O que fazer?

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Um dia tinha se passado e eu já me sentia melhor, ainda não tinha me livrado dos supressores de poder.

Eu tomava café da manhã junto com todos, era bom estar em casa. Todos conversavam animadamente e eu observava tudo, apesar de me sentir bem por estar em casa, parecia que eu tinha perdido muita coisa.

Me levantei e sai da casa, parecia não ter chamado atenção, fechei os olhos deixando a brisa balançar meus cabelos atualmente roxos. Eu precisava me informar de tudo, mas eles não queriam me contar.

—Achou que eu não vi, você saindo de fininho? — Justin perguntou me abraçando, ri passando meus braços por cima dos dele, encostei minha cabeça em seu peitoral.

—Imaginei que você viria. Quando vamos conversar? Foi muito tempo e muitos acontecimentos. — falei calmamente.

—Quando você estiver bem. — ele falou beijando minha bochecha.

—Justin... — me virei tomando uma curta distância dele. — O que aconteceu? Foi algo tão ruim que vocês não querem me contar? — fitei seus olhos tentando tirar algo dali. Ele engoliu a seco.

—E se ela aparecer? — Justin questionou me olhando.

—Lidaremos com ela. Agora eu tenho que saber o que estava acontecendo. Me conta. — Implorei e ele suspirou.

—Meu pai te deu como morta pelos mandates da revolta, com isso ele conseguiu acalmar o país. E eu estou noivo da Samantha. — Fitei ele sem piscar e então fechei meus olhos rindo.

—Então, eu não posso aparecer sem acabar com o país? Terei que viver aqui? Enquanto você casa com a outra? — questionei calmamente de braços cruzados.

—Claro que não. Iriemos resolver isso juntos, como sempre deveria ter sido. — Ele segurou meus braços e eu soltei um longo suspiro, concordei o abraçando.

—Você lembra o que aconteceu quando não me contou da Valeria? — perguntei, ele assentiu alisando minhas costas.

—Você lembra o que aconteceu por você não me contar da magia? — ri fraco e suspirei.

—Isso é um ótimo momento para não escondermos mais nada. — falei segurando seu rosto e o beijando.

—Então, isso quer dizer que eu tenho que te contar o que eu fiz nesses últimos meses. — respirei fundo de olhos fechados.

—Você quer dizer além de não cortar o cabelo? — perguntei rindo.

—Eu posso ter acabado com meu fígado.

—Sorte sua eu poder curar. — ele riu e suspirou.

—Não tem como você resolver tudo, Kylie. Eu espanquei o Nicolas. — Comprimi minha boca e engoli a seco.

—Por isso me trouxeram. Ele estava tão mal. — me afastei do Justin sem olha-lo. Tomei coragem e o olhei. —Por que fez isso? — perguntei fitando suas orbitas carameladas, mas ele olhava para a terra.

—Eu não sei. Eu fiquei com um ódio e ele veio tentar me parar, só pensei em mata-lo.

—De onde veio esse ódio, Justin? — ele abaixou a cabeça envergonhado.

—Apareceu desde que você sumiu, raiva, culpa, ódio. Se tornou parte da rotina. — seu ar era de culpado, engoli a seco.

—Isso não é coisa sua. Por que não me conta a história toda? — Justin levantou a cabeça confuso.

—Você deveria estar com raiva. — Sorri e alisei sua bochecha.

—Eu o curei e eu sei que esse não é você, Justin. — as lagrimas desceram e eu me surpreendi em vê-lo chorando.

Choices of the heart 3 - A princesa perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora