Um Castiel resmungão e apaixonado para cada ocasião

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Porém, com sorte, Castiel consegue agarrar meu pulso esquerdo com muito esforço, fazendo com que eu não caia.

- Você é um péssimo montanhista. - ele força um sorriso, mas seu olhar de preocupação não mente.

- O-o quê? Montanhista? - pergunto com o nervosismo entalado em minha garganta.

- Eu tô zoando. - ele diz em resposta, com um sorriso, mas sua expressão logo muda e ele se direciona ao guia. - Ô, SEU FILHO DA PUTA!!

- NÃO OFENDE A MINHA MÃE!! - o maluco grita em retorno e o ruivo dá de ombros.

- VOCÊ TEM IDÉIA DE QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO? COLOCANDO A VIDA DE PESSOAS EM RISCO? FALA SÉRIO, O SENHOR ENLOUQUECEU?! - ninguém o interrompe, talvez seja porque estávamos todos querendo dizer a mesma coisa. - EU JÁ FALEI QUE SE ALGUÉM CAIR DAQUI É CAPAZ DE MORRER? VOCÊ ACHA MESMO QUE TODOS AQUI TEM O "DOM" DA ESCALADA? - o guia se cala. - EI, TÁ VENDO AQUELA LOIRA OXIGENADA ALI? - ele aponta para Ambre, que sibila algo. O guia-a olha. - ACHA MESMO QUE ELA CONSEGUIRIA ESCALAR SÓ COM UM CAPACETINHO DE MERDA E UMAS LUVINHAS VELHAS? E AQUELE CARA ALI COM OS OLHOS DIFERENTES? - ele aponta para Lysandre. - ELE É UM MÁXIMO E EU, PELO O MENOS, NÃO GOSTARIA QUE ELE MORRESSE. O SENHOR GOSTARIA DE SER O RESPONSÁVEL POR SUA MORTE?! - o guia balança a cabeça. - É, EU IMAGINEI. ENTÃO AGORA, OU O SENHOR NOS MOSTRA ALGUM OUTRO CAMINHO ALTERNATIVO, OU ESTEJA PREPARADO PARA O TRIBUNAL, PORQUE ISSO AQUI É MOTIVO DE PROCESSO!

- Bom, é... te-tem um outro caminho - o guia está branco e fala baixo. - , podemos ir por lá se o senhor quiser... - Castiel sorri com deboche.

- EU NÃO TE OUÇO DAQUI! - ele grita.

Nós descemos calmamente. A descida com certeza é bem mais fácil que a subida e Castiel fica bem mais atencioso após o ocorrido.

Ele para na frente do guia e usa sua altura como vantagem para assustá-lo.

- O que você tinha dito? - o ruivo pergunta.

- É, e-eu disse que existe um outro caminho. Nós podemos ir por ele, se o senhor quiser...

- Sim, sim, eu quero. - Castiel franze a sobrancelha e morde o lábio inferior. Ele fica tão sexy desse jeito.

O guia entra em uma caminhonete e aceita, sem muitas opções, guiar o ônibus e fazer seu trabalho. Antes de subirmos, Castiel puxa meu braço.

- Você prentende pagar ele? - faço que sim com a cabeça. - Não pague e, se ele reclamar, ameaçe processá-lo.

- Não sei não, acho que isso daria problemas. - respondo coçando minha nuca.

- Problemas? Você quase se machucou seriamente e os equipamentos desse maluco são péssimos. Ele quer fazer uma escalada como proposta de passeio, mas não tem nem recursos e aposto que também não tem uma autorização. Isso sim é um problema. - acabo concordando com Castiel, ele está certo.

- Desde quando se tornou tão responsável? - pergunto com um sorriso de canto.

- Desde que ganhei um namorado para proteger. - ele beija minha testa, o que me faz corar instantaneamente. Espero que ninguém tenha visto, principalmente Ambre.

A diretora chega ao nosso lado.

- Parabéns, senhor Castiel. - ela estende a mão ao ruivo. - Você conseguiu, surpreendentemente, proteger os alunos da Sweet Amoris e evitar um caos.

- Diferente de você. - ele murmura e sorri debochadamente. Ela apenas assente e entra no ônibus.

Nós mal nos sentamos e Castiel já começa a resmungar, mas estou tão cansado de tudo isso que apenas pego no sono, procurando escapar de todos esses problemas com minha família, meu relacionamento com Castiel, as ameaças da diretora, esse guia maluco, o fato de que se algo com esse passeio der errado todos botarão a culpa em mim, Ambre e suas desavenças... ai, será que pode piorar?

O Moço da gravata e o Cara da jaqueta - Nathaniel x CastielOnde histórias criam vida. Descubra agora