T1.E29 - Apoio

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- A justiça liberou a Dolores para a adoção. - Falou a Madre deixando Dulce em choque com aquela notícia.

- Que? Como assim? Eles não podem fazer isso.

- Podem sim querida. O juiz determinou que a Dolores não pode ser reintegrada na família de origem por motivo de falta de condições sociais que proporcione uma educação e formação da criança como cidadã mexicana, sendo assim ela deve ser liberada para adoção e assim ser reintegrada a uma nova família, sendo criada e educada em um ambiente que tenha condições financeiras, sociais e morais para recebê-la. - Falou a Madre lendo o comunicado que havia recebido.

- Eles não podem fazer isso madre, ela é minha irmã. Meu Deus!

- Eu sei querida, mas eu não posso fazer nada.

- Ela vai ser transferida?

- Não, ela continuará aqui, mas como as outras meninas também poderá ser adotada.

- Eu não posso acreditar nisso. - Falou Dulce passando a mão na cabeça já com os olhos marejados. - Eu... Minha irmã... Eu não acredito nisso.

- Dulce, eu sei que é uma situação complicada mas tem mais uma coisa ainda. - Falou a Madre com cautela.

- Mais?

- Você não pode mais visitar a Dolores.

- Como é que é?

- De acordo com o comunicado você fica proibida de fazer visitas regulares a Dolores porque eles acreditam que isso possa atrapalhar ela no processo de desvinculação e adaptação a uma futura nova família, a justiça entende que você não é uma boa influência pra ela. - Explicou a Madre.

- Eu... Eu... Eu não posso acreditar nisso... - Falou Dulce.

- Eu permiti sua visita hoje, mas foi a última.

- Madre eu não posso ficar sem ver a minha irmã, ela é tudo o que me restou. - Falou Dulce já deixando algumas lágrimas escorrerem.

- Eu sinto muito minha filha, mas não sou eu que tomo essas decisões. Se eu pudesse te entregava a Dolores, mas não é a assim que funciona.

- Que droga! - Falou Dulce chorando e em seguida saiu sem dizer mais nada.

Dulce começou a andar de volta pra casa enquanto chorava bastante, ela estava sem rumo, não sabia o que fazer diante daquilo, ela então se sentou no passeio, colou o rosto apoiadas na perna e continuou chorando sem parar. Passado-se cerca de dez minutos Dulce já estava sem forças para chorar, porém continuava ali, perdida. Ela então sentiu uma mão tocando seu ombro, ela se virou e encontrou a imagem de Christopher a olhando se entender.

- O que você tá fazendo aqui? Tá tudo bem? - Perguntou ele.

Dulce não disse nada, ela apenas se levantou e o abraçou, Christopher correspondeu ao abraço a abraçando forte.

- O que foi? - Perguntou ele se afastando um pouco e passando a mão no rosto dela.

- Posso te pedir uma coisa?

- Claro!

- Me leva pra algum lugar.

- Levo!

Christopher a pegou pela mão e a levou até seu carro, abriu a porta para ela, Dulce entrou e em seguida ele foi para o banco de motorista e saiu dali.

*---*---*---*

May chegou em casa cansada sem acreditar em tudo o que estava acontecendo, na sala haviam roupas jogadas, algumas de mulher, o silêncio reinava ali. Ela subiu para seu quarto, deixou sua mochila no chão e foi até o banheiro e quando abriu havia uma mulher que ela nunca havia visto antes sentada no vaso.

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