XXXIV

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Gabriela ficou enfurecida, estava excitada, molhada e pronta para ele.
Caleb era um desgraçado! Ela jurava para si mesma que quando ele voltasse não se entregaria a ele.

Mas ela sabia que isto era mentira, ela não  resistia ao cheiro e ao toque dele, aquele homem era sua perdição.

Como sua tia Mônica se recusava a se deitar com ele? Ela não  conseguia entender.

Caleb chegou horas depois, estava quase anoitecendo quando ele destrancou a porta

- como vai minha bela? O cantinho do pensamento a ensinou alguma coisa? - ele cheirava a bebida e um doce perfume feminino

- me solte ! - ela pediu

- não quer brincar um pouco?

- quero que você  me solte

- não  vou solta-la até dizer que quer fazer amor comigo - ele disse a beijando a nuca.

- eu não quero nada contigo Caleb - ela disse fria

- o que foi? Por que está assim distante?

- você cheira a perfume de mulher, acha mesmo que vai me deixar presa aqui, foder quantas vadias quiser e eu vou estar aqui esperando como uma cadela no cio ?

- Estamos casados e eu não sabia? - ele disse libertando os braços dela.

- então  eu posso fazer o mesmo? - ela disse caminhando até  o banheiro

- não, você é  minha - ele disse a seguindo

- não por muito tempo Caleb, estou quase livre.

- e o que fará quando isto acontecer? Vai atrás do policialzinho de merda que se quer sabe se você está viva ou morta?

- isto já  não será  mais problema seu Caleb, talvez eu vá  para as ruas me prostituir até ter dinheiro para finalmente sair deste inferno! - ela gritou fechando a porta

Caleb notou as lágrimas descendo por sua face e desejou não ser o causador de tudo isto.

- Gabriela abra a porta, eu quero falar contigo. - ele pediu e foi ignorado

Ela deixou a água morna cair sobre a pele, esfregou o corpo com repudia queria tirar o cheiro dele, eliminar o toque, o desejo e tudo que lembrasse aquele homem que estava embriagando seus pensamentos.

Fechou os olhos ignorando a voz dele gritando por seu nome, mas em algo ele estava certo o que ela faria quando saisse dali?

Ela saiu do banho e se vestiu, procurou por ele e concluiu que ele estivesse no escritório, era seu lugar preferido na casa.
Abriu a porta pesada de madeira e o encarou

- Caleb você vai me ajudar a ir embora,  e quero isto para ontem. -  ela disse olhando para ele sentado na poltrona acolchoada, fumando seu charuto cubano.

- Está  louca? Eu não  vou  te deixar ir embora - ele disse se levantando e deixando o charuto no cinzeiro.

- louca para voltar para casa e ser novamente dona da minha vida.

- você ainda tem 10 dias aqui, e não abro mão de sua companhia.

- em nome da amizade e consideração que teve por meu pai, vai me liberar destes dias e me ajudar a ir embora. Eu não  posso mais ficar aqui Caleb.

- E se eu disser que não  quero que você vá embora?  Que sentirei sua falta - ele se aproximou a encarando

- e porque  isto? Eu sou apenas uma companheira sexual, e pelo seu cheiro de perfume doce e extravagante isto não  irá lhe faltar quando eu for embora. - disse com um nó  na garganta

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