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Ella estava com o coração a mil. Então, ela estava ganhando os poderes que Merlin tinha. Estava se tornando poderosa mesmo. Mas sabia que o poder vinha com um preço, nada era de graça, e ela sabia que o preço a ser pago, era ela ter suas emoções descontroladas. Ella se estressava com facilidade, ficava com ciúmes, com ódio, com vontade de atacar alguém, e tudo isso com muita facilidade. Isso seria um grande problema.

Tinha mandado Naomi ir para o Corujal, e agora estava andando apressada pelas escadarias, quase que correndo. Sua mochila nas costas, a carta de Merlin na mão. Subiu ate as Gárgulas de pedra que guardavam as portas para o escritório de Dumbledore.

- Oi, eu preciso ver o diretor, é urgente. - Ella diz.

As gárgulas olharam para ela, os braços cruzados.

- Qual a senha?

- Eu... Eu não sei a senha.

- Qual seu nome?

- Elle Merlin.

Por um momento, as Gárgulas ficaram em silencio.

- O diretor espera por você.

Elas abriram caminho, e Ella saiu correndo escada acima. Parou na frente de uma porta e bateu ali, logo ouvindo a voz conhecida de Dumbledore.

- Pode entrar, Merlin.

Ela nem perguntou como ele sabia, sabia que ele e as Gárgulas tinham algum tipo de comunicação que ela não entendia. Entrou ali e fechou a porta atrás de si. O escritório de Dumbledore era cheio de quadros de antigos diretores pelas paredes, livros e objetos que Ella não conseguia nem tentar adivinhar o que poderia ser.

Dumbledore estava sentado em sua mesa, e Ella podia ver que a carta de seu avô estava aberta ao lado dele. Ele sabia, sabia que ela viria.

- Eu estava esperando por você, pode se sentar.

Ella tomou lugar na cadeira de frente para Dumbledore, deixou sua mochila de lado, no chão.

- Senhor, meu avô me pediu que viesse ate você, pedir ajuda em... Algumas coisas.

- Sim, sim. - Se recosta na cadeira, olhando a menina. - Segundo Merlin, você esta experimentando níveis de poderes que somente ele tinha experimentado antes, e esta tendo alguns problemas com eles. Me conte, senhorita Merlin, o que exatamente esta acontecendo, e desde quando?

A menina suspira.

- Começou nas ferias, professor. Comecei a fazer magia fora de Hogwarts, e como não estava usando minha varinha, não era pega pelo Ministério.

Ella estava pronta para levar um sermão, mas ele não veio. O velho homem sorriu.

- Muito engenhoso, senhorita. E como foi que fez magia sem varinha?

- É ai que esta. Não sei. - Da de ombros. - Ano passado pratiquei magia sem falar o feitiço em voz alta, e deu certo. Pratiquei, e pratiquei mais ainda, e fiquei muito boa nisso. E então, do nada, comecei a não precisar mais da minha varinha. Eu a uso, é claro, mas parece que ela não aguenta esse tipo de feitiço que tenho feito normalmente. Ela meio que... Resiste, ou não é forte o bastante. Então, quando eu quero usar algum feitiço mais poderoso, eu não a uso.

Dumbledore coçou a barba, olhando bem para a menina.

- Muito curioso, de fato... Mas não inesperado. Você vem de uma linhagem muito poderosa, e seu avô não foi o melhor bruxo do mundo somente com feitiços convencionais, é claro. Como ele mesmo disse, este é o tipo de magia que nasceu em Merlin.

- Ele me disse que tinha a minha idade quando começou a fazer estas coisas. - Ella contou. - Mas este não é o problema, diretor. Eu não ligo de ter mais poder do que o normal, eu gosto da ideia. Mas é que nem sempre eu consigo controlar isso. As vezes, quando estou com muita raiva, com triste, ou quando minhas emoções não estão sobre controle... - Suspira. - Faço as coisas quebrarem, ou tremerem sozinhas. Fiz camas flutuarem e se quebrarem no chão, fiz mesas tremerem por eu estar com raiva, desarmei uma menina da Grifinoria com minha mente por que ela puxou a varinha contra mim. E meu avô me diz que isso é so o começo. E quando eu ficar mais forte e não puder mais controlar isso? E se eu machucar alguém sem querer?

Merlin - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora