Capítulo 16

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Boa leitura! ❤️

Emma

Decidi ir até o hospital, para almoçar com Regina e Henry, mas no fundo o que eu queria mesmo era encontrar aquele ordinário de novo, e terminar o que Regina não me deixou de manhã, como ele pode falar com ela daquele jeito na minha frente e achar que ficaria tudo bem? Eu não tenho sangue de barata e defendo com unhas e dentes aqueles que eu amo. No final das contas, não o vi quando, e acabamos tendo um almoço agradável, sai do hospital com Henry e passamos na minha casa, pois Neal, também ia conosco para o cinema. Passei uma tarde agradável com os meninos, e  sempre que podia trocava  algumas mensagens com Regina.
No final da tarde, depois de tomar sorvete, terminamos o nosso passeio, deixei Henry em casa e voltei acompanhada do meu irmão, que no carro mesmo dormiu, de tão cansado que estava, e eu também estava exausta, esses dois tem energia pra dar e vender.
Enfim depois de um belo banho, estava no meu quarto, quando meu celular toca, olho pra tela vendo o nome Loba vulgo Ruby.

- Oi lobinha, que saudade, como você está? Está por onde? Vou falando tudo de uma vez até ser interrompida por ela.

-Ei vai com calma patinho, sim eu estou bem, e estou aqui na cidade essa semana, você está em casa?

-Estou sim.

-Posso passar aí?

-Mas é claro, que pergunta idiota.Rimos juntas .

--Ok ,20 minutos chego aí.

(...)

Nossa Ruby e eu estávamos precisando mesmo por o papo em dia, fazia um bom tempo que não nos encontrávamos assim para jogar conversa fora, e depois de algum tempo conversando com ela, descobri que ela e minha cunhada estavam “se conhecendo melhor” digamos assim. Eu fiquei muito feliz, já que se as duas separadas já eram ótimas pessoas, imaginem juntas, seriam um lindo casal. Acabou que conversamos tanto tempo que nem vimos a hora passar,  como já estava muito tarde, Ruby acabou dormindo em casa, e fomos dormir sabe-se lá que horas.

Regina

Cheguei do plantão exausta, encontrando minha família toda a mesa, estava tomando o café da manhã, Henry e Robin vieram ao meu encontro, me dando um abraço e vários beijos pelo rosto, juntei-me a eles na mesa, e acabei contando sobre o que havia acontecido entre Daniel e Emma, consegui até rir da situação depois, a Emma é uma mulher tão delicada, jamais podia imaginar que ela ia agir daquela maneira, mas enfim, depois de algum tempo de conversa, Zelena saiu para levar as crianças no colégio, e eu pude felizmente, descansar, fui direto para o quarto e depois de um banho demorado, me entreguei ao sono e cansaço daquele plantão de 37, quase 38 horas.

(...)

Acordei por volta das 14 horas, senti um leve movimento na cama,  e aquele cheiro maravilhoso, invadir as minhas narinas, e ainda sem abrir os olhos, sabia exatamente de quem se tratava, sorri automaticamente com a presença da loira que com certeza estava me encarando. Abri os olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade, quando consegui, uma Emma sorridente estava me olhando, e em seguida  chocou seus lábios com os meus, num selinho demorado, enquanto eu apenas apreciava o carinho, ela quebrou o silêncio.

- Desculpa amor, eu não queria te acordar, você estava dormindo aí tão linda, eu não resisti... A interrompi colocando o dedo indicador nós seus lábios, é engraçado quando Emma se perde nos seus devaneios e começa a falar sem parar.

-Ei está tudo bem, eu precisava levantar mesmo, tenho algumas coisas pra resolver. Respondi calma e  Sentei-me na cama, chamando ela para mais perto e assim ela o fez, ficamos abraçadas por um tempo, e eu só conseguia pensar, o quanto Emma derrubava os meus muros, pois eu sempre odiei ser acordada por qualquer pessoa, desde criança quando alguém me acordava, na hora eu ficava de mau humor, mas quando se tratava dela, tudo era diferente, e o Henry é claro.

Enfim, me arrumei e saímos em direção ao shopping, ela queria minha companhia para fazer umas compras, então passamos uma tarde super agradável, entremos em várias lojas, experimentamos várias roupas, e compramos algumas, depois paramos na praça de alimentação e fizemos um lanche, sempre conversando e sorrindo, parecíamos duas adolescentes apaixonadas.

