POV Christian
Quando o meu filho me mostrou o álbum e contou a história de cada imagem, eu senti tantos sentimentos misturados. Senti raiva de mim por ter sido o culpado de perder tudo, senti amor ao ver a barriga da Ana crescendo com meu filho, senti alegria por ver o entusiasmo do meu filho por me explicar sobre as fotos, senti tristeza pelo que realmente aconteceu quando o meu pequeno dizia que a mãe estava dodói.
Foi tão bom esse momento. Posso dizer que de certa forma presenciei um pouquinho da vida deles.
O orgulho em me contar que ele é o melhor da turma de natação. Mais aí ele veio, de novo, com a história de um irmãozinho. Olhei pra Ana meio esperançoso para poder, pelo menos, pensar no assunto. Porém ela deixou claro que ter outro filho não está nos planos dela. Isso me deixou triste demais, porque ao ver as fotos, senti uma necessidade de viver esse momento.Lógico que vou bater nessa tecla novamente, só que primeiro vou deixar ela pensar melhor na possibilidade.
Antes de dormir liguei para dar boa noite ao meu filho e a ela, como prometi ao Teddy, depois de falar com ele foi a vez da Ana, e quando mencionei que queria sim um outro filho ela não reagiu muito bem.Argumentou que eu estava sendo precipitado e insistente, disse até que a Ebe ainda é muito nova e por isso precisa de total atenção. Sei que ela tem razão, mas eu quero muito vivenciar as etapas da gravidez da minha mulher.
É pedir muito?Vou respeitar o tempo dela, é óbvio, mas eu quero e vamos sim, ter outro filho.
Ela se despediu e desligou. Sei que ela está irritada, amanhã vou almoçar com ela para acabar com o mal estar que ficou entre nós. Não quero ficar discutindo com ela, logo agora que voltamos a ficar juntos.Vou no quarto da Ebe e passo um tempo admirando a minha filha dormindo.
Ebe sem sombra de dúvidas é o meu porto seguro, não só ela, mas o Teddy e a Ana também. Sou tão grato a Andrea, por me deixar registrar a Ebe como minha filha. Evidente que o preço que tenho que pagar é caro, já que ela faz ouvido de mercador quando falo dos horários da Ebe estar em casa. Mas ela tem direito de estar com a sobrinha, de participar da vida dela com passe livre.Por falar em Andrea, ela ainda não sabe sobre Ana e eu estarmos juntos.
Ainda falando nela, é estranho ela não ter ligado esse fim de semana.
Quando ela some assim, geralmente é porque está aprontando.
Mas amanhã conversaremos. Apago a luz do quarto da Ebe deixando apenas o abajur aceso, pego a babá eletrônica e vou para o meu quarto. Apaguei praticamente logo que deitei.
❇️
Ao acordar com o choro saindo da babá eletrônica, me levantei e fui até o quarto da minha princesinha. Ebe estava chorando, em pé no berço e segurando a grade, quando me vê estica os bracinhos para que eu a retire do berço. Ela sempre acorda nesse horário de 6hs, troco a fralda dela e a levo para a cozinha e preparo a sua mamadeira, e quando está na temperatura adequada dou para a minha princesinha esfomeada.
Ebe sempre toma 1 mamadeira e meia quando acorda, e sempre sou eu quem dou. Faço questão. Ros e Andrea me ensinaram a trocar a fralda, dar banho corretamente, fazer o leite e as comidinhas que ela poderia comer. No começo foi bem difícil para mim, qualquer resmungo que Ebe dava eu queria sair correndo com ela para o hospital mas Ross sempre me impedia e me orientava. Quando Ros resolveu finalmente parar de trabalhar após escolher a Sra. Rodrigues para o seu lugar, foi um alívio enorme. Ela, durante a escolha, alegou que a Sra. Rodrigues tem pulso e não vai acabar com o legado dela, ou seja, eu seria monitorado pela Sra. Rodrigues que passaria todas as informações pra Ross.

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Resolvendo o Passado
FanfictionChristian e Anastasia têm um relacionamento curto onde houve entrega da parte dela mas nenhuma da dele. A relação acaba e Ana vai embora levando consigo, sem saber, um pedaço do Christian. Ela refez sua vida, foi difícil mas conseguiu exercer sua pr...