Capítulo 43

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No dia seguinte, Ester estava no hospital com Ramon, um contador conhecido de sua família, contratado para analisar as contas do hospital. Tinha feito isso, pois, antes de sua chegada, o seu primo se metia muito onde não devia e como não confiava nem um pouco em Augusto, resolveu levar alguém de sua confiança para analisa-las.

— Realmente, Ester, tem alguns dados aqui que não batem – Ramon comentou enquanto olhava para algumas tabelas.

— Tinha quase certeza que você iria me dizer isso – Ester começou a se lembrar da conversa que havia tido no dia anterior com Helena e passou a sentir ainda mais raiva de seu primo.

—Você desconfia de alguém?

—Sim, tenho quase certeza que meu primo está por trás disso, mas ainda não posso afirmar nada – Levantou da cadeira onde estava sentada e começou a organizar os papéis.

—Acho que seus pais e seus tios não vão ficar nada felizes com essa novidade – Ramon é um senhor de 65 anos, costumava frequentar os eventos organizados pelos pais da médica.

— Creio que não, Ramon, mas o meu primo não é como as pessoas pensam – Disse com total convicção.

— Você ainda não pode provar nada ainda, Ester, só temos suspeitas.

—Não me refiro somente a isso.

— Augusto anda fazendo mais coisas erradas? – O homem ficou surpreso, pois Augusto sempre teve uma bela imagem naquela cidade. Todos o consideram um homem correto e um bom pai de família.

— Sim, mas ainda não posso comentar nada a respeito – Ester guardou os papéis dentro de uma pasta e começou a pensar em como iria fazer para acabar com a fama de seu primo de bom homem.

— Entendo – Ramon se levantou – Precisando de minha ajuda pode me contatar. Estarei a sua disposição para tudo que for preciso.

— Fico grata, Ramon, pois precisarei de sua ajuda.

Após a saída de Ramon, Ester volta a se sentar.

— Eu preciso achar um jeito de tirar esse homem de perto de Helena – A médica não queria deixar Helena mais nenhum minuto com Augusto, no entanto, não sabia como agir, pois sua amada não queria denunciá-lo.

Augusto era pai dos filhos de Helena, mas a coisas não podiam ficar daquela forma. Sua amada não podia se sacrificar a ponto de viver sempre infeliz.

— Mesmo ela não querendo, eu vou colocar meu primo na cadeia e vou acabar com essa imagem de bonzinho dele.

***

Meio-dia

O carro de Michelle estacionou em frente à casa de Ilara e como sempre, Gustavo desceu do automóvel feito um foguete.

— Ele deve estar com muita fome – A garota disse tentado justificar o mal comportamento do irmão.

— Eu entendo ele – Michelle comentou e ficou pensando no que iria fazer a partir daquele momento. Estava com muita vontade de beijar a garota, no entanto, era sempre ela que tomava a inciativa. Já estava com medo de parecer invasiva demais.

Ilara estava sentindo a mesma vontade que a outra a mulher, mas não sabia o que fazer. Será que ela tentava se aproximar da outra mulher ou não?

Olhou para Michelle por alguns instantes. A mais velha estava linda, usando uma calça preta colada e uma blusa vermelha. Ao constar que sua professora estava linda demais, a garota ficou ainda mais sem jeito, mas ela estava com vontade de beijar a outra mulher, ela tinha que agir.

Minha doce Ilara (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora