Sexta-feiraEram 6:30 da manhã, todos da casa de Ilara estavam à mesa e o clima estava muito estranho.
Helena parecia que nem estava naquele lugar, pois ficou várias vezes se perguntando mentalmente como ela iria sair com sua amada no dia seguinte. Ainda não sabia para onde iriam, mas Ester havia deixado claro no dia anterior que elas iriam começar a resolver suas vidas naquele dia.
Estava decidida a se separar de Augusto, fazia alguns dias que eles nem compartilhavam mais a mesma cama e seu marido parecia nem estar ligando muito parar isso, pois estava com maiores problemas para resolver.
Helena se sentia aliviada por conta da falta de interesse de seu marido nela, já que agora não iria mais nem conseguir fingir se caso ele quisesse ter relações.
Não amava Augusto e isso a cada dia estava mais evidente.
Ilara por ser a filha mais velha, percebia que sua mãe não tinha mais nenhum interesse em seu pai e ela entendia Helena.
Mesmo se algum dia aquela mulher tivesse amado Augusto, era muito difícil, agora, conseguir sentir o mesmo depois de todas as coisas que haviam acontecido.
Helena havia sofrido muito naquele casamento. Sofria violências físicas e psicológicas, mas mesmo assim, não odiava Augusto.
Talvez fosse uma mulher boa demais ou tivesse um pouco de consideração por por ter tido com aquele homem os amores de sua vida, que eram seus filhos. No entanto, ela não odiar Augusto não queria dizer que ela teria uma boa relação com ele após uma separação. O que Helena mais desejava naquele momento era ter Augusto bem longe de suas vidas e pagando por tudo que havia feito de errado.
— Hoje vou ao hospital e só irei retornar no domingo à noite — Augusto comunicou e todos acharam estranho.
— Você vai para onde, papai? — Gustavo perguntou, pois aquilo era muito estranho.
Helena queria fazer aquela mesma pergunta de seu filho, entretanto ficou com receio de Augusto achar que ela estava querendo se meter em sua vida.
Augusto ficou por um tempo pensado. Aquela ausência sua foi algo pensando naquela noite, nem havia inventado uma justificativa.
Das outras vezes, ele saia para ficar com suas amantes. Até tinha um caso mais sério com uma, pois seu casamento com Helena não estava mais lhe agradando, no entanto, daquela vez, ele queria resolver sua situação. Precisava achar uma forma de Ester não conseguir lhe culpar por nada.
— Irei fazer uma viagem a pedido do hospital. Atender uns pacientes em outra cidade — Percebeu que a mentira não estava convencendo muito — Você sabe filho. Por ser um ótimo médico, eu sou muito requisitado.
O único naquela mesa que acreditou naquela história mal contada foi Gustavo, por ser um pouco ingênuo demais, mas as duas mulheres sentiam que isso não era verdade.
O homem mais velho parecia muito nervoso e preocupado. Comportamento não muito comum para Augusto.
Ilara olhou para sua mãe, esperando que ela falasse algo a seu pai, mas a mulher mais velha nada disse.
Augusto saiu de casa e Helena nem fez questão de se despedir.
— Mamãe, a senhora ainda ama o papai? – Ilara indagou quando seu irmão saiu para ir se arrumar no quarto.
Helena que no momento estava lavando a louça, parou o que estava fazendo e ficou pensando no que dizer a sua filha.
—Pode dizer a verdade, mamãe, você o ama?
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Minha doce Ilara (Concluído)
RomanceIlara é uma garota de 18 anos, está no último ano do ensino médio e nunca havia se apaixonado por alguém até conhecer Michelle, sua professora de matemática, que lhe faz sentir vários sentimentos desconhecidos somente com um olhar. * Todos os direit...