Resolvendo o Passado

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POV Anastasia

- Tentei entrar em contato por e-mail mas todos os que eu enviava voltavam porque o seu endereço não constava, pensei em procurar seus pais mas a Ros me lembrou da raiva que seu pai possivelmente estaria sentindo de mim e acabei desistindo. A empresa estava passando por uma transição de programas e houve uma falha nos registros de telefonia, com isso todas as chamadas realizadas nos últimos três meses foram apagadas. Depois veio todo o problema da Ros e eu deixei tudo de lado, inclusive todo e qualquer assunto sobre você. Eu foquei só nela. Ros era a pessoa mais importante para mim naquele momento, ela e Andrea foram quem seguraram a minha onda todas as vezes em que perdi a razão. Quando Ros me contou que sabia do nosso namoro e quem era você para ela, eu fiquei sem chão. Minha vontade era de brigar com ela por saber o quanto eu estava sofrendo sem você e não fazer nada para me ajudar. Foi então que eu disse que se ela não havia me falado nada, até aquele momento, então eu também não queria saber de mais nada. Proibi a todos de falar sobre você, e quando falavam eu simplesmente saía de perto porque doía muito saber de você e não te ter. Por minha máxima culpa.

Christian vai falando e vou ouvindo tudo tentando assimilar, eu também proibi a todos de falar dele para mim. Não queria interrompê-lo mas as crianças precisam se hidratar. Desde que chegamos que eles só correm de um lado para o outro com as outras crianças. Eu também trouxe uma cesta assim a Ebe pode comer o bolo de chocolate que a Hannah fez. Pedi uma pausa ao Christian e ele concordou. Não acho que seja bom ter essa conversa aqui.

- Teddy venha traga a Ebe com você, querido. - Chamo um pouco alto pois estão brincando com outras crianças e a gritaria é grande.

É lindo ver os dois brincando. Teddy tenta explicar como se deve brincar já que Ebe, por ser novinha, não entende a brincadeira de pique. Ele até que tem paciência com ela.
Teddy vem trazendo a irmã pela mão e se queixa de que a pequena não sabe brincar.

- Mas ela está brincando amorzinho. - Ele vem para o meu colo e a Ebe também deixando o Christian com os braços estendidos no vácuo. - Ela é pequena e ainda não entende, ela acha divertindo correr atrás de vocês. Você também era assim quando tinha a idade dela.

Teddy me olha intrigado e Christian me olha estranho quando me refiro ao meu mini herói.

- Eu era? - Ele perguntou pegando sua garrafinha de água da minha mão. - Não me lembro.

Christian rir fazendo o Teddy interromper o seu consumo de água para olha-lo. Christian não sabe mas Teddy odeia que riam dele.

- É normal não lembrar. Eu também não lembro de quando tinha a idade da Ebe. - Christian diz e amansa a ferinha que estava prestes a se soltar.

Já ficou evidente que meu filho puxou a mim apenas na aparência e que o gênio todo é do pai.
Depois que as crianças comeram seus lanches Teddy voltou para a turminha que estavam brincando e a Ebe ficou aninhada no meu colo. Christian quis voltar a falar mas sugeri de conversamos a sós e ele concordou por ser um assunto que merece total atenção. Passamos a manhã toda no parque e na volta Teddy cismou que queria ir no shopping e Christian fez a sua vontade me contrariando.  Resultado? Passamos o dia todo juntos. Houve alguns momentos que eu achei que éramos uma família de fato.

Christian não aparentar ser o cretino com quem me envolvi. Talvez tenha sido pela mãe da Ebe ou pela própria Ebe que tenha mudado.

Já na volta para casa a bateria dos dois pequenos arriou, ambos dormiram ainda no shopping Christian carregou o Teddy no colo e eu a Ebe.
O Christian queria que fôssemos para a casa dele para continuar a conversa, mas até eu estou cansada e o pessoal voltarão amanhã para Portland, daí marcamos um almoço. Claro que não tenho ideia de como fazer para sair sem o Teddy, mas vou pensar em algo.