Capítulo 2 - Um novo alvorecer

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Temendo novos ataques, Ryushido pega o livro que seu pai lhe confiou e procura por barreiras. Com a ajuda de Arturia, ele consegue preparar uma barreira que impede pessoas com alta mana de adentrar, ou seja, magos, exceto os que conhecerem a palavra de liberação. Além dessa, ele conjura outra barreira que protege a mansão e um raio de 2 metros fora dos muros da mesma contra ataques à longa distância. Com isto, ele está a salvo, momentaneamente: toda barreira pode ser forçada até seu limite e, com isso, se desfazer.

Feito isso, ele liga para a faculdade e entra de atestado. Ao ligar, ele descobre que não é o único estudante de atestado, o que o deixa bastante apreensivo. De repete, o interfone toca. Alguém quer lhe ver. Ele olha no comunicador, é seu amigo Garlen. Então, decide responder:

- Desculpa, meu amigo, agora não é uma boa hora.

- Acredite, a hora é perfeita, Ryushido.

-Mestre, estou sentindo uma presença poderosa ao redor dele. Acredito ser um servo.

- O que? - diz Ryushido, surpreso. O que ele temia, de fato é verídico. Arturia não sabia, porém, que o interfone de voz e vídeo era operante em ambos os lados, ou seja, Garlen acabou de vê-la.

- Então, essa é a sua namorada? Achei que ia sair com a Illya.

- Pois é -diz Ryushido, agarrando a sabre, tomando-a nos braços-, ela é minha namorada e estamos aproveitando o dia, sabe... por isso tenho de desligar.

- Parem com esse teatro idiota! - diz Karna, revelando sua forma e saindo do estado de espírito- Ambos sabem que são mestres e que estão acompanhados de seus servos, - diz Karna, apontando sua lança contra a imagem de Ryushido no interfone- então parem de besteira e comecemos a luta!

Incrédulo com a situação, Ryushido fica com seus olhos arregalados, boquiaberto, sem expressar quaisquer reações. Garlen, então, intercede, com total serenidade:

- A guerra começou. Abra a porta, ou irei abrí-la eu mesmo. - ele ativa seus olhos místicos da distorção, porém de nada servem= Uma barreira? Não... duas? Muito bem, mas isso apenas te comprará um pouco de tempo. Karna, ataque essa barreira até que ela caia. Não exagere, poupe seu potencial para a batalha que se seguirá.

- Como desejar, meu mestre. - diz Karna, com uma leve prostrar de respeito, preparando seu fogo para esmagar a barreira.

- O que faremos, mestre? - diz Arturia, com expressão de preocupada.- Posso sair agora para enfrentá-los, se quiser!

Ryushido desliga o interfone. O choque entre a amizade, a lógica, a ambição, o poder e o senso de humanidade da situação deixa Ryushido perplexo. Seria ele realmente o único a valorizar a vida daqueles com quem se importa? Não haveria mesmo outra alternativa além da morte?

- Arturia...

- Sim, mestre?

- Tenho um plano. Para ele funcionar, precisas conhecer uma parte do meu repertório mágico. Tenho um arsenal diversificado, dentre minhas capacidades estão as magias de criação. Desenvolvi uma variação que manifesta apenas a forma da mana, sem revelar o que realmente está escondido por debaixo da nuvem de mana.  Garlen é um oponente perigoso, é meu amigo. É não... era ! - diz Ryushido, gritando a palavra era com uma expressão de ira- Vou matá-lo com minhas próprias mãos...

- Mestre... entendido.

- Venha, sabre. Vamos para o salão principal. - diz Ryushido, estalando seus dedos e conjurando um feitiço- Trace... on... - suas vestes se transformam em uma roupa branca com detalhes em azul e uma capa vermelha.- Está na hora.

Fate: a grande cruzada da humanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora