. ― respondo.

Ela fecha a cara.

― Desculpa, Ju, mas acontece que... sei lá, não tô muito animada pra festar, essas coisas. ― digo. ― E ainda mais com o Caíque pegando no meu pé a todo o momento.

― Se o problema é o Caíque, Gabriela, é só falar com ele para parar de ficar correndo atrás de ti. ― diz ela. ― Parece até que você gosta que ele fica se arrastando por ti...

― Nada a ver. ― reviro meus olhos.

― Ok... eu te dei uma sugestão, e eu quero que você vá na festa do Diego comigo. ― diz Juliana. ― E se o problema for mesmo o Caíque, eu posso resolver por você.

― Como assim?

Juliana sorri e dá de ombros.

― Eu vou dar o meu jeitinho. ― responde ela.

― Eu tenho medo desse seu... jeitinho. ― digo. ― Então me fala logo o que você vai aprontar, Juliana.

― Nada demais. ― ela continua sorrindo, um sorriso de quem está planejando algo estupidamente idiota.

― Seja qual for o seu pensamento nesse exato momento. Pare! ― digo. ― Eu vou e falo pro Caíque logo. Falo toda a situação.

Juliana assente.

― Boa garota, e depois... vamos curtir a festinha do Diego. ― ela sorri.

― Ok... isso é coisa para pensarmos mais tarde. ― digo e ela bufa, rio.

RENATO

Solto a mão de Rodrigo na esquina de casa e olho para ele. Acho que caminhar quatro quadras segurando a mão dele foi um tanto... precipitado. Sorrio na direção dele.

― É complicado. ― digo quando ele olha para as minhas mãos soltas. ― Meus pais e...

― Eu entendo. ― Rodrigo assente. ― Meu pai... ele... também não sabe.

Assinto compreensivamente e ficamos uns dois segundos em silêncio enquanto troco o peso do meu corpo de pé.

― Bem... se você quiser entrar... a gente pode... não sei... estudar? ― sugiro.

Ele sorri.

― É tentador, mas eu preciso ir embora. ― responde Rodrigo.

― Certeza? ― pergunto.

― Não atice o meu verme, Renatinho. ― diz ele.

Reviro meus olhos.

― Tudo bem, não está aqui mais quem falou... ― digo sorrindo e dou um soquinho "hétero" no ombro dele.

― Hey! ― diz ele.

― O que foi? ― pergunto. ― Estou... me comunicando através de gestos com você. ― mordo o meu lábio.

Garoto Explosivo | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora