v i n t e e o i t o .

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Encaro o Vincent dormindo e beijo sua testa assim que ouço o Ângelo na porta, em seguida me afasto do Vincent

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Encaro o Vincent dormindo e beijo sua testa assim que ouço o Ângelo na porta, em seguida me afasto do Vincent. Ângelo me encara da entrada e chama com um aceno, levanto e vou sentindo minha perna falhar a cada passo. Ângelo tranca a porta quando saio e coloca a mão sobre meu ombro me guiando pelo corredor até outra porta, ele a abre com o mesmo molho de chaves e me empurra pra fora. Saímos num chão de terra que segue até a próxima construção, eu e o Vincent estamos mais distantes de tudo, parece só mais uma casa por fora, mas por dentro só tem o quarto que ficamos e o corredor, o resto são paredes grossas para não sair ruído nenhum lá de dentro.

Ângelo me leva até um dos banheiros e me entrega o balde com os produtos de banho. Eu me lavo o melhor que posso e depois coloco um vestido branco e rodado, Ângelo fica me observando durante todo o processo. Ele ajoelha na minha frente segurando um tênis, me apoio na parede enquanto me calça e depois me guia para a outra parte do lugar. É um salão enorme de jogos de aposta, já vi tantas pessoas importantes aqui, que perdi a conta. Tem muitas mulheres e garotas nuas e seminuas dançando, também tem alguns homens e garotos, mas em menor quantidade. Os outros estão da mesma forma que eu, um vestido branco ou uma camisa e uma calça, enquanto servem os convidados, esses em roupas elegantes e extravagantes. O evento é grande e de classe, só pessoas milionárias pra cima, fazendo o que quiser com quem quiser. Fazem quatro dias que estamos aqui, Ângelo me obriga a acompanhá-lo nessa merda de evento todos os dias, preciso servi-lo da forma que ele quiser.

— Sabe o que está faltando? — Ele pergunta me olhando, eu respiro fundo e abro o sorriso. — Bem melhor — pisca e começa a caminhar, eu vou atrás feito um bichinho adestrado.

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— Vem aqui, cher — Ângelo chama batendo na sua coxa, ele tem um cigarro numa das mãos e tem mais três homens com eles. Sento no seu colo e os homens falam alguma coisa em francês, todos me olhando, depois dão risada. Um deles, um velho com uma barriga extremamente desproporcional para o restante do corpo, se aproxima e segura meu rosto de uma maneira brusca, vira de um lado ao outro e balança a cabeça positivamente. Ele fala algo e Ângelo responde, percebo sua expressão um pouco irritada. Depois ele me empurra e aponta para o salão. — Vá trabalhar — ordena.

Começo a limpar tudo com as outras pessoas, quase todo mundo foi embora, só faltam os que ainda estão nos quartos privados.

Passamos horas limpando tudo, quando acabamos eu estou exausta. Ângelo aparece e me puxa me arrastando até o corredor dos quartos, ele abre uma porta e me empurra.

— Quer dar comida ao seu amiguinho hoje? — Pergunta sentando na cama me observando.

— O que eu preciso fazer? — Pergunto engolindo seco.

— Pode começar, falando uma forma de entrar na casa do seu papai postiço — sugere. Eu arregalo os olhos.

— O quê? Não! Eu nunca deixaria você fazer algo contra o Andrew, Ângelo. Nunca! — Exclamo, ele ri. — Pode fazer o que quiser comigo, mas não vou deixar fazer mal a ele.

Mellanie - Recomeço [3° história]. Onde histórias criam vida. Descubra agora