XVII

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Jorge procurou horas por Luíza mas não sabia se alguém a teria a ajudado ou se aproveitado da situação da garota.
O fato é que ele não a alcançou e isto estava  o atormentando.

- calma Jorge, esta garota não  pode ter ido tão  longe. - Carrilho disse o olhando andar de um lado para o outro

- você  não  entende Carrilho, esta garota era nossa chance de pegar aquele maldito  Caleb, Desirée a venderia para ele e então chegaríamos a aquele esconderijo.

- Ela já vendeu tantas  garotas  e nunca conseguimos  nada.

- Esta era diferente, Desirée me pediu para seduzi-la  estavamos em vantagem. Quando  eu tivesse a confiança dela poderia obter  informações valiosas.

- E  aquele velho Sérgio?

- também não sabe da garota, Desirée deu um jeito de despacha-lo

- ela é  um cúmplice dela?

- não, um pobre coitado que acredita que ela sobrevive dos lucros daquela pensão  miserável e leva hóspedes com a intenção de a ajudar.

- Desirée não desconfiou de nada sobre você?

- nunca, ela quis pressionar a garota para se prostituir e acabou a espantando.

- ela está por perto Jorge, temos que procurar  melhor

- Carrilho presta  atenção no que eu vou dizer agora. - Jorge o chamou detalhando o plano que tinha em mente

- Está louco Jorge? O que isto tem a ver com o caso?

- você é burro carrilho? Ela está nas ruas sem onde morar, vamos atrai-la até a toca do lobo.

Jorge sorriu tendo certeza de que seu plano não tinha como dar errado.

Havia anoitecido, Gabriela não  sabia o que  fazer,  não haviam mais  lágrimas  ou vontade de chorar.

Adentrou um restaurante pequeno chamado La Pier,  quando ela já não tinha esperanças. 
Mas continuou pedindo  por emprego, se ofereceu para lavar os pratos  em troca  do jantar.

- sinto muito garota mas já  temos funcionários o suficiente por aqui. - a velha cozinheira disse

- Eu posso ajudar em várias tarefas, eu só  preciso de um lugar para dormir e um pouco de comida. - ela implora desolada

- Olha eu vou te ajudar, pode limpar e organizar a cozinha para mim em troca  te dou o jantar e a deixo passar a noite no quartinho dos fundos. Mas não  posso fazer mais que isto, o dono daqui não  gosta de estrangeiros e não  a permitiria ficar, te agrada ?

- já  está ótimo! Muito obrigada! - ela a abraçou forte e derramou algumas lágrimas

Após tudo organizado, Leonice a levou para o quartinho e a entregou uma toalha de banho.

- Aqui será seu quarto  esta noite, amanhã assim que  amanhecer você  deve ir, tenha cuidado nas ruas daqui- ela a acaricia a mão com delicadeza

- prometo que quando o dia clarear eu vou ir embora.

- Seu jantar eu vou trazer quando  sair do banho.

- obrigada Leonice, eu prometo que será recompensada por isto.

- não se preocupe comigo, tone um banho e descanse um pouco se não conseguir nada, volte amanhã a noite para dormir novamente.

4 dias depois...

- Oi eu vim pela vaga de secretária

- claro, pode entrar e aguardar - Rosina sorriu ao olhar para a garota

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