Emma

O aniversário de Regina estava se aproximando, e apesar de eu sempre ser muito ruim com datas, o Henry não estava me deixando esquecer, além do mais, espalhei lembretes por todos os lados, eu não poderia esquecer de jeito algum de uma data tão especial quanto essa. Resolvi levar Regina no shopping pensado que talvez ela pudesse me dar uma dica de presente que queria ganhar, mas aquela mulher as vezes era uma incógnita para mim, só teve uma coisa que me chamou a atenção, que foi quando passamos em frente a uma loja de animais, e ela ficou completamente encantada pela vitrine, onde tinham alguns cachorrinhos expostos, ela parecia uma criança, e quis até entrar na loja para ver os cachorrinhos de perto, o que me deu a ideia de talvez voltar na loja, mas sem ela, e quem sabe ela não ganharia um novo membro na família.
Depois da tarde maravilhosa que tivemos, seguimos para o “nosso canto”, de um tempo para cá, nos passávamos muito tempo no meu apartamento, que apelidamos carinhosamente de nosso canto, pois lá tínhamos total privacidade, podíamos fazer o que quiséssemos sem ninguém pra atrapalhar.
Passamos mais uma noite juntas, fizemos amor até o começo da madrugada, e depois dormimos, agarradas, como gostávamos muito de fazer, no dia seguinte, nos levantamos não tão tarde, pois Regina tinha prometido sair com a mãe, para resolver alguns assuntos, então depois de um café da manhã rápido, deixei ela em sua casa e estava voltando para minha, no caminho de volta, eu resolvi passar por uma estrada diferente do que eu costumava pegar, afim de fugir um pouco do trânsito da manhã, então em um determinado momento quando parei em um farol, ouvi um barulho que me chamou a atenção, parecia choro  de filhotes de cachorro, então encostei o carro na primeira vaga que encontrei ali na rua, e voltei um pouco tentando seguir o barulho e encontrar os bebês. O barulho vinha do que parecia ser um terreno abandonado, tinha um muro que não era muito alto e eu resolvi me pendurar para ver se via alguma coisa, quando olhei para dentro do terreno, vi dois cachorrinhos em volta de um saco preto, onde provavelmente tinham mais, pelo movimento, coloquei os pés de volta no chão e comecei a pensar no que fazer, eu não podia e nem devia ir embora e deixá-los ali para morrer, e  para a minha sorte estava passando uma viatura da polícia e eu resolvi perguntar como devia proceder, os policiais me disseram que nesse caso eu teria que entrar em contato com o controle de animais, mas não sabiam se seria atendida, já que milhares de casos de abandonos e maus tratos era denunciados diariamente, então depois de insistir por um tempo, eles resolveram me ajudar, um dos policiais pulou para dentro do terreno, pegou os dois filhotes que estavam soltos e passou para o outro lado depois fez o mesmo com o saco plástico, eu segurava os dois bebês e quando o policial colocou o saco no chão e abriu, meus olhos marejaram na hora, tinha uma cadelinha maior, possivelmente a mãe, ela estava com as quatro patas e a boca amarradas com uma espécie de fita adesiva, acompanhada de mais dois filhotes que estavam mortos, os outros dois que estavam no meu colo, pareciam fracos demais, deviam estar desidratados e mortos de fome, o policial que estava ao meu lado estava tão abismado quanto eu, comentamos o quanto o ser humano podia ser cruel, eu estava perdida sem saber muito o que fazer, então um deles me deu o endereço de um veterinário, que disse levar os cães dele sempre que precisava, e que era muito bom, sem pensar duas vezes, levei eles para a clínica, os polícias me ajudaram a colocá-los no porta malas do meu carro, e assim segui para a clínica, que graças a Deus não ficava muito longe dali, assim que adentrei no local, encontrei um funcionário do local e informei o que tinha acontecido, logo eles foram atendidos passando na frente de alguns bichinhos que já estavam lá, entramos na sala enquanto o veterinário examinava  a mãe e como já era esperado três dos quatro filhotes estávamos mortos, eu chorei muito, não entendia como alguém podia tratar um ser inocente daquela forma, e enfim ele me disse que eles precisariam de um tratamento um pouco longo, pois estava muito desnutridos, com pulga e carrapatos e que ficariam alguma dias internados.
Sai da clínica com a promessa de voltar no outro dia, e acompanhar o tratamento deles. Então comecei a pensar se de repente o destino não tinha colocado aqueles anjos no meu caminho.

Um novo amor nas férias- CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora