T1.E28 - Verdades (Parte II)

135 7 0
                                    

No dia seguinte Maite chegou tensa ao colégio, todos a olhavam e ela tentava ignorar, ela logo viu Raquel e foi até a garota.

- Você não tem palavra? - Questionou Maite.

- Eu? Não sei do que você está falando. - Falou Raquel com cinismo.

- Não? Eu fiz tudo da forma como exigiu e você divulgou o vídeo mesmo assim. - Falou Maite e os alunos ao redor já as olhavam.

- Fez tudo como eu pedi? Então porque você e William estavam se abraçando e se beijando na porta do seu prédio ontem? - Questionou Raquel.

- Isso... Ér... Não foi bem assim.

- Foi sim, eu vi. Se você descumpre um acordo eu também o faço. - Falou Raquel se aproximando de Maite com um tom ameaçador. - Você acha mesmo que eu não postaria esse vídeo? Eu só não ia postar tão rápido, eu não gosto de você e não perderia uma oportunidade dessa. - Disse Raquel em tom de deboche.

Maite ia retrucar mas a diretora Alice Salazar apareceu atrás de Raquel.

- Maite Perroni, por gentileza me acompanhe. - Falou ela visivelmente séria, Maite a olhou e a acompanhou ganhando um aceno debochado de Raquel.

Maite foi caminhando atrás da diretora em silêncio, ela já sabia o porquê daquela convocação. Quando chegaram a sala da diretora já estavam na sala Pascoal Gandía, o vice-diretor em pé ao lado da mesa dela, a diretora Alice logo foi para trás da sua mesa e se sentou, em frente a sua mesa haviam duas cadeiras e em uma delas estava William sentado de costas para a porta com a mão na cabeça.

- Entre e feche a porta senhorita Perroni, e sente-se. - Ordenou a diretora e assim Maite o fez. - Eu não quis conversar com vocês separadamente justamente para termos essa conversa em grupo porque o que aconteceu é algo extremamente grave e vocês já devem saber bem do que estou falando. - Disse a diretora e Maite assentiu com a cabeça olhando para baixo e William olhava para frente parecendo não acreditar naquilo. - Então o que vocês têm a me dizer sobre o que aconteceu? - Perguntou ela, Maite e William continuaram em silêncio.

- É um absurdo o que fizeram, uma pouca vergonha, essa viagem para a praia acontece todos os anos e é a primeira vez que algo assim acontece. - Disse o vice-diretor Pascoal.

- Senhora diretora, nós entendemos a gravidade do nosso ato impensado mas tudo pode ser explicado. - Falou William.

- Eu sei e é justamente isso que eu estou buscando, uma resposta para esse "ato impensado" que vocês tiveram.

- Diretora será que eu posso conversar com a senhora em particular? - Perguntou Maite e a diretora a olhou sem entender.

- Tem necessidade? - Perguntou a diretora e Maite assentiu. - Por gentileza os senhores podem se retirarem. - Pediu ela, Pascoal e William saíram da sala, Maite tinha sorte que a diretora era compreensiva e escutava antes de tomar decisões. - Pode falar agora.

- Primeiro gostaria de agradecer por atender o meu pedido. E eu queria dizer primeiro que o professor Levy não tem nada a ver com o que aconteceu, teve mas a culpa não foi dele. Eu sou a única e exclusiva culpada pelo ocorrido na piscina.

- Não é o que parece pelo vídeo senhorita.

- Eu sei mas isso tem uma explicação. Eu estava de olho no professor desde que ele chegou, ele é um homem muito bonito, é errado mas eu sou mulher e não pude evitar.

- Isso é verdade. - Falou a diretora sem pensar. - Ér... Digo... E?

- Bom, nessa noite do ocorrido do vídeo um homem que eu nunca tinha visto antes veio falar comigo de uma forma bem agressiva no bar durante a festa e o professor me defendeu, depois disso ele se sentou ao meu lado e pediu um suco, nisso eu vi uma oportunidade. Eu coloquei uma bebida um pouco forte e afrodisíaca no suco dele sem que ele visse. Depois eu ouvi ele conversando dizendo que estava cansado e que queria nadar um pouco após os alunos irem para os quartos, depois que ele foi pra piscina eu fui atrás, a bebida já tinha feito efeito, ele estava tonto e com um grande líbido. Foi aí que ficamos, é uma bebida forte e ele provavelmente nem se lembra direito de como aconteceu as coisas. Eu não me orgulho do que fiz diretora, mas eu sou a única culpada pelo o que aconteceu, foi um ato impensado e eu sei, mas seria injusto alguém ser responsabilizado por minha causa, o professor não tem culpa. - Contou Maite e a diretora a olhava tentando decifrar se ela dizia a verdade.

Money MoneyOnde histórias criam vida. Descubra agora