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POV Anastasia


Na manhã do dia seguinte, eu estava guardando minhas caixas no carro quando ouvi um carro estacionar na frente do meu. Fecho o porta malas.

- Ana? - Me viro para olha-lo.

- Christian, o que faz aqui? - Pergunto intrigada e curiosa para saber o que ele ainda pode querer.

- Ana, por favor, volta pra mim? Eu amo você. Sempre amei. Quando eu fiz o que fiz eu não tinha noção do que eu sentia por você...

- É sério? Isso é pior ainda. Agora é que não volto mesmo. Você flertou comigo e me pediu em namoro só pra ter alguém que pudesse te entreter? Foi por isso que me traiu, me tratou mal algumas vezes. Pelo fato de eu ser apenas um brinquedo?

- Não! Não é isso! Você entendeu errado... Eu...

- Chega! Christian, entenda que A-CA-BOU! Eu já te perdoei por tudo, agora me deixa seguir a minha vida em paz e trate de fazer o mesmo.

- Eu não quero seguir em frente. Eu quero você. Comigo.

- Isso você não vai ter. Acostume-se. Adeus Christian.

Entro no carro e dou partida, me distancio enquanto o vejo, pelo retrovisor, no meio da rua gritando por mim.
Dói deixá-lo porque eu o amo, mas não existe a menor condição de manter uma relação sem confiança. Já havia me despedido de todos ontem depois que cheguei da pizzaria, para poder voltar a Portland hoje cedo. Amanhã trabalho pela manhã e precisarei de um bom descanso.



Passaram-se duas semanas desde o meu ponto final com Christian, de lá pra cá meu problema estomacal piorou muito, andei muito ocupada com o meu trabalho nos últimos dias e não consegui marcar minha consulta.

Acordo me sentindo não muito bem. Era só que me faltava, adoecer assim que consigo emprego.
Há dias melhores e dias horrendos, como hoje por exemplo, com uma dor de cabeça como se não bastasse os outros problemas. Eu preciso marcar logo essa consulta.

Ando muito enjoada, vomito tudo o que tenho e o que não tenho ingerido, mas escondido dos meus amores, eu não os quero preocupados por conta de uma virose qualquer. Meu humor é dos piores, tão tal que nem mesmo eu me suporto. A única coisa que tem me acalmado é conversar com meus velhinhos. Se todos soubessem o quanto aprendemos com eles...

Depois de tomar meu banho e me arrumar, eu desço para tomar meu café. Óbvio que é só maneira de falar, já que a única coisa que meu estômago cismou de aceitar é suco de laranja e bolachas.

- Bom dia meus três amores!

Cumprimento ao entrar na cozinha, tentando ao máximo não demonstrar o meu mal estar.

- Bom dia! - os três respondem.

Eles se entreolham tentando disfarçar e depois me encaram, e claro que isso me deixa cismada, porém não me manifesto. Até tio Taylor abrir a boca.

- Como está se sentindo hoje princesa? - Os três me observam esperando a resposta.

Droga! Eles sabem.
Como não vai adiantar mentir...

- Estou bem tio e o senhor?

- Rose, não minta pra mim. -Suspirei vencida.

Eu definitivamente não sei mentir, ainda mais quando me chamam de forma séria e zangada. Sim, tio Taylor está muito zangado a pesar de só aparentar sério.

Resolvendo o Passado Onde histórias criam vida. Descubra agora