Capítulo 13

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Em meio a tantas confusões aquela noite estava sendo desastrosa. A todo momento, Augusto discutia com seus pais e tios. Ilara que estava quieta em sua cadeira, tentava de todas as formas não direcionar o seu olhar para onde sua professora estava.

Ester ainda não havia chegado e isso estava deixando o clima nada agradável. Helena que tentava não falar nada durante aquele jantar e nem fazia questão de acalmar o seu marido, estava sentindo uma ansiedade muito grande dentro de si. Iria rever um grande amor do passado... Isso fazia as suas mãos suarem e o seu coração bater em um ritmo acelerado.

Quando já se passava das 8:30 da noite, Ester surgiu acompanhada por uma bela mulher loira. Aquelas duas mulheres chamaram a atenção de todos.

Ao ver Ester ao lado de uma outra mulher, Helena sentiu o seu coração falhar uma batida. Ainda mais porque a mulher que estava ao lado de Ester era muito bonita, bem cuidada, não era como ela, uma mulher que vivia só para cuidar dos filhos e do marido.

— Boa noite — Ester se aproximou da mesa de seus familiares, e falou com um tom rouco, que mexeu com a imaginação de Helena.

Naquele momento todos ficaram de pé, para poder cumprimentar a morena de 43 anos, magra, que tinha uma bela aparência.

Ao se deparar com Helena, Ester não foi capaz de emitir nenhuma reação, parecia que ela considerava Helena apenas como uma pessoa que havia feito parte de seu passado.

— Vejo que está acompanhada por uma bela mulher, hein, filha — Fagundes falou ao olhar para Marina ¬— uma mulher loira, 42 anos de idade, magra e era arquiteta.

— É uma amiga, pai — Ester ficou olhando para todas as pessoas presente, que ainda não haviam trocado nenhuma palavra com ela.

— Amiga sei ... — Augusto cruzou os seus braços ao resmungar.

— Filho — Amélia, mãe de augusto, falou.

— Deixa, tia Amélia, eu sei que o Augusto estava morrendo de saudade de mim — Ester quis provocar o seu primo.

— Saudades de você? Eu não sinto saudade de vadia não — Augusto começou a ficar irritado.

— Augusto, se acalme — Helena levou a sua mão até um dos braços de seu marido. Ao ouvir aquela voz de Helena, Ester a encara, e isso deixa Helena um pouco constrangida.

— Bom, como sei que meu primo é muito mal educado, nem vou respondê-lo — Ester falou e depois sorriu — Quem são esses dos jovens? Seus filhos, Helena?

— Meus filhos e quero que você fique longe deles — Augusto falou e seus pais reprovaram aquele comportamento.

Não demorou muito para todos voltarem a se sentar. Ilara se permitiu encarar a prima de seu pai por um tempo. Queria saber o porquê de sua mãe ficar tão estranha ao falar daquela mulher.

Ester notou os olhares de Ilara e acabou retribuindo algumas vezes... Ver aqueles dois filhos de Helena de alguma forma a fez sentir inveja de Augusto. Tentava fingir que Helena não a importava mais, que não pensava mais na mesma, porém aquilo em um determinado momento não foi mais possível.

Marina ao notar, o que estava acontecendo com Ester, segura a mão da mesma, e sorri gentilmente para a morena. Sabia o que estava se passando com a mesma, então queria confortá-la.

Helena ao ver aquela troca de caricias entre as duas mulheres, abaixa a sua cabeça, porém não demorou muito para sentir o braço de seu marido evolvendo-lhe os ombros.

Augusto queria mostrar para Ester e seus parentes presentes, que ele tinha uma família de verdade.

O jantar estava sendo uma completa tragédia, a todo momento havia discussão. Ilara e Gustavinho não estavam mais aguentando aquele clima.

Minha doce Ilara (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora