T1.E35 - Demissão

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Naquela noite seria apresentação de Tita que estava ansiosa como sempre, Anahí e Jade a ajudavam a terminar seu cabelo enquanto ela terminava a maquiagem, Dulce já havia saído com o mesmo homem de toda noite, as outras meninas já iam para o salão. Maite estava com um body preto simples e ao mesmo tempo sensual, cabelo solto, maquiagem leve, short jeans, um salto bem alto e maquiagem leve como sempre. O show começou e Maite dançava ao som de Buttons das Pussycatdolls. Maite estava mais sensual que nunca, estava deixando todos aqueles homens loucos e vidrados nela que rebolava bastante indo até o chão, Maite esqueceu completamente a vergonha e aos poucos foi se soltando até que todos pararam olhando para trás onde haviam um homem gritando que assustou Maite.

- Sua vagabunda nojenta! Imunda! - Gritava o homem.

Maite o olhou e ficou paralisada, aquilo não podia estar acontecendo. O homem então foi andando entre os outros, ele estava furioso e quando chegou bem próximo Maite pode vê-lo com nitidez, suas pernas e todo o seu corpo tremiam, ela estava pálida, engolia seco e ela era tomada por uma sensação de adrenalina que a paralisava. Era seu pai, não havia dúvidas, ela não estava vendo mal, era seu pai se aproximando do palco e a vendo ali em cima semi nua para outros homens. Ele estava furioso, ela nunca tinha o visto assim, ele não pensou duas vezes e subiu no palco, foi pra cima dela e a puxou pelo braço.

- Então é aqui que você trabalha sua vagabunda. - Gritava ele apertando o braço dela.

- Calma pai.

- Calma é o caralho, sua filha da puta. - Falou ele a segurando pelos dois braços e a balançando. - Você é uma vagabunda como a sua mãe. - Gritou ele e em seguida a deu um tapa na cara e a soltou empurrando e a fazendo cair no chão, os olhos de Maite ficaram marejados.

O pai de Maite estava extremamente nervoso, pareceria que ia explodir de raiva, suas veias pulavam e seu rosto estava vermelho, ele já ia partir para cima de Maite novamente quando os seguranças Jullius e Kill rapidamente subiram ao palco e seguraram o pai de Maite para evitar que ele a agredisse, Ninel foi até ela e a ajudou a levantar.

- Me soltem. - Gritavam o pai de Maite se debatendo. - Eu vou dar uma lição nessa mini vadiazinha.

- Você vai é pra fora agora. - Disse Jullius.

Os seguranças então levaram o pai de Maite para foram enquanto ele continuava gritando, eles não permitiram que ele entrasse novamente ameaçando chamar a polícia. Maite segurou o choro, passou a mão na roupa, ajeitou o cabelo e voltou para o palco, mais do que nunca ela precisava daquele emprego.

No final do expediente, por volta das cinco horas da manhã o bordel fechava e todos iam recolhendo as coisas, as meninas começavam a ir para o camarim mas Maite já havia saído. Anahí foi uma das primeiras a sair do salão e ir para o vestiário se arrumar, quando entrou ela ouviu um choro baixinho e abafado mas desesperado. Anahí foi procurando aquele choro até encontrar escondida no fundo do vestiário encolhida num canto Maite com a maquiagem toda borrada e chorando abraçada as pernas.

- Amiga. - Falou Anahí ao encontrá-la e em seguida foi até ela. - Sinto muito. - Falou Anahí se sentando ao lado da amiga e a abraçou.

- Eu não sei o que fazer agora, não posso ir pra casa, eu tenho medo. - Falou Maite entre lágrimas, Anahí pareceu pensar um pouco e logo voltou a falar.

- Vem morar comigo então. - Falou Anahí.

- Que?

- É genial. - Disse Anahí animada se levantando. - Tem um quarto no meu apartamento sobrando, ele tá fechado, nunca foi usado.

- Eu não sei Annie.

- É perfeito May, aquele quarto tem que ser seu. - Dizia Anahí. - Vai ser ótimo morar com você e a Dulce, e não tem aluguel, nós pagamos apenas as despesas de gastos normais.

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