I need you, Castiel

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- Ora, ora. Parece que o famoso Nathzinho também tem seu veneno.-mais debochado que o Castiel, impossível.

- O que você está fazendo aqui?- antes dele responder, ouvimos batidas na porta seguido de: "CASTIEL, ABRA ESTA PORTA JÁ!! VOU CHAMAR O MEU PAI!"

- Bom- ele responde-, sua irmã começou a se aproximar de mim e tentou me beijar. Fiquei desconfortável e vim para o seu quarto.

- Como se você fosse ficar muito confortável no meu quarto.- eu cruzo as pernas sobre a cadeira e ele se apoia na parede, ao lado da porta.

- Nisso você está certo. Mas o que é melhor, ficar em um quarto com uma garota mimada, ou ficar em um quarto com o cara certinho da gravata?

- Bom ver como você me chama.- eu descruzo minhas pernas, viro a cadeira e contínuo fazendo minhas tarefas.

- Diga-me se estou errado?- ele me olha convencido, lanço o um olhar e me calo.

Castiel começa a perambular pelo meu quarto. Ele pega um quadro que tem em cima de minha cômoda.

- Você só tem fotos suas?- pergunta.

- De quem mais eu botaria fotos?- eu respondo, não dando muita atenção.

- Sei lá, você não tem amigos? Ou quem sabe, sua família. As pessoas ado--

- Por que eu botaria fotos da minha família?- eu o corto e começo a prestar mais atenção.- Eles me odeiam.

- E você não vai fazer nada para mudar isso?- o ruivo pergunta.

- O que poderia fazer? Se levanto um dedo já sou espancado!- lágrimas começam a rolar pelo meu rosto.

- Porra, cara, foi mal tocar no assunto.- Castiel diz. Sinto um tom de decepção em sua voz. Limpo o meu rosto e engulo minhas lágrimas.

- Você se desculpando? Nunca imaginei essa cena na minha vida!- eu brinco e ele ri. O riso de Castiel é tão encantador!

Um silêncio que emanava pelo quarto é quebrado quando ele puxa um assunto, novamente.

- Acho que esta é a primeira vez que temos uma conversa sem ser: "Por favor, Castiel, assine a ata" e "Não vou assinar porra nenhuma. Vai fazer eu engolir-la?".- ele diz.

- Isso é estranho, porém verdade.- eu o olho enquanto o mesmo sorri. De alguma forma, não sei qual, Castiel consegue arrancar um sorriso de meus lábios sem com que saia se quer uma palavra de sua boca, apenas um mero sorriso.

Ele ia dizer algo mas é interrrompido por meu pai, que começa a gritar e bater na porta.

- NATHANIEL, ABRA JÁ ESSA PORTA, MAS QUE CARALHO!! NEM DEIXAR SUA IRMÃ SER FELIZ TENTANDO TER UM GAROTO VOCÊ CONSEGUE! DO QUE ADIANTA TER UM FILHO ENTÃO?- nesse mesmo instante, sinto meu mundo desabar. A vergonha que estou na frente do Castiel e o medo de ser espancado depois são surreais.

Começo a tremer de nervoso e abro a porta. Meu pai está prestes a me dar um tapa, mas Ambre mia atrás dele.

- Pai, o Castiel.- ela faz um beiço e meu pai baixa sua mão.

- Acho melhor eu indo.- Castiel diz desconfortável e vai para o quarto de Ambre pegar sua mochila.

Ouço a implorando para o mesmo ficar, mas ele simplesmente dá de ombros, se despede da minha mãe e vai embora.

Meu pai entra em meu quarto e fecha a porta. Ele vai me empurrando enquanto eu dou passos rápidos para trás, sendo encoxado na parede. Me olha com um olhar demoníaco e me xinga de uma forma rude, por não ter aberto a porta antes e ter sido um filho decepcionante.

O Moço da gravata e o Cara da jaqueta - Nathaniel x CastielOnde histórias criam vida. Descubra agora