VI

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~REVISADO~

🍃

Atlanta, extremo sul
23 de Janeiro de 2015


Corre, corre, corre...

Corre, corre...

Corre..

A noite estava fria, a penumbra da floresta era ainda mil vezes pior com o sangue fervendo nas veias e correr era a única coisa que Lalisa pensava, a floresta extensa e as inúmeras árvores dificultavam seu caminho, os tropeços nas raízes fincadas ao chão apenas a atrasavam enquanto passos pesados vinham em sua direção, seus pés já poucos precisos na correria se perderam por completo, com força suas costas foram empurradas e seu corpo de foi encontro ao chão, logo um rosnado foi proferido assustando a garota que já tinha seus olhos marejados e como uma piada, soltou uma lufada de ar quente em seu rosto que a fez estremecer.

- Por favor... - tentou dizer mas nada o pararia. 

Sua presa estava finalmente ali, pronta para ser abatida e dar um passo a mais em sua vingança que tanto desejava contra o lider de Uktena. O lobo da alcatéia oeste ainda sentia a dor da falta de sua família, anos atrás Manoban invadiu a alcatéia a qual massacrou enquanto se divertia. Agora, ele estava com uma peça valiosa em suas mãos, sua única filha... não havia palavras para descrever aquele momento.

- Por favor. - implorou mais uma vez.

A sede de vingança era grande para se deixar levar por suplicas da jovem, com força o suficiente a atingiu e com a dor Lisa gritou perdendo o ar que tinha.

Como se sugasse com dificuldade, puxava com avido o oxigênio em sua volta e mais um golpe foi dado, suas costas doeram como nunca, suas pernas estavam dormentes, seus pensamentos conturbados, estava a mercê daquele ser, e nem sabia quem era.


....

Atlanta divisa do extremo
Oeste e extremo sul
23 de janeiro de 2015


Gotas finas de chuva começavam a cair do céu, a lua cintilava seu brilho e as estrelas sumiam em meio as nuvens cinzentas, o ar sombrio trazia ao ar um cheiro de sangue e terra molhada. Jeon a dias vinha procurando aliados estrangeiros porém naquela noite algo lhe chamou a tenção, em meio a seu caminho ouviu gritos longinos de desespero não pensando duas vezes em correr na direção do pedido de socorro, ao máximo correu entre as arvores em sua forma lupina, durante minutos ouviu os gritos quando derrepente o som parou.

Sua aproximação era precisa e silenciosa, o silêncio espontâneo poderia ser um indicio de um inimigo, seus institos agora ampliados vigiavam todos os cantos em que se alcançava, a chuva caia mais grossa e impiedosa fazendo até mesmo as corujas se calarem, e então ouviu. Um grito alto de dor foi dado proximo a sua localização, no silêncio que pode entre os galhos finos e a chuva incasevél se aproximou.

- Não por favor, pare eu te imploro! - ouviu um voz tremula e fraca falar.

- Você acha mesmo que vou parar? Se eu não consigo chegar perto do seu pai, você vai ter que ser o suficiente por enquanto. - Um homem dizia enquanto encarava a garota ferida no chão, seu olhar de escárnio era visível até mesmo na escuridão, ele exalava ódio, e a menina é seu alvo.

Jeon estava atrás de uma das grandes árvores, o homem olhava satisfeito a garota machucada na lama, sua pele branca estava suja de terra e sangue, suas roupas estavam rasgadas enquanto chorava baixinho, seu corpo convulsinava a cada soluço. O ódio ferveu junto ao sangue em suas veias ainda mais quando o viu afundar uma faca de prata e rasgar a perna da da garota um pouco a cima de sua coxa, seu grito foi latente e doloroso.

De um momento ao outro, o desconhecido foi arremessado com uma força descomunal batendo contra uma árvore a quabrando na hora, Jeon estava pocesso com suas atitudes  as quais mais repudiava, então a cada mordida e desmembramento descontou toda a fúria até que por fim arrancou-lhe a cabeça. Quando se virou, a garota corria metros a frente com uma dificuldade visível.

O corpo doia e a perna latejava muito, seus ferimentos pinicavam e ardiam pela chuva, seu esforço estava custando demais ao seu corpo cansado a obrigando parar aos poucos, sua visão escurecia a cada segundo sendo o sulficiente para que desfalece-se sentido como algo distante seu corpo ser elevado e protegido da água fria que caia do céu.

...


Não sabia o que fazer, não a conhecia.

Havia andado quilometros até chegar a Uktena e deveria ser cuidadoso, reconheceu o emblema na corrente da garota e então soube onde a levaria.

Passado todo o tempo desacordada, nem sequer perceberá onde estava. Então com cuidado a repousou numa das casas batendo no carvalho em seguida. Com rapidez afastou-se dela ficando a espera de um socorro. Uma idosa quando abriu a porta olhou em volta e não viu ninguém, quando seu olhar baixou ao chão ficou espantada gritando a alguém por ajuda.

- Senhorita Lalisa, acorde! - a idosa proferiu desesperada, foi a última coisa que ouviu antes de retornar por onde veio.

 Alphas Spiritis  _liskook_Onde histórias criam vida. Descubra agora