Hora do Show

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Capítulo 3 - Hora do Show

Ele não pode estar falando sério, né?

Cair? Nessa Coisa? Mano, como ele pode confiar em algo que fui eu quem fiz?

— Você está brincando né? — Perguntei o encarando e ele apenas sorriu, aquele sorriso descarado que me faz perder o sentido. Ele me abraçou forte e...Puta merda. Não acredito nisso. Eu vou morrer. Eu vou morrer.

Esse lúpus maluco se jogou do alto do balanço. Sabe desocupado, às vezes me perguntava, será que na hora de nossa morte, nossa vida passa mesmo diante dos nossos olhos? Agora eu tenho a resposta.

Sim. Ela passa. E a minha não teve nada de muito emocionante.

Durante toda a queda ele me manteve em seus braços, e porra. Eu ainda sou um ômega e gosto de me sentir seguro. Caímos naquela coisa e pensei seriamente que seria o meu fim, mas para minha surpresa até que aguentou bem.

Nós quicamos na rede e eu rolei — involuntariamente — para cima dele. Ele me olhava com aqueles olhos negros profundos e por alguns segundos esqueci como se respirava. Acho que ele percebeu minha cara de surpreso e assustado.

Primeiro por essa merda não ter caído.

Segundo por termos pulado daquela altura.

Terceiro por ele parecer estar acostumado com isso. — #cotidiano.

— Antes que pergunte, eu sempre confiro a rede antes do show. — Afirmou fitando minha boca. — Você não é muito bom em dar nós. — Sabe outra coisa que eu também não sou bom, miss perfeição? Em fica perto de você. Esse cara me tira completamente do centro.

— Que bom que estão se divertindo. — Essa desgraça nos assustou para um caralho. — O show está para começar e os bonitinhos aqui. — Namjoon falou ainda batendo palma. — Eu vou ignorar o fato de o senhor estar tão perto do meu filho e vou fingir que nunca vi essa aproximação. — Jungkook no mesmo instante levantou na rede me tirando de cima dele e me colocando sentado ao seu lado.

— M-me desculpe senhor Muller. — Pera. Isso foi um lúpus gaguejando? Em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece.

Talvez falar a fala de um desenho como o pica-pau não seja a melhor coisa para mostrar para você, desocupado de plantão, que eu sou maduro e responsável, mas vida que segue.

— Como eu disse antes Jones. Vou ignorar. — Meu pai falou se virando. — É isso ou matar o meu melhor acrobata. — Ele caminhou até a porta. — O que ainda fazem aí? — Perguntou se virando. — Quero distância entre vocês. — Voltou a caminhar até a minha pessoa que tentava sair da rede sem meter a cara no chão. — Vamos Jimin. Tenho que te dar a segunda dose do seu remédio. — Ele me pegou no colo e me levou para fora.

Sabe naqueles dramas quando você se afasta do amor da sua vida e fica aquele clima triste, cheio de bads? Me sinto em um drama. Se bem que minha vida poderia ser um filme de terror ou até aqueles filmes bostas gravados no fundo do quintal.

Fique longe do meu filho, Jones. — Saímos do recinto e ele me levou até sua sala. — Jimin. Filhote. Bebê. — Sim. Meu pai era incrivelmente babão. Ele era exigente, porém muito babão. Tentei revirar os olhos disfarçadamente e acho que ele não percebeu. — O que você estava fazendo com aquele lúpus safado? — Perguntou pegando alguns comprimidos e me dando.

Não respondi, porque não poderia dizer: Ele estava me ajudando a desobedecer a tudo aquilo que você sempre me falou. Sabe aquela parte de "ômega deve fazer o papel de ômega, que é baseado em casar e ter filhotes." Exato. Ele está me ensinando a ser um acrobata. Ah, mas não conta pra ele, porque ele também não sabe.

Circus - Jikook | LIVRO 6 | MY ABO UNIVERSEOnde histórias criam vida. Descubra agora