A onda que me arrasta pro teu mar...

Capítulo 6 - Tudo aconteceu ao som de Partition

E lá estava eu, me arrumando para ir a tal festa só por causa do Percy, apesar de ter dito que ia esquecê-lo. Suspirei pesadamente. Por que não conseguia me afastar dele?
Terminei de vestir minhas roupas, peguei a chave de casa, celular e carteira e saí. Agora que eu já estava pronto não custava nada ir até lá, ao menos um pouco. Para ser sincero ainda tinha esperanças com Percy, o jeito que ele me olhava naquele dia...
Decidi ir andando até o lugar da festa, afinal não era assim tão longe. Ao chegar lá parecia que eu estava tendo um deja vu, pois tudo estava exatamente igual à outra vez. Percorri o lugar com os olhos novamente e percebi algo novo. A única pessoa que não estava ali fora naquele outro dia. Percy Jackson. Ele estava sozinho com o mesmo copo azul na mão, uma expressão maliciosa e sarcástica brincava em sua face, então ele riu, como se estivesse lembrando ou pensando em algo que o divertia. Ele parecia mais arrumado que da outra vez. Calça de couro preta, blusa regata azul escura que deixava aparecer muito mais de seus músculos do que a minha força de vontade poderia suportar. Olhei para mim mesmo antes de entrar, estava vestido com uma camiseta que milagrosamente fazia parecer que eu tinha algum músculo, e uma calça jeans preta. Ao sair de casa, quando me olhei no espelho, eu estava bonitinho, agora, sinceramente, eu tava ridículo. O que eu tô fazendo aqui?
Claro que eu deveria falar com Percy antes, mas com a súbita queda de autoestima que tive não conseguiria fazer isso sem alguns copos de bebida. Tentei passar discretamente pelo Percy para que ele não me notasse, não deu muito certo.
-Olá Nico, por acaso está fugindo de mim?
Minhas bochechas coraram violentamente e a temperatura de todo meu corpo aumentou. Como ele podia ter adivinhado?
-Ah, olá Percy, não vi você ai.- menti descaradamente.
-Ah claro, se você diz.- ele disse se levantando e vindo em minha direção. Apesar de semana passada termos ganhado mais intimidade com toda aquela conversa, eu ainda me sentia tenso com a presença dele.- vamos, é hora da festa!
Ele me arrastou para dentro da casa e, basicamente, estava tudo como na primeira festa. Mas ao menos tocava uma música que eu conhecia.
Eu e Percy pegamos bebidas e ficamos próximos à pista de dança. Eu já tinha perdido as contas de quantos copos eu havia bebido, e nem sabia nomear todas as bebidas que tomei. Acho que comecei com vinho, então vodka, licor... Eu só queria um pouco mais de coragem.
-Vamos dançar, Nico. -Percy disse me arrastando pra pista de dança. Não havíamos ido até então por que eu estava com vergonha e Percy disse que não iria "me deixar sozinho e desprotegido contra os olhares perigosos de certos lobos famintos". Normalmente não iria assim tão fácil mas a bebida já estava fazendo efeito. Nenhum de nós dois estava bêbado- ainda-, mas já estávamos mais soltos e bem alegrinhos.
Dançamos, brincamos e rimos. Eu ainda estava tímido e não sabia dançar então o máximo que fiz foi seguir os movimentos do moreno, ele percebeu e ria disso. Ainda estávamos bebendo. Eu estava com um copo de uísque+licor+vodka+vinho tudo misturado, um desafio que fizeram para umas pessoas da festa, valendo cem reais. Era um copo de 500 ml e tínhamos que virar em 10 segundos. Eu estava participando só por que Percy me pediu para acompanhá-lo, sabia que não conseguiria, odeio uísque. E toda essa mistura parece mais um convite para a morte certa.
Hora do desafio, nos posicionamos e bebemos. Engasguei no terceiro gole e cuspi, olhei para Percy. Ele também não havia conseguido e estava olhando para mim de volta, rimos.
-Parece que não aguentamos tanto assim, né?-ele disse me abraçando e qualquer pensamento inteligente que passeava pela minha menta naquela hora evaporou, então apenas assenti e sorri.
Continuamos dançando por muito tempo, já eram 2 da manhã, e eu não tinha parado de dançar com o Percy, mas não me importava, pois em algum momento Percy deixou de dançar à minha frente para ficar atrás de mim, eu já começava a dançar rebolando, toda a timidez fora embora. E ele rebolava atrás de mim, estava tudo ótimo até ele colar nossos corpos com sua mão, encostando seu membro duro em minha bunda, ai ficou tudo maravilhoso. Continuamos dançando, eu me deliciava com isso. Não queria que parasse, mas ele virou à minha frente e disse:
-A festa ta um pouco chata, o que acha de irmos para outro lugar?
-Claro, eu concordo. Mas onde?
-Onde tiver bebida. Infelizmente na minha casa não tem, e a sua?
Eu fiquei um tanto surpreso, confesso, não imaginei irmos para a casa de alguém, pensei em alguma boate, um bar. Mas bem, até que não era uma ideia ruim...
- Eu tenho uma garrafa de vodka e um vinho, serve?
-Claro que sim- ele disse empolgado já saindo da festa.
Fomos andando já que era perto. Abri a porta e entrei, dando espaço a Percy logo em seguida. Já estávamos mais sóbrios, infelizmente, e minha timidez estava voltando aos poucos. Peguei a garrafa de Sky e uma coca da geladeira e levei para a sala. Vi Percy mexendo em meus CDs, quando de repente ele escolheu um álbum e colocou animado, veio em minha direção e me empurrou no sofá, tirou a vodka, a coca e tudo mais que estava na mesinha em frente ao sofá e subiu nela. Quando os toques começaram eu reconheci a música, era partition. Ele começou a dançar em cima da mesinha, caralho, como o Percy era sexy. Ele levantou a camisa rebolando e jogou-a em mim, eu apenas ri encarando seu peitoral exposto. Ele veio em minha direção e apoiou seus pés no sofá, cada um de lado de meu corpo e começou a rebolar na minha cara no ritmo da música. Seu membro estava tão próximo de meu rosto, me dava água na boca. Em algum momento minha cabeça começou a seguir o movimento de seu quadril. Meus olhos brilhavam de desejo, minha boca estava aberta e eu estava a ponto de babar, quando ele puxou meus cabelos para cima e sentou em meu colo, me beijando.
Foi o melhor beijo da minha vida, calmo e cheio de desejo, nossas línguas brincavam em minha boca, as coisas esquentaram ainda mais, se é que era possível. Toda minha timidez, minhas travas e barreiras em volta de mim mesmo desmoronaram e eu falei:
-Eu sei que você é ativo e eu passivo, mas o que acha de fazer algo diferente esta noite?
Ele assentiu com um sorriso malicioso, eu peguei em sua bunda e me levantei, ele me envolveu com suas pernas em minha cintura e depositava beijos, chupões e mordidas em meu pescoço enquanto eu o levava para meu quarto -com muita dificuldade. O joguei na cama e fiquei por cima dele, beijando-o vorazmente enquanto tirava sua calça e cueca ao mesmo tempo e encarei seu membro por um tempo, era grande, grosso, pelo menos 20 cm. Decidi iniciar certa tortura antes de lhe conceder um boquete.
Fui para seu pescoço, dando-lhe beijos e mordidas. Subi um pouco para sua orelha e fiz o mesmo, bem lentamente. Percy se contorcia e gemia de prazer, eu estava me deliciando de poder fazer isso por ele.