Seu precioso Ford Cortina preto

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Castiel afasta seus lábios de meu corpo e se senta em cima de mim.

- Mas não hoje, loira.- ele diz. Eu fico de queixo caído e, honestamente, uma leve fúria domina meu corpo.

- VOCÊ ME DEIXA ERETO PARA NÃO FAZER NADA?!- eu pergunto raivosamente.

- Você ainda não está preparado.- o ruivo sai de cima de mim, abre a porta do carro e desce, fechando a mesma logo em seguida. Rapidamente, eu pego minha mochila, saio do carro e bato a porta com força.

- Eu não estou preparado?- digo, puxando o braço do ruivo, com raiva.

- Nathaniel, eu nem desabotoei a sua camiseta, não faça drama!- ele puxa seu braço e sai andando, em direção a porta da frente de sua casa. Ele para, se vira e me olha.- E outra, íamos sujar todo o meu carro.

- Grande coisa!- eu exclamo. Ele se aproxima de mim e pega em minha mão, me arrastando para a frente da casa. Embora eu esteja puto, não consigo me conter com o sentimento das mãos grandes e ásperas do ruivo encostando as minhas. Castiel pega suas chaves do bolso e abre a porta.

Apenas quando entro na casa, percebo que ela é enorme e não muito bagunçada, não tanto quanto eu imaginava.

- Aqui ,na parte da frente, temos a sala e a cozinha.- disse Castiel.

Na sala, se encontrava um sofá de couro bege em forma de "L", junto da TV com umas sessenta polegadas. Sendo separada por uma pequena escadinha, estava a cozinha, com uma parte especial para preparar comidas e outra com a mesa, cheia de tralhas por cima. Mais para frente, havia uma enorme escada, que dava para o segundo andar.

Castiel deita no sofá, pega uma latinha de chantilly em cima da mesa de centro e coloca em sua boca. Eu o olho com a sobrancelha franzida.

- Tá, você não vai me apresentar lá em cima?- pergunto.

- Você já é bem grandinho pra isso.- ele mia, com seus pés apoiados na mesa de centro.

- Ai, eu mereço...- murmuro.

Deixo minha mochila ao lado do sofá e subo as escadas sozinho, logo me deparando com um longo corredor escuro.

- CASTIEL, ONDE É A LUZ DISSO?- eu grito com medo.

- TEM MEDO DO ESCURO, NATH?- ele provoca.

- VEM LOGO!- eu respondo.

Ouço passos e, por mais que eu saiba que é o Castiel, me bate um certo medo. Sinto alguém me abraçar por trás.

- Buh!- a pessoa susurra em meu ouvido esquerdo. Eu dou um leve grito e a luz acende.

- CASTIEL!- eu digo depois de meu susto. O ruivo se afasta e dá gargalhadas, que me deixam furioso.

- Desculpa, desculpa...- ele pede rindo.- Eu só queria...- ele se aproxima e deixa sua boca colada em meu ouvido.- brincar com você.- sussurra de uma maneira que me deixa arrepiado.

- "Desculpa, eu não eu estou pronto."- zombo criticamente. Ele começa a dar leves beijos em meu pescoço. Pego seu cabelo e puxo o para trás, fazendo o se afastar. Ele reclama de dor.- Não vai me provocar tão fácil assim...- eu digo, enquanto ele sorri maliciosamente.

- Adoro garoto difícil!- exclama. Eu apenas saio andando para conhecer o andar.

Na primeira porta a esquerda, encontra-se um grande banheiro que, por incrível que pareça, está impecável. Na porta a direita, está um quarto que, ao meu ver, é o de hóspedes. Ao lado deste quarto, um pouco mais distante, está localizado outro quarto. Apenas pela bagunça, móveis e pôsteres presentes, já consigo ver de quem é o cômodo: Castiel. Na frente do quarto do ruivo, ao lado do banheiro, mas um pouco mais afastado, está outro quarto: os dos pais de Castiel. Ao meu ver, os pais do ruivo são até que organizados. De quem será que Castiel puxou? Será que ele é adotado?

O Moço da gravata e o Cara da jaqueta - Nathaniel x CastielOnde histórias criam vida. Descubra agora