Tento correr de volta para a porta, mas ele entra na frente e eu me afasto rapidamente.
— Nem pense em gritar ou tentar ligar pra alguém — avisa e afasta a jaqueta mostrando uma arma na cintura. Eu engulo seco me abraçando e me afastando até estar contra a parede.
— Co-como você entrou aqui? — Gaguejo pelo nervosismo.
— Vo-você acha mesmo que eu não conseguiria entrar em um prédio? — Zomba imitando por eu ter gaguejado. — Estou há oito anos fugindo da polícia, cher, entrar nesse seu prédio foi a coisa mais fácil que eu já fiz todo esse tempo. — Sorri e se aproxima alguns passos.
— O que você quer? — Pergunto engolindo todo meu sentimento, fico estática e inexpressiva.
Ângelo sorri balançando a cabeça.
— Um tio zeloso não pode sentir saudades da sua única sobrinha? — Seus olhos descem por meu corpo e eu me sinto extremamente violada, ele abre um sorrisinho nojento e bufa. — Você ficou uma mulher gostosa — comenta se aproximando cada vez mais até estar na minha frente e tocar meu rosto. Não consigo me afastar, nem empurrá-lo, meu corpo parece travado, meu coração está tão acelerado que me dá medo. Minhas mãos tremem e eu ainda não sei como minhas pernas me suportam.
Ângelo segura meu rosto apertando com o polegar numa bochecha e o restante dos dedos em outra. Seus olhos parecem gelo, seu toque é tão gelado que faz meu corpo todo tremer.
— Ah, cher... — sussurra aproximando o rosto e respirando fundo contra o meu, ele fecha os olhos no processo e depois os abre. Sorri e passa a língua por minha bochecha, puxa meu corpo contra o dele com força, sua mão desce e ele me vira bruscamente me pressionando na parede.
Sinto seu corpo atrás de mim, sua mão desce até minha bunda onde ele aperta e puxa minha calça, depois bate nas minhas nádegas. Sua mão sobe por dentro da minha blusa até meus peitos e ele os aperta com tanta força que me dá vontade de gritar.
— Me deixa em paz — peço tentando empurrá-lo, mas Ângelo força minha cabeça contra a parede e segura a arma apertando no meu rosto.
— Shi... Fica quietinha, cher. Não quero sujar seu carpete tão lindo de sangue — avisa.
Eu fecho os olhos com força ao sentir sua boca na minha nuca, Ângelo começa a puxar minha roupa e eu sou obrigada a permitir. Fico nua na sua frente. Ele me vira e sorri me encarando de cima a baixo, com um olhar nojento de cobiça.
— Sempre quis te provar, sabia? Mas seu pai era muito territorialista — comenta abrindo sua calça e me encarando com um olhar de deboche —, ele queria você só pra ele. Que pai preocupado, não é? — Pergunta rindo e eu fecho os olhos com força me abraçando e tentando cobrir meu corpo. — Ele vivia se gabando dos seus atributos, dizia que você era uma amante perfeita. Uma ninfeta pronta para ser deflorada. E, sabe? Te olhando assim, acho que ele tinha razão. — Sinto sua mão me segurar e me empurrar contra a ilha que divide a cozinha e a sala, eu fico debruçada nela. A boca do Ângelo desce por trás da minha orelha enquanto ele continua falando: — Já passaram muitos homens por aqui depois do seu querido papai? — Pergunta chutando meu tornozelo para separar minhas pernas, ele segura minha coxa e tenta levantar, mas na hora meu celular começa a tocar ao lado da minha bolsa, na ponta da ilha. Eu arregalo os olhos vendo que é o Andrew me ligando. — Nem pense nisso, vadiazinha — avisa segurando meu cabelo e puxando. A ligação para e eu posso ver as notificações de mensagens do Vincent.
Ângelo começa a se arrumar atrás de mim, ele coloca a arma em cima da ilha e segura minha coxa, sinto seu pênis sendo esfregando contra minha bunda. Aproveito esse momento de distração, ouvindo seus suspiro, e, antes que ele desça o penis até minha vagina, eu me estico e pego a arma tentando virar, mas Ângelo me pressiona na ilha tentando me impedir. Solto um grito alto e me jogo no chão escapando por baixo das suas pernas, como não consigo segurar a arma, a empurro com o pé com força e ela vai parar de baixo do balcão da cozinha.
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Mellanie - Recomeço [3° história].
RomanceA tentativa de superar os traumas do passado e aceitar o amor de alguém. Terceiro spin-off da série Corrompidos. LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Todo o conteúdo desta obra é protegido pelas leis de direitos autorais e direitos conexos. É e...