III

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~REVISADO~

🍃

Atlanta, extremo norte
1 de janeiro de 2007


O dia estava claro, nem mesmo a brisa fria desanimaria aquele dia. Jeon, líder da alcateia Lupino sabia que não poderia desvencilhar sua atenção, mas sua família merecia nem que ao menos fosse um dia de seus dias agitados, seu filho Jungkook, agora com nove anos se mostrara um pequeno alfa decidido, se não fosse dado por seus pais o mesmo não aceitava um não. Naquele dia, o alfa havia prometido a sua mulher que se dedicaria a eles.

O passeio curto em volta da alcatéia já foi o suficiente para que os ânimos se normalizassem. A anos uma batalha fora anunciada e todos se preparavam arduamente pois não sabiam quando sua vez chegaria, durante o percurso o pequeno ia a frente alegre e saltitante enquanto seus pais iam logo atrás sorrindo feito bobos pelo garoto. Nunca, pelo pouco que se lembrava Jungkook havia saído com seus país assim, o que para muitos não era grande coisa, para o pequeno era um dos dias mais felizes ao qual se lembra.

- Cuidado Jungkook - sua mãe lhe repreendeu enquanto o encarava em cima de uma rocha do riacho.

Em meio a mata nortista, segredos se escondiam e dentre eles aquele era um. Um lindo riacho de águas fortes e torrentes barulhentas que batiam contra rochas e rochedos, um lugar que apesar de sua inquietude transmitia a paz.

.....


Ao anoitecer rondas postas em pontos estratégicos eram feitas, mesmo após anos ninguém havia avançado e essa era a parte estranha, para Jeon, alguma peça estava faltando, algo que ele não vira e que poderia estar fora de seu eixo.

As luzes que o céu transmitia pelas estrelas começavam a dar sinais, sábios e leitores das constelações haviam sido convocados tempos antes, transmitindo que as mesmas anunciava algo forte e próximo que nem mesmo eles eram capazes de entender.

No silêncio da casa um ruído no assoalho de madeira é feito por passos pesados e firmes, Jeon estava fazendo a ronda naquela noite e na casa estava apenas sua mulher e seu filho.

Jungkook sentiu um cheiro diferente, sabia que era de alfa mas não de seu pai, o pequeno levantou indo em direção a porta onde ouviu através dela os passos na casa, seu instinto o conduziu ao silêncio pondo a se encostar na parede. Como se soubesse, sua porta foi aberta de forma calma e aquele cheiro se intensificou, viu um homem se aproximar de sua cama devagar e apenas com um movimento levantou suas mãos com um pequeno punhal e acertou com força sua cama.

Jungkook tremeu tentando não fazer ruídos sabia que se fizesse, algo poderia dar errado. O homem grande e forte totalmente frustado ao perceber que o mesmo não estava na cama saiu enraivecido porta a fora a procura do garoto que soltou o ar que nem percebera estar segurando.

Com passos leves, Jungkook caminhou para a porta no final do corredor a procura de sua mãe, a porta aberta apenas fez com que um medo aparecesse então apenas respirou fundo, se aproximou da cama aos poucos em meio a escuridão mas antes mesmo que chegasse a ela, alguém o segurou e tapou sua boca para que não fizesse nenhum som, o cheiro doce de flores do campo invadiu suas narinas o deixando aliviado, virou abraçando sua progenitora que apenas fazia um sinal de silêncio. A luna caminhou devagar com seu filho até seu armário o abrindo e adentrando-o, seguros, abriu o que parecia uma parede falsa mostrando um caminho pequeno e estreito ordenando a ele que entrasse.

A passagem era estranha, as paredes de terra batida mostravam um lado sombrio, os passos cuidadosos e rápidos eram quase como um sons inaldiveis.

- Mamãe, quando vamos sair daqui? - perguntou Jungkook em tom baixo.

- Logo, logo querido - respondeu calma tentando esconder seu próprio nervosismo com a situação.

Aquilo não devia ter acontecido, avisara seu esposo tempos antes de que algo estava mais do que errado, ouvia sussurros em plenos corredores sobre planos contra o alfa, a tempos vinham tramando algo e a pior parte era de que esses planos vinham dos mais próximos, Jeon que não queria acreditar que justo aqueles que o mesmo chamava de irmãos, seria como corvos sobrevoando um animal morto apenas esperando o momento para fazer sua refeição, o traísse.

Naquela noite em que seu marido saiu para a patrulha, colocou seu filho para dormir mas nem se quer ficou em paz, seu pensamento a levava longe querendo saber quando essa tortura chegaria ao fim.

Enquanto olhava pela janela de seu quarto o céu que naquela noite parecera não querer brilhar, tampava as estrelas deixando apenas a lua com um tom fosco, viu uma sombra mover-se pelo jardim. Atenta, observou a pessoa procurar por uma brecha para entrar na casa, duas sombras andavam pela grama atentas a procura de algo, o medo lhe instalou como um parasita ao hospedeiro, pensava apenas em seu pequeno a três metros de seu quarto, apressada caminhou até a porta indo em direção ao mesmo, no meio do caminho ouviu da escada passos pesados e firmes se aproximarem do andar superior, com cautela voltou lentamente para trás ficando de vigia encostada ao batente de sua porta, um homem grande parou em frente a porta de seu filho a abrindo lentamente, sabia que o menino estava acordado, o homem que entrou no quarto saiu de forma frustada em segundos como um animal que não conseguiu pegar sua caça, a luna de forma rápida se trancou no guarda roupa indo ao caminho secreto fechando a porta falsa, no mesmo segundo pode ouvir quando a porta do seu armário foi aberta novamente e então esperou.

Curtos minutos se passaram até que sentiu um cheiro bastante conhecido, abriu uma brecha da falsa porta e viu seu pequeno caminhando devagar para sua cama, saindo de seu esconderijo o abraçou por traz tapando sua boca para que o mesmo não gritasse, sabia que os invasores ainda estavam na casa e não podia arriscar.

Precisavam fugir...

 Alphas Spiritis  _liskook_Onde histórias criam vida. Descubra agora