Capítulo 17 – Apenas Um Final Qualquer
— Não estou dizendo que você me irrita... Só estou dizendo que às vezes eu quero socar sua cara até te deixar inconsciente.
— Isso lá é jeito de falar com o amor da sua vida, beta? — Greenfort perguntou me fitando com uma falsa surpresa. Ele sabia bem que aquilo era brincadeira e o quão feliz eu estava em ver ele depois de tanto tempo.
Bom, meus amigos. Depois do cio do gostosão e de eu ter marcado ele como meu, meu e só meu. Eu entrei em turnê. Isso ae, minha primeira turnê. Nem preciso dizer que eu surtei, Greenfort surtou, até a Rose surtou. Todos por motivos diferentes.
Eu surtei de felicidade.
Greenfort surtou de saudades.
E a Rose só entrou nessa pra não quebrar a vibe.
Primeiro ele não queria deixar eu ir. Dizendo que morreria de saudades e que não era humano da minha parte deixar ele assim, principalmente depois do cio. Ele até me chamou de canalha aproveitador, mas depois de uns bons tapas e algumas ameaças, ele sossegou e concordou que era o melhor pra minha carreira.
Claro que ele me ligava todas as noites e que nós ficávamos horrores no telefone, mas isso não era um problema. Quando a saudade começou a bater forte, eu ensinei ele a mandar nudes e trocamos vários durante o mês. E mesmo que aquilo não fosse o suficiente para matar a minha saudade, já era alguma coisa.
É claro que eu estava morrendo de saudade. E que cada segundo, parecia uma eternidade sem ele e eu tinha total noção do quão ridículo eu pareço falando essas coisas, mas a gente releva, porque gente apaixonada é burra.
Eu ainda não contei pra ele que estou com saudades, pra não dar o braço a torcer e também porque pelo menos um de nós tinha que ser forte e demonstrar que estava bem, e como ele parecia um filhotinho sem a mãe, eu tinha que ser o forte, que estava aguentando o trampo sozinho e de boa, que não estava sofrendo horrores por estar longe.
Tudo ainda era muito novo, digo, esse lance de relacionamentos e tals. Eu ainda não sabia todas as manhas e, de certa forma, estávamos descobrindo juntos. Tudo ainda parecia um enorme conto de fadas e eu ainda não conseguia acreditar em tudo o que tinha acontecido naquele cio, em como ele foi perfeito e em como eu amei sentar com for... Informação desnecessária, eu sei. Desculpa, me empolguei.
De qualquer forma, saber que eu era o suficiente e saber que ele estava marcado, me dava uma paz de espírito tão grande que, se isso não é o paraíso, eu não sei que é.
Eu descobri uma versão apaixonada e toda boba do homem viril e intimidante que eu já conhecia. Ele literalmente muda da água para o vinho e eu não posso mentir e dizer que eu não amo isso, porque seria uma puta mentira.
Os shows e entrevistas estavam sendo um sucesso, o CD já estava pra ser lançado e eu via meu sonho se realizando bem na frente dos meus olhos, quase tudo estava perfeito, quase. Eu ainda estava morrendo de saudades daquela ameba em coma e tudo parecia se intensificar com as fotos que ele mandava.
Não as do pau, seus pervertidos. Estou falando das fotos fofas que ele mandava do dia a dia. Como do copo de café que eu roubava todas as manhãs ou da cama intacta do meu lado. Pequenas fotos, que faziam meu coração se apertar por saber que eu estava longe.
E aí chegamos ao dia de hoje, quando eu saí de um pequeno show em Thule e encontrei ele no meu camarim. Todo sorridente, segurando flores e com roupas de gente normal, não aquele maldito terno, que deixa ele gostoso pra caralho, apesar que para deixar ele gostoso, não precisava de tanta coisa assim. De qualquer forma ele estava ali, o que significava que mais uma vez ele abandonou as empresas dele para correr atrás de mim.
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Senhor Certinho e um Beta Qualquer | LIVRO 7 | MY ABO UNIVERSE
FanficTentativa de Comédia | LIVRO 7 | MY ABO UNIVERSE Park Jimin On Ninguém nunca disse que ser beta era fácil, mas prometo de dedinho tentar transformar toda essa chatice em algo aceitável, mesmo porque de desgraça o mundo já tá cheio e não vou ser e...