Capítulo 08

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Antonella

Raiva, muita raiva que eu sentia naquele momento, fiquei assustada com a reação dele? Óbvio que fiquei, quem não ficaria no meu lugar, o cara do nada pega no meu braço e aperta daquela forma, falando rude, não falou alto mas o tom de voz era pior ...

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Raiva, muita raiva que eu sentia naquele momento, fiquei assustada com a reação dele? Óbvio que fiquei, quem não ficaria no meu lugar, o cara do nada pega no meu braço e aperta daquela forma, falando rude, não falou alto mas o tom de voz era pior do que se ele realmente estivesse gritando.

Eu não vou abaixar minha cabeça para ele, Lorenzo não vai ter esse gostinho de mandar em mim, não mesmo. Fui mimada no primeiro dia que conheci ele? Parecia uma criança fazendo birra? Sim, mas chega, eu sou mulher e sou dona do meu próprio nariz, não vou parar de estudar, muito menos de trabalhar porque ele julga que uma "mulher de classe" nasceu para servir o homem dentro de casa, pensamento mais machista esse dele, mulher nasceu para ser independente e ganhar o mundo, ganhar seu espeço na sociedade e mostrar para que veio, droga!

- Eu vou deitar e dormir um pouco, porque estou acordado desde o dia anterior e meu dia foi uma merda, espero que não me desobedeça e faça o que mandei, suba para seu quarto e fique lá, mais tarde minha mãe virá aqui para acertar os últimos detalhes do casamento. - fala e pega uma maçã na fruteira.

- Olha Lorenzo, eu realmente não quero parecer mimada pois não sou, mas não queira me privar de estudar e nem de trabalhar não pois eu não irei parar, aceite que não sou essas mulheres que você está acostumado a se relacionar, que aceitam ser bancada por um homem sendo que tem dois braços e duas pernas para trabalhar. - falo fazendo ele se virar para mim. - Não nasci para ficar dentro de uma casa sendo submissa de homem, muito menos nasci para receber ordens de um e abaixar minha cabeça dizendo "sim, senhor ou não senhor", sou dona do meu destino, dona do meu próprio nariz, eu decido o que faço ou deixo de fazer da minha vida, não você. - tento manter a calma e não parecer uma adolescente petulante que bate de frente com os pais.

Lorenzo solta uma risada sem humor que faz os pelos do meu corpo se arrepiarem em alerta.

- Pois vá e faça, me desobedeça, vai. - fala em um tom baixo mas que contém um alerta bem explícito. - Só não venha reclamar depois, vai ter que aguentar as consequências, pois se você é esse mulherão todo para me desafiar é também para aguentar o que vem por aí. Porque garota estou sendo até legal contigo, mas não me desafie porque posso transformar sua vida em um inferno nesses dois anos. - vira e começa a caminhar em direção as escadas.

- E você será o próprio diabo pelo jeito. - falo e vou em direção da porta.

- Não é atoa que sou temido no meu meio, te dou minha melhor parte, mas não queira conhecer minha outra face porque você não vai gostar de me ver em ação. - responde enquanto sobe as escadas. - Se sair por essa porta esteja preparada para o que te aguarda mais tarde.

Eu poderia ter ficado, mas paguei para vê, porque de verdade não serei submissa a ele e nem a ninguém, minha vida minhas escolhas. Se realmente tiver consequências depois, aguentaria, porque não sou mulher de colocar fogo e depois correr, eu fico para vê as labaredas subindo e consumindo tudo.
Sai daquela casa que exala luxo e fui procurar uma parada de ônibus, o que foi meio difícil, fiquei uns 15 minutos tentando achar uma e só consegui achar graças uma senhora que me deu a informação e me acompanhou até lá. O percurso até a universidade foi um pouco mais demorado que o normal, por a casa do Lorenzo ser bem mais distante do que a dos meus pais, assim que chego já encontro as meninas que me esperam na entrada.

O Don da Máfia [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora