Capítulo 11

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Ilara já estava se preparando para dormir, quando resolveu pegar o seu celular e percebeu que havia uma solicitação de amizade no fecebook.

Ao se dar conta de quem se tratava, sente o seu coração disparar e um friozinho começa a tomar conta de sua barriga.

" Michelle Oliveira" Ilara ficou repetindo esse nome várias vezes em sua mente.

Estava confusa naquele momento. Depois daquela conversa com sua mãe, parecia que em sua cabeça tudo estava bagunçado.

Se sentia estranha ao se encontrar com sua professora, mas isso não queria dizer que ela gostava da mesma.

Ilara era tímida, talvez esse fosse o motivo para se sentir assim tão desconfortável.

Tinha pensado em não aceitar o pedido de amizade de sua professora. Pois era uma vontade tão grande de fugir de Michelle. Tinha medo de aproximação, não queria ter mais contato com Michelle. Além daquele que tinha na sala de aula.

Talvez Ilara estivesse exagerando, porém, estava com medo daquele sentimento confuso, que lhe invadia ao ter contato com Michelle.

Mesmo diante de tantas confusões, Ilara aceitou o pedido de amizade de sua professora. Resolveu tentar entender, o que estava acontecendo consigo e para isso não podia fugir.

Ao se acomodar confortavelmente em sua cama, Ilara fecha os seus olhos, mas acaba os abrindo em seguida. O seu pai havia chegado e os gritos passaram a tomar conta do ambiente.

Teria mais uma noite mal dormida. Não era fácil sentir medo e angústia toda vez que seu pai aparecia em casa.

Augusto parecia transtornado, gritou, quebrou alguns objetos e acabou descontando em sua mulher toda a sua fúria.

Ilara e Gustavinho tentaram impedir o seu pai, no entanto, o senhor era severo demais e acabava ameaçando os seus filhos.

A noite passou nem um pouco tranquila naquela casa. Os olhos estavam vermelhos...Vários objetos estavam quebrados.

—Hoje vou chegar mais cedo do trabalho—Augusto falou e todos o olharam—Vamos a um jantar e quero todos vocês arrumados às 7:00 horas em ponto—Avisou enquanto tomava o seu café.

Todos se olharam... Ainda estavam tentando voltar a normal depois da noite horrível que haviam tido, mas era difícil.

Helena fazia o seu trabalho naquela manhã quase mecanicamente. Não conseguia encarar os olhos de seus filhos em nenhum momento. Sentia vergonha. Vergonha da situação da qual se encontrava.

Ilara tentava entender o porquê de sua mãe se sujeitar a toda aquela situação, mas era muito difícil. Muito difícil... Ela também se sentia uma incapaz, pois não fazia nada para ajudar a sua mãe. Ela era a filha mais velha deveria fazer algo. Mas o quê?

—Jantar onde, Augusto?— Helena se aproximou do marido para poder colocar mais café na xícara do mesmo.

—Comemorar a chegada de Ester— Augusto falou e logo em seguida sentiu um líquido quente lhe queimando a pele— Droga, Helena, você me queimou— O homem se levantou da cadeira as pressas.

—Me desculpa, Augusto—Helena tentou se aproximar do marido.

—Não se aproxime... Por que toda vez que falo da Ester você fica assim?—Augusto perguntou e todos passaram a encarar Helena, que estava com as mãos trêmulas. Não queria pensar na possibilidade de se encontrar com Ester.

—Eu... Eu... —Helena não sabia o que dizer. Se sentou em uma cadeira e tentou se acalmar. Augusto e seus filhos continuavam lhe encarar— Não gosto dela— Mentiu, queria que seu marido não viesse com mais perguntas.

Minha doce Ilara (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora