Alphas Spiritis _liskook_

VIII

  *NÃO SE ESQUEÇAM DO AVISO DO CAPÍTULO SETE ( O ANTERIOR ), TEM PESSOAS PULANDO CAPÍTULOS POR CONTA DAS ATUALIZAÇÕES DUPLAS, ENTÃO ACONSELHO QUE VEJA SE VOCÊ PERDEU ALGUM. CADA CAPÍTULO TEM SUA IMPORTÂNCIA!*

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Atlanta, extremo norte
 Dias atuais...

( JUNGOOK )

  A anos venho me preparando para ser um bom líder, conquistar a alcatéia e mostrar ao meu pai que sou digno de tal responsabilidade,mesmo que ele sempre tenha dito isso. Dias e mais dias se passavam e eu sempre tentava o meu melhor, mesmo que no final ache que esteja tentando conquistar a mim mesmo.

  _ Está preparado meu filho? _ Perguntou meu pai quando adentrei sua sala, apenas acenei em confirmação.

  Hoje seria a entrega de cargas na alcatéia, por via das dúvidas encomendamos armamentos aos soldados betas e alguns ômegas além de mantimentos extras para deixar estocado, rumores talvez até de más línguas e informantes, confirmaram o preparo de dezenas de clãs para algo grande cuja a aproximação era inevitável. A anos meu pai vem em buscas de aliados conseguindo um bom número deles mas, a ambição sempre existiu e sempre existirá porém, alguns deixam com que ela os ceguem a qualquer ato real e consequências que virão com elas enxergando apenas um interesse, o poder!

  Homens da guarda foram escolhidos a dedo para vigiar a chegada dos caminhões, enquanto outros foram selecionados para a ronda ao qual eu lideraria. Agora, em meio a escuridão da floresta enquanto ficava-mos atentos ordenei a ida em pontos estratégicos aos outros ficando no monte dos ventos onde teria visão também da entrega de cargas, o céu já mandava sinais de um tempestade próxima, relâmpagos o cortavam e os trovões soavam em harmonia desfeita.

  No tédio momentâneo remexi meu pé nas folhas secas acabando por pisar num galho seco, fiquei atento quando em meio a este ato ouvi um som por dentre as árvores, como sabia que meus homens se encontravam um tanto longe, me transformei em meu alfa aproximando do local donde presumo ter vindo o som, já próximo pude ver algo... e então o vento soprou. 

  Um vento forte e incessante que trazia algo consigo, um cheiro que para mim era simplesmente único. Lembro-me que quando criança eu acompanhava minha mãe a parte silvestre da floresta, uma área vasta e um dos meus lugares favoritos antes de ser devastada pelo inimigo, em qualquer estação que fosse aquele lugar exalava um aroma única resultado de suas diversas frutas, dentre eles um me fazia falta. Lembrava minha mãe quando retornava-mos e ela trazia consigo alguns frutos, então durante tardes a mesma cortava gentilmente cada limão siciliano deixando aquele cheiro maravilhoso no ar, hoje sinto falta daquela época, porém lembranças como esta me faziam sorrir de uma forma tênue.

  Com os olhos fechados em deleite uma sensação revigorante e de paz  me preencheu, caminhei até o local. Me aproximei de uma das árvores quase como um ser silencioso abaixando ao chegar por de trás da pessoa que estava encolhida esperando algum ataque, de fato era uma mulher, seus cabelos cinza escuro, suas botas pretas de cano alto e seu casaco preto que ainda evidenciava seu short da mesma cor.

  _ Posso te ajudar? _ Falei com um certo cinismo de minha parte usando a voz de alfa, e então o cheiro se intensificou e percebi que era a ela a quem pertencia, meu corpo ficou tremolo reagindo como de forma natural a sua essência como um delicioso jogo. _ Vire-se! _ Ordenei a intrusa que se virou de forma lenta e preocupada com seus olhos fechados de forma forçada, deixei que minha dominância prevalecesse exalando meu cheiro mas nem ao menos a garota se moveu, apenas relaxava a face como se aprovasse meu ato.

  Minha curiosidade era intensa porém foi cortada por um alto e forte uivo, reconheceria um dos meus de qualquer forma, então de forma brusca e rápida, me direcionei a ele deixando a desconhecida para trás, seja quem fosse não fazia parte do clã, talvez uma perdida ou desgarrada procurando por um lar. Momentos depois, enfim cheguei aos meus homens que cercavam alguém em forma defensiva, me transformando em minha forma humana me aproximei deles, ninguém ainda estava preparado para ver meu lobo, era um conselho que meu pai dava, pedindo que eu me transformasse apenas quando necessário.

  _ Quem é você? _ Perguntei me aproximando do homem que se mantinha calado.

  _ Senhor! _ Chamou um dos que estavam comigo _ ele não pertence a alcateia, estava vigiando nossa área me atacando quando me aproximei.

  _ Com certeza um espia. _ Adivertiu outro.

  Um espia. Falei mentalmente.

  _ Leve-no, precisamos de informações. _ Ordenei vendo o estranho ser levado ao centro do território.

  Um espia. Repeti em minha mente. Se realmente ele for um... então quem era aquela na colina dos ventos?.

  _ Merda... _ Falei já em voz alta _ Estou ferrado! _ Conclui com minha lerdeza, como pude deixar esse detalhe escapar?